18 de novembro de 2009

Crônica

CHICO LOUCO, O CARONEIRO SUMIU...
Osvaldo Broza

Quem já não ouviu falar do Chico Louco, ou o Chico da Renascença, ou ainda o Chico Cobrador? Sim, acho que todos o conhecem. Só não o conhece quem nunca ficou devendo pra Renascença, há alguns anos. Ele continua na ativa, só que em outra empresa. O Chico, além de bom cobrador, gostava também de uma cachacinha (não sei se ainda gosta) e vez ou outra ficava de pileque, mas sem nunca perder a compostura. Só um pouco xarope. Era ainda um bom jogador de sinuca e já tivemos alguns desafios ao longo de muitos anos. Além disso, era bom motoqueiro e amigo de todo mundo, por isso nunca negava carona pra ninguém. Até que um dia aconteceu algo inusitado, que ele não cansa de contar aos amigos. Ele deu carona para um professor, mais “mamado” do que ele, e na arrancada da moto o professor caiu, e o Chico seguiu viagem, sem nada ter notado. No caminho foi conversando com o professor – é claro que sem retorno – até chegar em sua casa, uns 10 minutos depois. Aí é que ele notou a ausência do caroneiro e incontinenti iniciou a viagem de volta, seguindo o mesmo trajeto, na esperança de encontrá-lo vivo, ou pouco machucado. E o encontrou, vivinho da silva, sem nenhum arranhão, no mesmo ponto da partida, no mesmo bar, naturalmente tomando mais uma “saideira”. O nome do professor? Pergunte pro Chico.

Extraída do livro: Caminhos de Casa

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