Uma expedição para explorar um enorme sumidouro na floresta de Guangxi, na China, resultou na descoberta de um gigante e impressionante complexo de cavernas.
Para os geólogos, o complexo, chamado de Hong Kong, que possui cerca 6,7 milhões de metros cúbicos de volume, faz com que a descoberta seja considerada rara e de “classe mundial”.
A expedição foi uma tarefa conjunta realizada entre a China e o Reino Unido, liderada por Zhang Yuanhai, do Instituto de Geologia Karst da Academia Chinesa de Ciências Geológicas, e pelo presidente da Associação Britânica de Cavernas, Andy Eavis.
A equipe, composta por 19 membros, entrou no sumidouro – usando apenas uma única corda – e mapeou seu interior.
Embora as cavernas tenham sido descobertas no ano passado, a expedição mais recente ajudou a determinar o volume e dimensão da novidade geológica por meio de digitalização tridimensional, de acordo com Yuanhai.
Eles descobriram que a parte do sumidouro tinha 100 metros de largura e quase 200 metros de comprimento, com uma profundidade máxima de 118 metros.
Na região mais a sudeste, a encosta desmorona em um enorme complexo de cavernas, com corredores, salões, crateras, pedras desmoronadas, pilares e um tipo de formação chamada pérola de caverna – pequenas redomas polidas pela água e depositadas em grutas onde permanecem intactas.
Os pesquisadores descobriram ainda um poço que se conecta a um rio subterrâneo, que alimenta o rio Panyang nas proximidades.
Sumidouros, chamados de Tiankengs na China, são geralmente o resultado do colapso de uma caverna subterrânea que foi lentamente corroída por forças geológicas, como a água. Logo, é provável que Hong Kong tenha se formado de maneira semelhante.
No entanto, Yuanhai acrescenta que a formação de todas as cavernas não é um processo de uma etapa. “Elas basicamente têm uma história de mais de 2 milhões de anos“.
A digitalização em 3D permitirá aos geólogos reconstruir como o sumidouro em questão entrou em colapso.
[ Jornal Ciência ]
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