13 de setembro de 2017

Sessão coruja nos Jogos Regionais de Goioerê

Aldevino da Silva, o Vininho
Associação Tagliari (juvenil)
anos 1970
Agosto era o mês dos Jogos Regionais de Goioerê, que aconteciam durante as comemorações do aniversário daquela cidade. Lá, vivenciei ótimos momentos (aliás, o esporte só me deu alegrias).  

Sumiê Sakurada
Aldevino da Silva, o Vininho, recém-casado, começou a contar com a torcida de sua esposa Sumiê em todos os jogos que realizávamos. Não importava a distância e nem mesmo o horário, lá estava ela torcendo por ele e, consequentemente, por nós. Até que, num desses Regionais de Goioerê, aconteceu algo que a afastou dos jogos fora de Campo Mourão: nosso jogo, contra Cascavel, estava programado como o último da noite numa quadra descoberta. Choveu muito e os organizadores, preocupados em encerrar os Jogos ainda naquele final de semana, transferiram os jogos da quadra para logo após os programados para o único ginásio de esportes. Nosso jogo, portanto, seria o oitavo da noite de uma rodada que começou às 19h30. 

Jogar as quatro da madrugada não foi tão terrível (talvez, por que ganhamos o jogo diante do forte time cascavelense) quanto ficar esperando nas arquibancadas, onde o que mais se via era jogador dormindo, aguardando a sua vez de jogar. Chegamos em casa no horário em que todos precisavam trabalhar, inclusive a Sumiê que nunca mais nos acompanhou. 

Sumiê e o Vininho residem atualmente em Jaraguá do Sul (SC). 

Sem exageros, nos dias atuais, com toda a orientação e tecnologia disponível, Vininho seria um novo Messi. A habilidade dele na perninha esquerda era inigualável. Ele mandava bem no futsal, mas no futebol de campo é que todo seu talento mais despontava. Como a maioria, ele se formou nos campinhos de peladas de nossa cidade sem ter quem o orientasse e dilapidasse a joia bruta. Mesmo assim, nos deu muitas alegrias.

Publicado originalmente no semanário Entre Rios, em setembro de 2005. 

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