Tininha |
A matéria lá embaixo, do Bonde, me fez recordar de um episódio parecido que ocorreu com duas cadelas que a Elvira Schen, esposa minha, adotou, abrigou e se viu obrigada a levar para o sítio da dona Amélinha Hruschka.
Elvira e a Lucia Felipes mantinham um ateliê de artes em uma das salas comerciais do edifício Flamboyant e ali abrigaram a Tininha e a Pretinha, duas vira-latas inseparáveis, que faziam da praça da Fórum sua moradia, local de lazer e caça (Pretinha era uma exímia caçadora de pássaros).
No auge de suas respectivas saúdes, as duas eram inquietas, viviam nas ruas, mas à noite (e nos horários de refeições, claro) sempre compareciam ao ateliê para as devidas atenções da minha esposa e da esposa do advogado Jair Felipes. Durante a noite, trancadas na sala, latiam para tudo e todos que passavam pela Avenida José Custódio de Oliveira e isso, claro, perturbava os moradores do edifício durante seus descansos.
No sítio, elas e outras dezenas de animais, alguns enviados pela Elvira, outros locais, muitos deles recolhidos pelo Celso e pela linda Camila Hruschka, viviam todos soltos e eram cuidadas por um senhor de nome Irineu.
Muitos animais juntos, sem as devidas estruturas para um organizado abrigo animal (a luta eterna da Elvira), é bonito de se ver, mas difícil de manter e tratar. Volta e meia a Elvira voltava de lá triste pela morte de algum bicho que ela recolhera. Numa dessas vezes, transtornada, ela me contou que a Tininha tinha morrido e a Pretinha, fiel escudeira da falecida, tinha desaparecido do sítio após o fato, conforme informara o Seu Irineu.
Muitos animais juntos, sem as devidas estruturas para um organizado abrigo animal (a luta eterna da Elvira), é bonito de se ver, mas difícil de manter e tratar. Volta e meia a Elvira voltava de lá triste pela morte de algum bicho que ela recolhera. Numa dessas vezes, transtornada, ela me contou que a Tininha tinha morrido e a Pretinha, fiel escudeira da falecida, tinha desaparecido do sítio após o fato, conforme informara o Seu Irineu.
Quase oito meses depois, quando a perda começava a ser superada, Elvira e a Lúcia são surpreendidas pela entrada da Pretinha no ateliê. Mas a danada não ficava com as duas artistas e da calçada ficava o tempo todo olhando em direção ao Fórum de Justiça. As duas sócias saíram para ver o que tanto prendia a atenção da desaparecida e enxergaram a Tininha, já sentindo o peso da idade, meia cegueta, caminhando em direção das duas. Não é preciso dizer da emoção no local.
Pretinha curtindo sua aposentadoria aqui em casa |
Depois a Elvira me explicou que quando foi informada da ''morte'' mal olhou para um tambor onde estava mais de um cachorro morto naquele dia e pensou mesmo ter visto ali a queridinha dela.
A conclusão que tivemos foi que as duas fugiram do sítio, com a Pretinha guiando e caçando para a velha amiga, que já andava com dificuldades e com a visão começando a debilitar.
Claro que as duas foram recolhidas para nossa casa e lá se juntaram a outros cães de estimação.
Tininha foi o primeiro animal que a Elvira tirou das ruas e reacendeu nela essa paixão maluca (boa) pela causa animal. Ela, a Tininha, foi a mascote de um grupo de motoqueiros que sempre se reunia no posto de combustível em frente da Pirâmide Veículos (lembro de vê-la usando o mesmo lenço vermelho que os membros dos Coiotes do Asfalto usavam). Elvira a trouxe para dentro do atelier após saber que a cadelinha resgatara seus filhotes depois do local onde esses estavam, numa parte debaixo do Fórum, ficar alagado com as fortes chuvas que atingiram a cidade. Um vigilante contou que ela mergulhou várias vezes para buscar um por um de suas crias e só descansou quando os filhotes estavam em local seguro e seco.
Tininha fez parte do 'santinho' que elegeu a Elvira como vereadora mourãoense em 2012. Ela morreu no ano passado de velhice, mas antes aproveitou muito de nossa hospitalidade e nos alegrou muito mais. Pretinha continua conosco e parece cuidar dos outros seis animais daqui de casa (contando comigo, somo em sete. Tininha cuida, mas quem manda é gato Miu, o ranzinza).
A incrível história de duas cadelinhas que reencontraram os donos depois de dois anos nas ruas
Do Bonde
Sabe aquela frase que corre pelas redes sociais: "se juntas já causam, imagine juntas"? Pois ela se encaixa perfeitamente à nossa história de hoje.
No final de 2015, Colly, de 2,5 anos, e Amora, de 5 meses, escaparam do quintal da casa onde viviam, em um bairro da zona sul de Londrina. "Elas fugiram no final de 2015. Quando saí para trabalhar, não percebi que elas tinham fugido. Foi só quando minha mãe chegou que ela notou que elas [as duas cadelinhas] não estavam e começamos procurá-las pelo bairro. Anunciei nas redes sociais, porém sem sucesso", lembra Emelyn Guimarães, guardiã dos animais.
Mãe e filha, Colly e Amora permaneceram juntas nas ruas por dois anos. E, nesse período, devem ter vivido todo tipo de aventura e perigo. Há alguns dias, no entanto, uma voluntária do SOS Vida Animal encontrou as duas fujonas muito sujas e cheias de nós nos pelos. A voluntária encaminhou a dupla até uma clínica parceira da ONG e foi lá que encontraram uma identificação na orelha de Colly. "Um mês antes de as duas fugirem, minha mãe mandou castrar a Colly e, na castração, colocaram essa identificação, mas não sabíamos ao certo o que era esse código", explica Emelyn.
No final de 2015, Colly, de 2,5 anos, e Amora, de 5 meses, escaparam do quintal da casa onde viviam, em um bairro da zona sul de Londrina. "Elas fugiram no final de 2015. Quando saí para trabalhar, não percebi que elas tinham fugido. Foi só quando minha mãe chegou que ela notou que elas [as duas cadelinhas] não estavam e começamos procurá-las pelo bairro. Anunciei nas redes sociais, porém sem sucesso", lembra Emelyn Guimarães, guardiã dos animais.
Mãe e filha, Colly e Amora permaneceram juntas nas ruas por dois anos. E, nesse período, devem ter vivido todo tipo de aventura e perigo. Há alguns dias, no entanto, uma voluntária do SOS Vida Animal encontrou as duas fujonas muito sujas e cheias de nós nos pelos. A voluntária encaminhou a dupla até uma clínica parceira da ONG e foi lá que encontraram uma identificação na orelha de Colly. "Um mês antes de as duas fugirem, minha mãe mandou castrar a Colly e, na castração, colocaram essa identificação, mas não sabíamos ao certo o que era esse código", explica Emelyn.
Esse santo código foi o que proporcionou a volta das duas para a casa. A ONG entrou em contato com a clínica que faz esse tipo de identificação e, por meio do banco de dados, conseguiu chegar até Emelyn, a guardiã de Colly e Amora. "Ficamos muito felizes, um pouco sem reação, pois depois de tanto tempo pensávamos no pior."
Emelyn ainda afirma que a família sempre lembrava das cachorrinhas. "Sempre lembrávamos delas, principalmente nos dias de chuva e fim de ano, quando soltavam fogos de artifícios."
Hoje as duas estão felizes em casa e, como sempre: causando juntinhas!
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