Quase todas as vezes que vou cortar (raspar, na verdade) meu cabelo (!?) tenho o prazer de encontrar o Irineu Frigo Jr, popular Frigo, essa figuraça aí ao lado, visitando o cabeleireiro Paulinho, Paulo Vieira dos Anjos, que para mim é o Nico. Na última vez, na semana passada, me toquei que somos xarás e ouvi uma história engraçada dele, de quando ele trabalhava numa fábrica de papelão aqui em Campo Mourão, em meados dos anos 1990.
Seguindo determinação dos patrões, Frigo seguiu até Foz de Iguaçu, onde tomaria um avião para Buenos Aires para comprar uns equipamentos para a fábrica mourãoense. No aeroporto da tríplice fronteira, após fazer o check in, foi encaminhado até uma sala no andar superior, de onde podia acompanhar os movimentos das aeronaves que chegavam e aquelas que se preparavam para partir.
Diante de um janelão, ele e algumas turistas chinesas foram atraídos pelo trabalho de uma equipe que realizava inúmeras soldas na lataria de aço de um dos aviões.
"Que dó de quem vai viajar nesse avião", pensou ele. Depois de muita espera e longa observação em todo o trabalho dos soldadores, o avião manobrou e estacionou para receber os passageiros, quando o alto-falante informou: "Atenção senhores passageiros com destino a Buenos Aires, sigam para o portão...". Exatamente aquele avião remendado por soldas seria o seu meio de transporte até a terra do Maradona.
Frigo gelou, titubeou, mas seguiu em direção ao local informado. Segundo ele, era o primeiro da fila ao descer na pista, mas foi o último a chegar no avião tamanho o medo. "Só subi porque os tripulantes, que estavam logo atrás de mim e não entendiam meus passos miúdos, praticamente me enfiaram na aeronave".
Frigo gelou, titubeou, mas seguiu em direção ao local informado. Segundo ele, era o primeiro da fila ao descer na pista, mas foi o último a chegar no avião tamanho o medo. "Só subi porque os tripulantes, que estavam logo atrás de mim e não entendiam meus passos miúdos, praticamente me enfiaram na aeronave".
Para completar ele confessou ter exigido, no momento da compra da passagem, que a poltrona fosse na janela para poder admirar a viagem. Ficou foi de olho no corredor, nas chinesas que não abriam os olhos de forma alguma e gritavam por qualquer movimento estranho e, claro!, na saída de emergência.
A verdade é que ele foi corajoso demais. Você entraria no avião?
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