3 de maio de 2018

Clube dos Trinta- campeão Interclubes de Campo Mourão - master

em pé (da esq. para a direita): Gilberto Pazini, Getulinho Ferrari, Luizinho Ferreira Lima, Hayala, Pedro Sanepar e Pedro Cordeiro
agachados: Romildo, Rubens de Paula (sempre na memória), Ademir "Copel" e Tuim


A foto acima, que me foi enviada pelo amigo Gilberto Pazini, mostra uma formação do Clube dos Trinta que foi campeão dos Jogos Interclubes de Campo Mourão, na categoria Master. Pazini recordou que ganhamos com um gol espírita meu, após um chute totalmente sem direção do Hayala e que decidimos com a Campagro. 

Destaco a presença do saudoso Rubinho, o nosso Patolino, que ''nos deixou'' muito cedo.

Abaixo, republico uma historinha com o Pazini como personagem principal. 

Pazini, o campinho e a bola "porco espinho" 
Gilberto Pazini
Quando criança, qualquer terreno baldio servia de campo de futebol para nossas peladas que, normalmente, reunia cinco jogadores de cada lado. Mas não era fácil conseguirmos montar todo o “espetáculo”. Tínhamos que ajeitar o terreno, capinar o mato, fazer as marcas do campo com pó de serra, as traves eram pedaços de madeira descartados por madeireiras – como tinha madeireira em Campo Mourão naquela época!-- As redes dos gols, fazíamos com uma cordinha que no primeiro chute a gol, arrebentava.

O mais difícil de tudo era conseguir uma bola boa. A número cinco, oficial. A famosa bola de capotão, de couro curtido e que tinha em seu interior uma câmara de ar feita da bexiga do boi. Elas tinham número e a cinco era a que mais se aproximava da utilizada pelos profissionais. Bola nova valia tanto ou mais que um bom campinho, era motivo de congestionamento de atletas, todos querendo aproveitar antes que a terra vermelha a “maltratasse”.

Gilberto Pazini, um pouco mais novo do que eu, também curtiu essa delícia que era jogar em campinho de terra, disputar jogos que começavam cedinho e só terminavam quando escurecia ou quando a briga era muito feia.

O sósia do técnico Muricy conta que zelou tanto de uma bola que um dia, véspera de uma partida contra uma equipe de um bairro distante, resolveu pintá-la com a única lata de tinta disponível... de tinta a óleo. Caprichou, deu duas demão e -- azar!-- o tempo fechou em seguida, choveu bastante e o sol só foi sair na manhã do jogo.

O adversário chegou na hora combinada, o campinho estava seco e a única bola úmida. A rivalidade era grande e ele, além de querer vencer, queria muito mostrar como a bola estava perfeita.

Começa a partida e com menos de cinco minutos tiveram de parar a peleja. Tudo que estava pelo campinho (pó de serra, pedras, folhas...) foi grudando na bola deixando-a com um peso insuportável para as pernas dos pequenos craques.

- “Luizinho, ela parecia um porco-espinho e os goleiros corriam de medo”, se diverte o amigão, quando eu o provoco para repetir a história.

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