5 de maio de 2016

Rubinho "Patolino", sempre na minha memória!!!

Postei o texto abaixo há três anos, no dia seguinte após perdemos o nosso Rubinho, o Patolino. 

Ele está sempre na minha memória, com divertidas passagens. 

Volta e meia alguém, ali no Clube dos Trinta, relembra que um dia ele saiu para comprar ingredientes para fazermos um lanche para os presentes no Clube e, desligado como ele só, foi embora para casa. Voltou muito depois com aquela cara de danado, de quem não sabia mentir e falou a verdade. hehe... Meu amigo!!! 
  

Correto demais, Rubinho vivia me falando das coisas erradas que o incomodavam, principalmente aquelas que modificavam ou podem mudar, para pior, o dia a dia dos mourãoenses. Mesmo sendo ele paulista de Bauru, o arquiteto da prefeitura de Campo Mourão se sentia como um 'pé vermelho'. Mas ele se indignava sem perder a linha e o respeito pelas leis. 

Atruísta. Volta e meia eu ficava sabendo de alguma orientação urbanística ou arquitetônica que ele tinha dado para alguém ou alguma entidade, pelo puro prazer de colaborar.

Desligado. No Clube dos Trinta ele era motivo de diversão pela forma desligada como se dedicava ao esporte, fosse no futebol ou no Truco. No baralho ele era o campeão em esconder a carta mais alta para, no final, perder para a mais baixa. No campo de futebol suíço, às vezes, o flagrávamos batendo papo num canto do campo enquanto o jogo corria solto. 

Parceira nas zoações. Eu brincava que ia empresariá-lo, que o Real Madrid tinha interesse em contratá-lo, mas que era preciso ele crescer (na altura e não na habilidade!) para irmos para a Europa. Versi Sequinel dizia que eu não conseguia colocá-lo num grande Clube por que havia exagerado em seu currículo, pois mentia que ele tinha apenas 18 anos e os títulos ali listados precisavam desse tanto de anos para tê-los conquistados. Patolino, como ele era chamado lá no Clube, se divertia com essas fantasias e sempre colaborava para que elas se tornassem mais cômicas ainda.

Ontem a diversão acabou para ele e diminuiu muito para todos nós. Eu chegava ao Clube, por volta das 10h, ainda animado com as imagens da festa de casamento da filha do Marcelo Silveira, pronto para rever os amigos, jogar um futebol e um truco em seis, quando vi amigos apavorados, saindo com o arquiteto para levá-lo para o hospital, após ele passar mal durante o primeiro jogo do dia. Socorrido pelo Siate e encaminhado ao Hospital Santa Casa, ele faleceu aos 50 anos, deixando esposa e uma filha. 

Perdemos nós, perdeu Campo Mourão, o Real Madrid, a prefeitura... Perderam todos que poderiam desfrutar de sua inteligente e alegre companhia. Estás sempre em minha memória meu amigão!!!

Um comentário:

Unknown disse...

O que saber da vida quando ela um dia definitivamente termina. O que fazer quando a vida de pessoas queridas não mais existe. Não deixamos que ela morra por inteiro, ainda que leve pedaço de quem fica. O arquiteto Rubens é exemplo permanente, inesquecível e edificante. O vosso texto, caro Luizinho, é a demonstração de um sentimento seu, como também dos colegas de profissão, dos amigos, daqueles que conheceram o Rubens, exemplo de correção, caráter, zeloso. Também, na ocasião, escrevi sobre ele, um apaixonado mourãoense, aqui não nasceu, mas aqui se afeiçoou e tornou-se referência deste lugar.Viva Rubens!