13 de outubro de 2008

Resenha

JOGOS ABERTOS DO PARANÁ – 1988 – GUARAPUAVA
Campo Mourão tem quatro títulos estaduais de futsal da primeira divisão. Por coincidência, conquistados em duas cidades: Paranavaí e Guarapuava. Em cada uma delas conquistamos um Jogos Abertos (Jap´s -1973 e 1988) e uma Taça Paraná (1979 e 1980). Orgulho-me de ter participado de três destas conquistas. (Esta resenha foi publicada no semanário Entre Rios, em setembro de 2005. Depois disso, Campo Mourão ganhou mais um título dos Jogos Abertos, em Maringá - 2006).
Em 1988, em Guarapuava, tínhamos tudo para voltar para casa mais cedo. Treinamos pouco (o nosso treinador, Itamar Tagliari, passava por momentos difíceis com a doença de sua primeira esposa, Maria José, que acabaria falecendo ainda naquele ano e o Getulinho Ferrari, na véspera dos Jogos, perdeu o querido sogro, Genaro Riva, num absurdo acidente de avião).
No ano anterior, em Campo Mourão, perdemos a final dos Jap´s, para Palotina por um a zero (a mais triste derrota que tive no esporte).
A forte preparação física que fizemos em 1987 ajudou, e muito, nossa conquista em Guarapuava.
Começamos a competição de maneira arrasadora (três jogos, três vitórias por sete a um). Tuim e Batata jogavam tanto que, ao saírem para passear, sempre tinha alguém querendo pagar uma bebida para eles. Na segunda fase arrasamos Palotina por seis a um, mostrando que a derrota na final do ano anterior fora zebra sem tamanho e, já classificados para a semifinal, nos demos ao luxo de descansar alguns atletas contra Maringá (empate, em quatro a quatro).
Jogo relativamente fácil contra o time da casa na semifinal – vencíamos por dois a zero – até que o Xaxo, nosso goleiro, leva um gol porque estava discutindo com um torcedor. No final empate por dois a dois e acabamos vencendo nos pênaltis (Xaxo defendeu as três cobranças guarapuavanas e o Getulinho, que chegara para jogar os dois últimos jogos nem precisou cobrar nossa última penalidade).
Londrina, nosso adversário na final, parecia imbatível. Assim como nós, fizeram uma campanha excepcional e na semifinal venceram facilmente Maringá.
Ginásio lotado para uma final emocionante com os dois times exibindo muita disposição e técnica. Nosso time sempre na frente do placar. Vencíamos por 4 a 2, e numa seqüência incrível de defesas de tiros livres, Xaxo desmoralizava os londrinenses. Mas faltando doze segundos para terminar o jogo, três a dois no placar, o árbitro apita mais uma falta contra nós (seu Isidoro Fuzeto achando que acabara o jogo entra em quadra para abraçar o Beline e acabou acompanhando o filho, eliminado por cinco faltas individuais, na saída da quadra). O cobrador londrinense “erra” o chute e engana o Xaxo. Vamos para a prorrogação.
Mal começa a prorrogação e o Getulinho faz um zero (na comemoração, me deu uma cotovelada que esfolou minha testa). Em seguida o Tião Mauro fez dois a zero. Administramos bem a partida e vencemos por dois a um, sem maiores sustos.
Logo após o jogo, cumprindo promessa do Beline, rezamos agradecendo pela conquista, pedindo pela saúde da Maria José e pelo falecido Seu Genaro Riva. À noite desfilamos no caminhão do Corpo de Bombeiros.
Para os meus amigos de sempre e companheiros desta conquista: Luis Geraldo “Xaxo” de Souza, David Miguel Cardoso, Silvio Carvalho Cintra, Nelson “Ticão” Prado, Dealmir Salvadori, Renan Salvadori, Sebastião Mauro, Getulinho Ferrari, Antonio Luiz “Tuim” Marcelino, Luís Carlos “Batata”, Admir “Beline” Fuzeto, Itamar Tagliari e Gilmar Fuzeto.
(Logo abaixo, com o título Baú, publiquei uma foto deste time).

Um comentário:

Unknown disse...

poxa,,,que legal, este sr. Izidoro Fuzeto é meu avô, era o maior torcedor de futebol, que ja divemos..Ele faz falta..
Vô tenho saudade...
Sil