29 de janeiro de 2018

Chocolate amargo, uva e vinho tinto têm substância química que rejuvenesce células


Você deve estar dizendo “mas esta notícia é velha!”. Não, não é! Até hoje muito tinha se falado dos benefícios dos flavanóides, bioativos derivados de diversas plantas, entre elas, da semente do cacau e da uva vermelha. Cientistas afirmam que estes compostos têm poder anti-inflamatório, antioxidantes e até, acreditam alguns, previne o câncer.

Mais recentemente, uma pesquisa revelou que o consumo de flavonóides é ótimo para o coração, a concentração e a memória. Doses de chocolate diárias e seus derivados melhorariam a função cardiovascular e diminuiriam a carga sobre o coração, que ocorre com o envelhecimento e endurecimento das artérias (leia mais aqui).

Todavia, um novo estudo, divulgado na publicação BMC Cell Biology, e conduzido por cientistas das Universidades de Exeter e Brighton, no Reino Unido, fez uma descoberta inédita e de grande importância para ajudar no rejuvenescimento ou melhor, no envelhecimento com melhor qualidade, do ser humano.

Primeiro, é preciso entender o que é a senescência celular.  Este é o nome dado ao processo de parada de divisão celular, fazendo com que não haja mais substituição de células. Apesar de estarem vivas, as células senescentes não crescem nem agem como deveriam, perdendo a habilidade de funcionar corretamente. Com o avanço da idade, elas vão se acumulando nos tecidos e órgãos, que se tornam mais suscetíveis a doenças.

Pois os cientistas britânicos aplicaram, em laboratório, o composto polifenol resveratrol em células senescentes e, em poucas horas, afirmam eles, as mesmas começaram a se dividir e agir como jovens novamente.

O polifenol resveratrol é uma substância química encontrada na uva vermelha, mirtilho, vinho tinto e chocolate amargo.

“Quando eu vi as células rejuvenescendo não consegui acreditar. Estas células velhas pareciam como jovens. Foi como mágica”, disse Eva Latorre, pesquisadora da Universidade de Exeter. “Repeti o experimento diversas vezes e em cada um delas, as células rejuvenesceram. Estou muito animada com o potencial deste estudo”.

Os pesquisadores acreditam que a descoberta pode ajudar o ser humano a envelhecer melhor, pois a maioria das pessoas com mais de 80 anos apresenta algum tipo de doença crônica ou degenerativa, além de ter mais doenças cardíacas, derrames e câncer.

“Este é um primeiro passo na tentativa de fazer com que as pessoas tenham uma expectativa de vida mais longa, mas com saúde”, afirmou Lorna Harries, professora de genética molecular e líder do estudo. “Nossos dados sugerem que o uso de substância químicas para ‘religar’ algumas classes de genes pode garantir a restauração da função de células velhas”.

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