9 de setembro de 2016

Democracia é ninguém ser obrigado a nada

O advogado, professor e sociólogo José Eugênio Maciel escreveu o texto abaixo em sua coluna no jornal A Tribuna do Interior. O transcrevo por que, lógico!, concordo com ele e para mostrar como devemos respeitar a opinião/direito dos outros. Sou daqueles que pensar diferente é que move o mundo! O Texto é do Maciel. A ilustração e os destaques por minha conta. 



No restaurante em Maringá tinha muitas pessoas almoçando e parte delas assistia o noticiário. Ao começar o horário da propaganda eleitoral uma pessoa levanta, sai da mesa e rapidamente desliga o televisor:

-  Ninguém merece esse bando de políticos mentirosos, ladrões! Democracia é ninguém ser obrigado a nada!

O desabafo dela foi intencional para que todos ouvissem.  

Sem que eu e os demais fôssemos consultados, ela agiu como horário eleitoral, mas de negação à política. Repito palavras dela, “democracia é ninguém ser obrigado a nada!”.  

Saboreio a deliciosa comida caseira e o estômago não iria engolir o discurso dela, ao mesmo tempo sem paladar para comentar, discordar. Mastigo e penso em silêncio sobre a atitude dela, ponho o sinal de interrogação no final da fala, “obrigado a nada?  

Sem pedir, consultar, ela agiu como fazem os políticos que condena, ao desligar o televisor, se intitulou a “representante de todos”, todos do restaurante.   

Não carece o mérito se no meu caso gostaria ou não de assistir a propaganda. Supondo expressar a vontade de todos, submeteu-nos à ação dela, desligar o televisor autoritariamente em nome da liberdade. A cada pleito cresce o número de votos nulos ou em branco, eles espelham  repulsa e desinteresse políticos, mas, na prática, mais escamoteia do que promove a democracia.          

A liberdade é indispensável ingrediente da democracia. A cidadania é eleições livres.

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