14 de junho de 2016

Dunga não tem culpa alguma!

"Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes"  
Albert Eistein 

Dunga nunca foi e nunca será um treinador de futebol (nem jogador ele foi, era um caneludo, como diria meu falecido sogro. Se tentasse vaga no Time do Chico, nosso time de futebol aqui em Campo Mourão nos anos 1970, seria um eterno reserva do Dealmir Salvadori)!  

Mas a covardia de alguns comentaristas de TV é de uma grandeza que chega envergonhar até o Miu, um gatinho que comanda tudo aqui em casa, que assistiu todo o jogo entre o Brasil e o Peru ao meu lado. Na verdade, ele dormiu o tempo todo. se tivesse acordado perguntaria como podem, os comentaristas, mudarem de opinião tão rápido, sem ter ninguém a questioná-lo. Começaram a partida elogiando o 'treinador' brasileiro por, enfim, escalar um time ofensivo, exatamente como gostam os brasileiros (eu incluso), foram para o intervalo dizendo que o Dunga não deveria mexer na equipe, que estávamos bem... Ao final do jogo, derrota com um gol marcado irregularmente e o trio que estava à frente da transmissão de uma TV a cabo, contrariando tudo que disseram quase todo o tempo, caíram de pau no Dunga, dizendo que estava tudo errado. Só faltou dizerem: Nós avisamos! Além de não avisarem nada, avalizaram a atitude inicial do gaúcho. 

Escalar o time lá de cima, nas cabines de transmissão, é muito fácil, altera-las então, mais moleza ainda. Se o time perder, quem perde o cargo não são eles. Aliás, eles, narrador e comentaristas, sugeriram 'trocentas' alterações ao treinador brasileiro nos minutos finais da partida de domingo. 

Sócrates, Telê Santana e Zico. Um Técnico e dois Jogadores de futebol de verdade
Se ele escalou o que tinha de melhor no momento, a culpa, claro, é dos jogadores, que não têm atitude, cumprem rigorosamente toda ordem dos bastidores e não usam a tradicional e histórica criatividade, jeitinho brasileiro, para mudar o panorama de um simples jogo esportivo (o handebol e o futsal me ensinaram que jogadas ensaiadas são importantes, mas é improvisação do jogador durante a realização da mesma que as torna mais viáveis). 

Seleção Brasileira de 1982. Eliminada da Copa, mas até hoje reverenciada.
Perder faz parte, ainda mais no futebol que é um jogo em que o melhor nem sempre vence. Não somos mais os melhores do mundo, apesar de continuarmos com os craques mais habilidosos do planeta, mas somos muito, muito melhores que os dois times sul-americanos que se classificaram nessa primeira fase da Copa América 2016. 

Nos dias de hoje, com o futebol nivelado por baixo, muito por baixo, não estranho o Brasil perder para qualquer equipe. O que me causa estranheza é jogar contra as medíocres seleções peruana e equatoriana (são muitos ruins) e não marcar nenhum gol. Perdemos e empatamos essas duas partidas atacando muito pouco, com nossos atacantes muito acomodados, desinteressados em mudar o placar. 

Zico, Falcão e Cerezo. Esses nos representavam!
Não consigo entender do por que não levaram a seleção que irá disputar as Olimpíadas 2016, a mais importante competição do ano, que começa logo mais, a menos de dois meses. Prepararia a equipe, que quase não terá tempo de treinar, pouparia os times nacionais de desfalques durante o Brasileirão e, de sobra, amenizaria as críticas numa eventual eliminação. 

Reafirmo Dunga não tem culpa alguma. Culpa tem quem lá o colocou. Gente da estirpe do coordenador técnico Gilmar Rinaldi (!?), do atual presidente Marco Polo Del Nero (denunciado por corrupção pelo FBI), e do ex-presidente José Maria Marin (quem efetivamente contratou Dunga de novo e hoje está em prisão domiciliar nos EUA).

Por motivos mais do que óbvios não publico fotos dos citados no texto. Aproveito para relembrar de gente que fez muito pelo esporte preferido dos brasileiros.


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