João Pereira de Souza é um pedreiro aposentado do Rio de Janeiro que compartilha um vínculo especial com um pinguim-de-magalhães, nativo da região da Patagônia, na América do Sul.
Nos últimos cinco anos, a ave parece ter alterado seu padrão migratório natural para ser capaz de visitar Souza várias vezes por ano.
A improvável amizade começou em 2011, quando o homem encontrou o animal, apelidado de Jinling, embebido em óleo na praia perto de sua casa. Ele trouxe o pinguim para sua residência, limpou-o, ofereceu-lhe uma refeição de sardinhas frescas e um local com sombra para descansar. Desde então, Jinling nunca ficou longe de Souza por muito tempo.
O pedreiro tentou liberar o pinguim de volta para o mar depois que o animal ficou melhor, mas ele continuou voltando para casa de Souza. O homem até mesmo o levou em um barco para soltá-lo no meio do oceano, o que não adiantou: quando chegou em casa, Jinling já estava esperando por ele.
Apesar de pinguins-de-magalhães migrarem milhares de quilômetros todo ano entre colônias de reprodução na Patagônia e áreas de alimentação mais ao norte, Jinling não fica longe do Rio de Janeiro por mais de quatro meses de cada vez.
Por vezes, o pinguim fica de oito meses a um ano com Souza. E é possessivo também – aparentemente não gosta de outros animais perto de seu humano.
Os pescadores locais estão perplexos com esse comportamento incomum. “O mais engraçado é que o pinguim pode ficar aqui por uma semana, então caminha até a praia, passa 10, 12, 15 dias, e volta para a mesma casa”, disse Mario Castro, um pescador.
Na aldeia, o animal é adorado por todos e considerado um mascote.
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