2 de agosto de 2009

Tostão: O passe, o drible e o gol

Abaixo, um pouco da coluna do Tostão na Gazeta do Povo sobre os fundamentos que os jogadores de futebol deveriam saber. Clique aqui para ler toda a coluna.

"... No futebol, podemos dizer que os fundamentos técnicos da posição (passe, drible, finalização, de­­sarme, cruzamento) são a regra. É preciso fazê-los bem para ser um ótimo jogador. Não é o que muitas vezes acontece. Alguns atletas ex­­tremamente habilidosos e criativos não vão para frente por causa dessa deficiência. Outros, mais técnicos que habilidosos, têm mais sucesso.
... A bola não procurava Romário, como gostavam de dizer. Romário estava sempre livre para fazer o gol porque sabia, antes dos outros, aon­­de a bola ia chegar.
... Dou mais valor ao passe decisivo, como os excepcionais passes dados por Hernanes, contra o Grêmio, e Cleiton Xavier, contra o Fluminense, que aos gols marcados por Dagoberto e Diego Souza nessas partidas. Os passes foram muito mais bonitos e mais representativos de uma grande técnica.... Se o drible é o mais lúdico dos lances, e o gol define o resultado (muitas vezes, não há relação entre o placar e a história da partida), o passe é o mais solidário dos fundamentos técnicos. O passe é a união, a ponte, entre o individual e o coletivo, entre o desejo, a ambição e a razão."

Eduardo Gonçalves de Andrade, conhecido como Tostão, (Belo Horizonte, 25 de Janeiro de 1947) é um ex-futebolista brasileiro. É considerado um dos grandes jogadores do futebol nacional e internacional.
O Mineirinho de ouro, como foi apelidado, integrou o mitológico ataque da seleção que conquistou o tricampeonato mundial em 1970, transferiu-se do Cruzeiro para o Vasco em Abril de 1972, na maior transação envolvendo clubes brasileiros até aquela época. Como jogador do Vasco, naquele mesmo ano, sagrou-se campeão da Minicopa pelo Brasil. A contratação de Tostão foi o simbolo do início de uma nova fase no Vasco, que passava por uma crise, e empolgou a torcida. Infelizmente, os vascaínos não puderam contar por muito tempo com seu futebol brilhante e inteligente. Depois de um ano, Tostão voltou a sentir os problemas na vista, conseqüência de um descolamento na retina que sofrera em 1969 ao levar uma bolada do zagueiro Ditão, do Corinthians. Depois de passar vários meses fora do time, acabou abandonando o futebol no início de 1974, aos vinte e sete anos.
Nos anos seguintes, Tostão dedicou-se à medicina, tendo mais tarde se formado como médico pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Após mais de uma década afastado do futebol, Tostão retornou como cronista esportivo. Escreve para diversos jornais no Brasil e é comentarista da Rádio Jovem Pan.

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