O tubarão
Por Osvaldo Broza
Nos anos oitenta, um grupo de mourãoenses passava férias em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Entre eles Horley e Tuta Casali, Darci Trevisan, João Carioca, Hamilton Tavela Borges, Sergio Miguel Spilka (Pako) e Osvaldo Batista da Silva (Osvaldinho da Agiliza). Alta temporada, praia entupida de gente.
Osvaldinho já não tinha um dos braços, mas participava das brincadeiras com a turma. E como participava.
Manhã ensolarada, o grupo pegava umas ondas na altura da Lanchonete Hippocampos, hoje Chaplin. De repente, não se sabe de quem foi a idéia, Osvaldinho rasgou a camiseta na parte onde não tem o braço, encheu de mercúrio e saiu correndo de dentro do mar, gritando: “tubarãooo...tubarãooo”... Tudo combinado, ele caiu na areia: os amigos já o esperavam. Darci Trevisan ainda o carregou nos braços por uns instantes e depois caíram na risada.
Dá pra imaginar a confusão que causaram. Era só gente gritando por socorro, mães procurando pelos filhos, uma loucura.
Menos de dois minutos depois, não tinha mais ninguém na água. Aí eles tiveram que correr de verdade, porque se não apanhavam. Foram se esconder no apartamento do Tuta.
Nessas alturas os comentários já se espalhavam, e os veículos de comunicação procuravam pela vítima nos hospitais da cidade.
Dizem que só não foram presos porque eram amigos de um amigo do prefeito. Mas tiveram que desmentir tudo numa emissora de rádio.
Apesar do desmentido, um dos jornais da cidade ainda teria publicado noutro dia: “Tubarão arranca braço de banhista”...
(Extraído do livro “Campo Mourão em Crônica” de autoria de Osvaldo Broza)
osvaldobroza@hotmail.com
Por Osvaldo Broza
Nos anos oitenta, um grupo de mourãoenses passava férias em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Entre eles Horley e Tuta Casali, Darci Trevisan, João Carioca, Hamilton Tavela Borges, Sergio Miguel Spilka (Pako) e Osvaldo Batista da Silva (Osvaldinho da Agiliza). Alta temporada, praia entupida de gente.
Osvaldinho já não tinha um dos braços, mas participava das brincadeiras com a turma. E como participava.
Manhã ensolarada, o grupo pegava umas ondas na altura da Lanchonete Hippocampos, hoje Chaplin. De repente, não se sabe de quem foi a idéia, Osvaldinho rasgou a camiseta na parte onde não tem o braço, encheu de mercúrio e saiu correndo de dentro do mar, gritando: “tubarãooo...tubarãooo”... Tudo combinado, ele caiu na areia: os amigos já o esperavam. Darci Trevisan ainda o carregou nos braços por uns instantes e depois caíram na risada.
Dá pra imaginar a confusão que causaram. Era só gente gritando por socorro, mães procurando pelos filhos, uma loucura.
Menos de dois minutos depois, não tinha mais ninguém na água. Aí eles tiveram que correr de verdade, porque se não apanhavam. Foram se esconder no apartamento do Tuta.
Nessas alturas os comentários já se espalhavam, e os veículos de comunicação procuravam pela vítima nos hospitais da cidade.
Dizem que só não foram presos porque eram amigos de um amigo do prefeito. Mas tiveram que desmentir tudo numa emissora de rádio.
Apesar do desmentido, um dos jornais da cidade ainda teria publicado noutro dia: “Tubarão arranca braço de banhista”...
(Extraído do livro “Campo Mourão em Crônica” de autoria de Osvaldo Broza)
osvaldobroza@hotmail.com
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