Nem só de natureza e esportes radicais vive o turismo de aventura. Para os viajantes mais corajosos, a adrenalina pode estar também em outro tipo de destino: os mais assustadores e perigosos do mundo. Na relação organizada pelo site de perguntas e respostas Quora, que conta com um jardim de bonecas amaldiçoadas e um templo de ratos, há uma assustadora ilha no litoral brasileiro. Confira:
Lago Roopkund, Índia
Em 1942, um alpinista que caminhava nas proximidades do Lago Roopkund, no Himalaia, a pouco mais de 5.000 metros de altura, encontrou o lago glacial cercado por alguns esqueletos humanos. Quando o verão chegou e o gelo derreteu, outras centenas de esqueletos foram revelados no fundo do lago, alguns ainda com pedaços de carne e fios de cabelo presos aos ossos.
Sete décadas se passaram até que uma expedição de cientistas da National Geographic descobriu que os restos mortais, datados do século IX, eram de membros de uma tribo e de viajantes que passavam pela região quando foram mortos, todos da mesma maneira: com golpes na cabeça feitos por objetos arredondados. Os cientistas concluíram que eles foram surpreendidos por uma tempestade de proporções enormes e morreram ao serem atingidos por pesados pedaços de granizo.
Os turistas que visitam a região ainda podem ver os esqueletos no fundo do lago, principalmente no verão, quando o gelo derrete.
Ilha da Queimada Grande, São Paulo
Localizada a 33 quilômetros da costa da cidade de Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, essa ilha habitada por milhares de serpentes venenosas é proibida para visitantes. A Ilha das Cobras, como ficou conhecida, é o lar de aproximadamente 4.000 cobras da espécie em risco de extinção 'Bothrops insularis', também conhecidas como jararacas douradas. Com pouco mais de meio metro de comprimento, esses animais possuem um veneno de ação rápida, que derrete a carne humana.
Formada há 55 milhões de anos, a Ilha da Queimada Grande foi ligada ao continente em diferentes períodos do passado. Entre 10.000 e 12.000 anos atrás, a área acabou cercada pelo mar, em decorrência da elevação no nível dos oceanos. A população de serpentes então ficou ilhada. De acordo com algumas estimativas, há uma cobra para cada metro quadrado da ilha.
Templo Karni Mata, Índia
Destino religioso e turístico, o Templo de Karni Mata, na vila de Deshnoke, norte da Índia, é um local de adoração e repulsa: o templo hindu abriga cerca de 20.000 ratos pretos que percorrerem o local livremente. Milhares de peregrinos e turistas curiosos visitam o lugar todos os anos, ansiosos para receber a benção dos “ratos sagrados”.
Segundo a lenda local, quando o enteado da divindade hindu Karni Mata morreu afogado em uma lagoa, ele pediu ao deus da morte Yama para revivê-lo. Yama cedeu, mas apenas sob a condição de que o enteado, e todos seus descendentes, fossem reencarnados como ratos.
Os animais são alimentados com leite, grãos, cascas de coco e doces preparados especialmente para eles por fiéis e guardas do templo. Muitos acreditam que os alimentos mordiscados pelos ratos trazem boa sorte e acabam comendo as sobras deixadas pelos animais.
Deserto de Karakum, Turcomenistão
Em 1971, um grupo de cientistas soviéticos instalou uma plataforma de perfuração no meio do Deserto de Karakum para acessar o que pensavam ser um bolsão de petróleo subterrâneo. Na verdade, o subsolo do deserto era formado por um campo de gás natural, que entrou em colapso e criou uma enorme cratera, engolindo todos os equipamentos e acampamento dos cientistas.
Temendo a propagação de gás metano venenoso, os cientistas colocaram fogo na cratera, tranformando-a em um enorme poço de chamas viciosas. Eles esperavam que os gases queimariam dentro de alguns dias ou semanas, mas quatro décadas depois, o fogo da cratera de 30 metros de profundidade ainda está aceso. Os moradores da região apelidaram a cratera incandescente de “Porta para o Inferno”.
Ilha das Bonecas, México
De acordo com uma lenda local, décadas atrás uma menina se afogou nos canais de Xochimilco, na Cidade do México. Depois do acidente, Don Julián de Santana Barrera, que morava na região, passou a ouvir o choro da menina falecida. Aterrorizado pelo sofrimento da criança, o morador passou a pendurar bonecas de todos os tipos e tamanhos nas árvores ao redor de sua casa para agradar e proteger-se do espírito magoado.
A Ilha das Bonecas, que nada mais é do que um jardim flutuante no canal, se transformou então em um local de homenagem à garota afogada. Ao longo dos anos, as árvores foram tomadas por bonecas e partes de seus corpos decompostos. Histórias de que as bonecas são possuídas pelo espírito da menina morta e que podem ser ouvidas sussurrando têm atraído muitos visitantes para a ilha.
Após cerca de 50 anos pendurando bonecas por toda a ilha, Don Julián foi encontrado morto por afogamento no exato local onde acreditam que menina morreu décadas antes.
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