Aldevino da Silva, o Vininho Associação Tagliari (juvenil) anos 1970 |
Agosto era o mês dos Jogos Regionais de Goioerê, que aconteciam durante as comemorações do aniversário daquela cidade. Lá, vivenciei ótimos momentos (aliás, o esporte só me deu alegrias).
Sumiê Sakurada |
Aldevino da Silva, o Vininho, recém-casado, começou a contar com a torcida de sua esposa Sumiê em todos os jogos que realizávamos. Não importava a distância e nem mesmo o horário, lá estava ela torcendo por ele e, consequentemente, por nós. Até que, num desses Regionais de Goioerê, aconteceu algo que a afastou dos jogos fora de Campo Mourão: nosso jogo, contra Cascavel, estava programado como o último da noite numa quadra descoberta. Choveu muito e os organizadores, preocupados em encerrar os Jogos ainda naquele final de semana, transferiram os jogos da quadra para logo após os programados para o único ginásio de esportes. Nosso jogo, portanto, seria o oitavo da noite de uma rodada que começou às 19h30.
Jogar as quatro da madrugada não foi tão terrível (talvez, por que ganhamos o jogo diante do forte time cascavelense) quanto ficar esperando nas arquibancadas, onde o que mais se via era jogador dormindo, aguardando a sua vez de jogar. Chegamos em casa no horário em que todos precisavam trabalhar, inclusive a Sumiê que nunca mais nos acompanhou.
Sumiê e o Vininho residem atualmente em Jaraguá do Sul (SC).
Sem exageros, nos dias atuais, com toda a orientação e tecnologia disponível, Vininho seria um novo Messi. A habilidade dele na perninha esquerda era inigualável. Ele mandava bem no futsal, mas no futebol de campo é que todo seu talento mais despontava. Como a maioria, ele se formou nos campinhos de peladas de nossa cidade sem ter quem o orientasse e dilapidasse a joia bruta. Mesmo assim, nos deu muitas alegrias.
Publicado originalmente no semanário Entre Rios, em setembro de 2005.
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