6 de outubro de 2016

O Vítor, do Nico, é um figura


Ontem fui cortar essa cabeleira que me restou e tive o prazer de ser recepcionado pelo Vítor, esse danado e querido Agapornis do meu amigo Paulo Vieira dos Anjos, o Nico.


Vítor nasceu em um viveiro na casa do Nico, num dos dias mais frios desse ano, e foi encontrado pendurado, todo peladinho, quase morrendo congelado (dois irmãozinhos dele não tiveram a mesma sorte e foram encontrados sem vida no chão gelado do viveiro. Não se sabe como, mas eles caíram do ninho durante a madrugada). 


Quando fui apresentado a ele, ainda sem nenhuma pena pelo corpinho, Vítor era a coisinha mais feia -- tão feinho que chegava a ser bonito --, protegido pelo calor de uma lâmpada e papel picado que o Nico colocou em uma caixa de sapato.


Como vou lá uma vez por mês, meu cabelo cresce muito rápido (!?), ontem nos encontramos pela quarta vez e o Vítor me tratou como se da família dele eu fosse: cantou, subiu em meu ombro e mordeu minha orelha, exatamente como faz com o anjo protetor dele, meu amigo e cabeleireiro Nico. Antes que alguém queira santificar o marido da Rosana, saiba que o covarde cobra para cortar meu cabelo. Não merece tanta consideração assim!


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