Trapalhadas na Copa Tibagi
O único título que o futsal mourãoense não possui é o de campeão da Copa Tibagi, que era realizada pela Televisão Tibagi, de Apucarana. Durante anos, foi o principal evento do futsal estadual, junto com o Paranaense Adulto, que tinha como principal atrativo, além de excelente premiações, o televisionamento direto das principais partidas de cada rodada. Disputei a Copa Tibagi por três equipes, Associação Tagliari, Fertimourão e Arcam. Vivenciei, ali, as maiores rivalidades do futsal do estado. Qualquer jogo entre as equipes de Campo Mourão, Maringá, Londrina, Apucarana e Paranavaí era garantia de ótima presença de público e de fortes emoções. Algumas rivalidades eram exageradas.
Num jogo em Rolândia, todos os jogadores da Galeria dos Esportes (Maringá) e da TV Tibagi (Apucarana) foram expulsos depois de uma briga generalizada que só terminou quando os atletas perceberam o Serraria, atleta maringaense, tendo convulsões em quadra. Em duas oportunidades chegamos bem perto do título. Uma com a Associação Tagliari e outra com a Fertimourão. Em ambas as oportunidades perdemos a chance da conquista por trapalhadas extra-campos.
Meados dos anos oitenta, a Associação Tagliari já era bicampeã paranaense (1979 e 1980, em Paranavaí e Guarapuava respectivamente) e chegamos, então, em Mandaguari, para as disputas do quadrangular final. Perdemos o primeiro jogo para o time de Apucarana, dos irmãos Clóvis e Clodoaldo, e neste jogo, o Batata (Luiz Carlos Mendes) foi escolhido como o melhor em campo e ganhou uma calça jeans do patrocinador oficial da Copa. Ainda tínhamos chance de conquistar o título se não fosse uma brincadeira que dividiu a equipe: alguém deu um nó na calça que o Batata ganhou e, ele, quase entrou nos tapas com quem ele imaginava ser o autor do feito. O episódio foi superado com amizade e disciplina (marca maior do Tagliari), terminamos em terceiro lugar e o Batata teve que fazer da calça uma bermuda, pois foi impossível desatar o nó.
Semana que vem contarei da semifinal da Fertimourão, lá em Paranavaí, em que esquecemos de levar os goleiros, o Renan foi sem tênis e o Getulinho jogou no gol. Só não sei se terei coragem de contar que fomos para lá numa terça-feira, quando o jogo era na quinta.
(Publicado no Semanário Entre Rios, em 20/08/2005)
Nenhum comentário:
Postar um comentário