20 de maio de 2011

Associação Tagliari na Taça Brasil de Clubes Campeões

Itamar Tagliari - 1974
Disputei a primeira Taça Brasil de Clubes Campeões em 1980, na cidade de Currais Novos, interior do Rio Grande do Norte. Infelizmente não passamos da primeira fase numa chave que classificou o Álvares Cabral do Espírito Santo e contava ainda com uma equipe da Bahia e outra da Paraíba.
Perdemos, mas aprendemos muita coisa que acabaria nos auxiliando na conquista do bicampeonato paranaense naquele mesmo ano e na ótima classificação na Taça Brasil do ano seguinte, quando acabamos entre os seis primeiros colocados do país.
O que mais aprendi, nessa minha estréia em eventos nacionais, não foi dentro da quadra e sim fora dela.     
Como chegamos com alguns dias de antecedência, acabamos conhecendo bem a pequena e simpática Currais Novos, onde éramos atração principalmente por sermos do sul.
Numa pequena lanchonete nos deliciávamos com água de coco e um saboroso doce de leite caseiro. Era sagrado, após as refeições e os treinos lá estávamos nós, sempre puxados pelos irmãos Carlão e Itamar Tagliari, tão amantes de doce como eu.
Na estréia, o Itamar machucou o joelho, impossibilitando-o de andar.
De volta ao hotel, jantamos e nos preparamos para ir saborear as delicias da lanchonete, para afogar as dores da derrota contra os capixabas, quando o Itamar pede para o Carlão trazer uma água de coco e um doce de leite porque ele ficaria se tratando no hotel. Carlão não aceita de forma alguma e insiste para que ele nos acompanhe. Com muita dor, o Itamar diz que é melhor descansar. O enorme joelho, inchado como nunca tinha visto, para mim era argumento suficiente para deixá-lo sozinho, mas não para o Carlão, que o carregou no colo na ida e na volta da lanchonete, para nosso espanto e de todos que passavam.
Sempre que conto esta passagem, brinco, exagerando, que se fosse comigo, além de não ter força para carregar nenhum dos meus irmãos, ainda seria capaz de esquecer de comprar as guloseimas para eles. Lógico que é apenas brincadeira. Amo meus irmãos, assim como os Tagliari se amam!
Tenho enorme respeito e admiração por todos daquela família, da mesma forma que demonstra meu pai quando conta alguma coisa do seu Itacir Tagliari e sua família. (Publicada no semanário Entre Rios, em 29/10/2005)


da esquerda para a direita: Paulo Gilmar Fuzeto, Zé Luiz "Pancho", Antonio Admir "Beline" Fuzeto, Carlos Alvaro Tagliari, Alvaro "Careca", Luizinho Ferreira Lima e Paulino - Currais Novos - 1980

6 comentários:

danilo kravchychyn disse...

Luizinho,

Já falei outras vezes da admiração que tenho pelo time do Tagliari e seus integrantes. O Carlão foi um dos grandes do futebol de salão paranaense dos bons tempos da bola pesada. O seu chute era uma verdadeira bomba.

Abraço a todos, bom final de semana.

Danilo Kravchychyn
Ponta Grossa - PR

Anônimo disse...

Eu queria saber se esta foto é da mesma época de um certo Corcel Zero/Km, sem placas, quando eles foram dar uma volta no Rio de Janeiro. Alguém responda por favor, rsss

Irineu Luiz Ferreira Lima disse...

Não é. a história do corcel é de alguns anos antes. vou contá-la um dias desses...

Unknown disse...

Bonita essa letra Luizinho, como se chama?

Carla Tagliari disse...

Luizinho, me orgulha muito ouvir essas histórias e saber que esse amor é passado entre nossa familia sempre!!! Obrigada por permitir que conheçamos mais dos acontecimentos que marcaram a época e a vida de todos vocês!!!

Um grande abraço e uma excelente semana!!!

Carla Tagliari e Família

Anônimo disse...

Boas lembranças essas heim Luizinho?!
Lembrando também que quando chegamos em Currais Novos, já tinhamos muitos torcedores, porque o seu Luiz Gonçalves apaixonado por rádio amador, conversou pelo rádio com o pessoal de lá e contou que a Associação Tagliari iria jogar lá e ai foi aquela recepção calorosa.
Abraços
Carlão tagliari