6 de junho de 2019

10 brinquedos eletrônicos que foram sucesso nos anos 80 e 90

Quando os anos 80 chegaram, novos costumes vieram junto. As bolas, piões e pipas, embora ainda fizessem sucesso com a criançada, passaram a dividir seu espaço com os brinquedos à pilha. Portanto, se você foi uma criança nas décadas de 80 e 90, certamente brincou com vários desses brinquedos que o Lista 10 selecionou neste post. Segura aí a nostalgia e dá uma conferida:
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10. Tamagotchi
Lançado em 1996, logo se tornou uma febre no mundo todo. Não era raro ver crianças dando carinho, comida ou remédios para seus bichinhos virtuais. O original foi lançado pela Bandai, mas diversas versões de outros fabricantes logo se amontoaram pelas lojas.

9. Zillion
Após a exibição do anime japonês Zillion no Brasil no final dos anos 80, a pistola utilizada pelos personagens foi lançada pela Tectoy. Ela vinha com um alvo que era acionado pelo infra-vermelho da pistola e acendia caso o tiro fosse certeiro.

8. Gravador Gradiente
Gravar suas próprias músicas era uma maneira de se divertir nos anos 90. Por isso o gravador vermelho tornou-se tão querido pelas crianças, que podiam soltar a voz em fitas virgens e ainda ouvir os vários cassetes que todo mundo tinha em casa.

7. Mini-Game
Um grande clássico que podia ser encontrado em qualquer camelô. Tinha versões de corrida, futebol, baseball e até dinossauros, embora nenhum deles fosse muito complexo. Não era difícil ver crianças com um desses nas mãos, ou com o compridão que vinha com o Tetris.

6. Estrelinha Mágica
Logo após o sucesso do filme Turma da Mônica e a Estrelinha Mágica, em 1988, a Tectoy colocou no mercado a mesma estrela que aparecia nas telonas. Ela acendia, fazia dois tipos de som e… só isso mesmo.

5. Van-robô
Outro clássico dos anos 80 e 90, a Van de controle remoto podia mover-se para frente e para trás, além de se tornar um robô. O detalhe curioso é que o controle dela tinha fio, de modo que não era possível controlá-la de muito longe.

4. Armatron
Criado pela TOMY e licenciado no Brasil pela Tectoy, foi o sonho de muitas crianças no final dos anos 80, embora não tivesse um preço exatamente acessível. O Armatron era um braço robótico e com ele era possível mover objetos graças à sua garra.

3. Merlin
Com um formato que se assemelhava a um telefone celular, o Merlin continha 6 jogos com 9 níveis cada um. Dentre eles se destacavam o Jogo da Velha e o Código Secreto. Lançado no exterior pela Parker Brothers, foi licenciado no Brasil pela Estrela.

2. Pense Bem
Toda criança na década de 90 queria ter um desses. O mini-computador vinha com disquetes e livros de perguntas sobre temas diversos, como Geografia e História, mas alguns eram de personagens como Turma da Mônica, Sonic e Senninha. Foi criado pela Vtech, de Hong Kong, e distribuído no Brasil pela Tectoy.

1. Genius
Certamente um dos maiores clássicos dos anos 80, o jogo produzido pela Estrela era a versão brasileira do Simon, criado anos antes pela americana Hasbro. Nele você tinha que ir apertando os botões na mesma sequência em que acendiam para continuar no jogo. Tornou-se um dos ícones daquela geração.

Sally Nixon cria ilustrações com mulheres fazendo atividades de quando ninguém está olhando


Em abril de 2015, a ilustradora Sally Nixon começou um projeto chamado “365” onde teve que criar  uma ilustração por dia durante um ano inteiro. Como não seria fácil pensar em novas ideias com tanta frequência, Sally começou a procurar inspiração em sua própria rotina. A artista queria mostrar o lado natural das mulheres além das selfies com filtro do Instagram ou do Snapchat.


As mulheres ilustradas por Nixon são capturadas fazendo atividades casuais como tomar um banho, comer na cama, escovar os dentes, andar pela casa sem roupa e ver TV. Em outras palavras “Mulheres quando ninguém está vendo”. Seus corpos são perfeitos da forma que são, e fazem tudo o que têm vontade.


As cenas ilustradas são lugares cotidianos: banheiro, um restaurante, um quarto bagunçado. Cada um dos desenhos transforma um hábito corriqueiro em algo especial.

















[ Zupi ]

Por que arrepiamos? Veja a resposta científica


Por que arrepiamos? Todos nós já tivemos arrepios, mas você o motivo biológico do arrepio? Sabe também como os pelos conseguem ficar eretos? Saiba mais!

Por que arrepiamos? Arrepio é o nome para quando pequenas elevações na sua pele. O frio, uma música triste ou uma cena poderosa de um filme pode provocar este fenômeno quando você menos espera.

O termo científico para esta característica evolutiva é reflexo pilomotor ou piloereção. O pelo ereto forma uma barreira entre a pele e o ar frio. Isso ajuda na termorregulação da sua temperatura corporal.

É por isso que a maioria das pessoas tendem a ficar arrepiada quando estão frios e chegam a sentir calafrio. A sensação é causada pelos pequenos músculos debaixo de cada folículo, chamado de músculo eretor, e quando se contraem, o cabelo é puxado na posição vertical.

‘Estes são os músculos involuntários e eles são parte do nosso sistema nervoso simpático, que é responsável pela maioria das respostas luta ou fuga “, explica Vanessa Hill.

“A reação está intimamente ligado ao nosso estado emocional, que vai além do frio. É por isso que filmes podem ser o melhor gatilho para arrepios.”

No entanto, ouvir música, também provoca a reação na maioria dos adultos. Especialistas acreditam que este é “apenas a estrutura e a natureza da própria música”, como ele cria expectativa no cérebro.

Embora pareça que você está profundamente envolvido com a música de uma canção, o seu cérebro está realmente trabalhando duro para prever a próxima letra ou uma nota e as apostas internas constrói dentro de nós inconscientemente.

Outra teoria
Outra teoria sugere que as canções tristes são mais propensas a dar-nos calafrios, em comparação com as músicas felizes.

Isto é porque a música triste ou nostálgica tem a capacidade de criar sentimentos relativos à perda social. “Sentimento de separação de sua família é conhecido por dar origem a arrepios, mas a razão pela qual não é bem compreendida”, diz Hill.

“Sabemos que a obtenção de arrepios na espinha ativa as mesmas estruturas cerebrais que outras coisas que nos fazem sentir eufórico. Como alimentos e alguns medicamentos “

Isto é porque os estudos de imagem cerebral descobriram que arrepios ativa estruturas como a amígdala e partes do córtex pré-frontal – tanto encontrado associado com prazer e recompensa.

E não há nenhuma razão para quando ocorrerá essa sensação. Às vezes eles são causados por uma memória distante de um evento passado.

No entanto, este fenômeno é aquele que vem de nossos ancestrais, que o usavam para se manter quente e pode ter ainda mantidos vivos por dissuadir os predadores – mas os especialistas consideraram esta reação inútil para os modernos seres humanos.

No entanto, arrepios são muito importantes para algumas criaturas do mundo, tais como gatos, cães e outros mamíferos que usam tem um caminho para parecer maior e mais assustador para os seus predadores.

5 de junho de 2019

Encontro com os professores Idê e Piazza na Fiorella

Luizinho Ferreira Lima, Vicente Piazza Filho e Idevalci Ferreira Maia
Campo Mourão/PR - junho de 2019
Encontro muito agradável nesta terça-feira (4), na Fiorella, com os professores Vicente Piazza Filho e Idevalci Ferreira Maia. Aproveitamos para colocar o papo em dia e ainda arrumamos tempo para colocar o País nos eixos. 

Movidos a deliciosos capuccinos, e com todos os recursos imaginários possíveis, soubemos como consertar a cidade, o estado, o mundo... só não encontramos um jeito do São Paulo FC voltar a jogar um futebol decente. E ainda aprendemos com o Idê uma nova forma de tirar selfie (que só funciona nos smartphones da Samsumg).

Piazza, meu primeiro professor de educação física (e o primeiro da cidade), reside atualmente em Cascavel, mas não perde a oportunidade de vir a Campo Mourão para ficar junto da filha e da neta. 

Idê se divide entre Campo Mourão e São José dos Campos, onde residem o filho mais novo e o neto caçula. Ele queria poder se dividir também com o filho e os netos que residem na Alemanha, mas não é tão fácil ($$$). Para lá, a terra do einsbein, ele e a esposa, Clarice, vão pelo menos uma vez ao ano. 

Babyface and Kevon Edmonds - I Swear


Kenneth Brian Edmonds (Indianápolis, 10/04/1959), mais conhecido pelo apelido Babyface, é um premiado cantor, compositor e produtor de música R&B e Pop, produtor cinematográfico e empresário estadunidense.

Kevon Edmonds (nascido em 25/02/1958) é um cantor e ator americano. Ele é o irmão mais velho do Babyface.

I Swear foi escrito por Gary Baker e Frank J. Myers e foi lançado pela primeira vez por John Michael Montgomery em 1994.


Vídeo mostra trecho do DVD David Foster and Friends Live.

Gato 'melancólico' e irmão banguela conseguem um novo lar

Toby Foto: Reprodução/Instagram(tummyandgummy)
Um gato com um rara condição que o deixa com aparência de triste e melancólico conseguiu finalmente um novo lar. Toby, de 6 anos, foi adotado por um casal de Stroud (Inglaterra).

O felino sofre da síndrome de Ehlers-Danlos, caracterizada por pele excessivamente flácida em virtude da falta de colágeno.

Toby vivia em um abrigo da Sociedade Protetora dos Animais (RSPCA). Sua adoção era difícil porque ele é totalmente dependente do seu irmão, Quinton, um bichano de 7 anos que sofre de outro problema - não tem dentes. Por causa dessa ligação, Toby e Quinton tinham que ser adotados juntos.

Toby Foto: Reprodução/Instagram(tummyandgummy)
Finalmente deu certo.

"Vi os dois no site da RSPCA e me apaixonei pela doçura das suas carinhas", disse Georgina, de acordo com o "Metro".

Toby Foto: Reprodução/Instagram(tummyandgummy)
Toby Foto: Reprodução/Instagram(tummyandgummy)

Toby e Quinton Foto: Reprodução/Instagram(tummyandgummy)
Toby e Quinton Foto: Reprodução/Instagram(tummyandgummy)

Quinton é banguela Foto: Reprodução/Instagram(tummyandgummy)

Nove sinais que indicam que precisa beber mais água

Já bebeu água hoje?


Mais da metade do corpo humano é composto por água e necessitamos dela para viver. Por isso mesmo, o organismo dá alguns sinais importantes para além da sede que sentimos ao passar muito tempo sem ingerir água . 

Veja nove sinais infalíveis para saber se seu corpo necessita de mais água (antes de sofrer de um caso sério de desidratação):

1. Boca e lábios secos
Quando está desidratado, há uma diminuição da produção de saliva e é isso que dá a sensação de boca seca. Atenção que essa pode ser também a causa de mau hálito. 

2. Sente-se constantemente cansado
Como defesa contra a desidratação, o organismo diminui a irrigação de sangue para órgãos não vitais. Ou seja, os músculos podem começar a operar mais lentamente, fazendo com que se sinta cansado e sonolento.

3. Xixi mais escuro
A cor ideal da urina é de um amarelo bem claro ou transparente. Se o seu xixi estiver amarelo escuro ou laranja, é um sinal certeiro de que a sua urina está mais concentrada e nada saudável.

4. Dor de cabeça
A razão para aquela dor de cabeça incômoda no meio do dia pode ser justamente a falta de água. Especialistas acreditam que, com o baixo nível da substância, haja uma diminuição do sangue no cérebro e assim menos oxigênio na região. 

5. Não produz lágrimas o suficiente
Assim como a saliva, as lágrimas podem ser um sinal de que os níveis de água no organismo estão baixos.

6. Pele seca
Melhor que qualquer creme, a água é um ótimo hidratante. Assim que o corpo está com níveis baixos de água, a pele sente e aparenta de imediato os efeitos.

7. Espasmos musculares
Espasmos podem ser comuns em quem não costuma beber muita água. Quando o músculo está sendo muito utilizado e os fluidos estão baixos, alguns movimentos involuntários podem ocorrer.  

8. Cãibras
Vários elementos podem causar cãibras, e uma delas é desidratação e falta de sódio no corpo. 

9. Sensação constante de fome (mesmo após comer)
A sensação de sede e fome vem da mesma região do cérebro, então este pode facilmente confundir as duas sensações. Ou seja, pode achar que está com fome mas, na verdade, pode precisar apenas de beber água.

Espumante brasileiro de R$ 43,00 vendido em mercado é eleito 1 dos 5 melhores do mundo

Vá até prateleira de espumantes do supermercado mais próximo e, com menos de R$ 50, você terá uma bebida “top” dentro do seu carrinho. 

Tudo porque um espumante brasileiro e baratinho foi eleito o quinto melhor vinho do mundo pela lista da Associação Mundial de Escritores e Jornalistas de Vinhos e Destilados de 2017. Para quem não sabe, um espumante é um tipo de vinho branco.

A bebida é o espumante Casa Perini Moscatel, da Casa Perini, no Rio Grande do Sul e seu preço médio é de R$ 43,00*.

O Casa Perini Moscatel também é o primeiro espumante a aparecer na lista, criada com base na união de premiações dos melhores concursos do mundo, como International Wine Challenge (IWC) e Decanter Wine Awards, na Inglaterra, La Mujer Elige, na Argentina e Selectiones Mondiales des Vins, no Canadá.

De acordo com a vinícola gaúcha, o espumante “é um produto muito elegante, com perfil aromático característico da variedade Moscato, com um excelente equilíbrio entre acidez e açúcar”.
[ VIX ]

31 de maio de 2019

Uma foto, uma triste constatação


Fantastic Negrito - Bad Guy Necessity


Xavier Amin Dphrepaulezz, mais conhecido por seu nome artístico Fantastic Negrito, é um cantor e compositor americano cuja música abrange blues, R&B e roots music.


Bad Guy Necessity é faixa do álbum Please Don't Be Dead, lançado em 2018.

Garotos acham R$ 12 mil em prédio abandonado e entregam à polícia

Fotos: Reprodução/TV Anhanguera
Honestidade também se aprende em casa! Quatro garotos acharam quase R$ 12 mil em um prédio abandonado, onde funcionava uma creche em Santa Rosa de Goiás.

Mesmo sendo de famílias com uma situação financeira limitada, os adolescentes entenderam que não deveriam ficar com um dinheiro e entregaram para a polícia.

Gabriel Valentim de Souza, 13 anos, Marcos Antônio de Araújo, 12, Bruno Feliciano da Silva Santos, 13, e Luiz Augusto Araújo, 16, estavam jogando futebol no prédio abandonado, onde funcionava uma creche da Prefeitura.

Depois de um chute mais forte, a bola foi parar na cozinha.

Os garotos foram até procurar pela bola e acabaram achando o dinheiro escondido no fundo falso de uma das paredes.

O dinheiro estava, segundo eles, em um saco plástico de arroz.

Os meninos contaram que pensaram em comprar celular, bicicleta e videogame, mas a realidade e a honestidade falaram mais alto.

Orgulho
A atitude dos garotos orgulhou moradores da pacata cidadezinha, de 3 mil habitantes, que fica 80 km de Goiânia.

A mãe de Bruno, Natalícia Maria dos Santos, contou que foi do próprio filho a iniciativa de procurar a polícia. “Ele chegou correndo quase morrendo e falou para a gente ir na delegacia”, disse Natalícia.

A dona de casa Recilda Bárbara de Araújo, mãe do Marcos e Luiz Augusto, também ficou orgulhosa dos filhos.

“Eles levaram por conta deles para polícia e depois contaram para a gente. Foram honestos e não esconderam nada”, disse Recilda, contando que ela, os quatro filhos e o marido vivem com um salário mínimo mensal, que o chefe de família consegue atuando como pedreiro autônomo.

O também pedreiro Valdimar Valentim de Souza, pai do Gabriel, também ficou feliz com a atitude do filho. “O que ele fez foi digno. É da criação que ele tem né, com a mãe ali em cima”, afirmou.

O dono
Na comunidade, as pessoas comentam que por muito tempo, um senhor morou no local.

Era um aposentado que recolhia material reciclável e que morreu há quase dois anos.

A Polícia Civil informou que está procurando pela família do senhor que seria o dono do dinheiro e faleceu.

O valor, segundo a polícia, foi depositado em uma conta judicial enquanto espera ser devolvido para os donos.

Homem abre a tampa de vaso sanitário e é picado por píton

A píton foi recolhida por agentes de controle de animais Foto: Reprodução/The Smoking Gun/Coral Springs Police Department
Um homem de 52 anos foi picado em um dos braços ao abrir a tampa do vaso sanitário em banheiro do apartamento em que mora em Coral Springs (Flórida, EUA) e dar de cara com uma píton.

De acordo com o boletim de ocorrência obtido pelo site "The Smoking Gun", a cobra não pertence a Baltizar Jimeno, a vítima. Ele afirmou não ter ideia de como a píton, de 1,2 metro de comprimento, foi parar no vaso.

Agentes de controle de animais do Departamento de Polícia de Coral Springs foram ao local e recolheram o animal. A píton, que não é venenosa, foi levada a um clínica veterinária para ser tratada de uma infecção. Baltizar recebeu atendimento na própria residência.

O buraco mais profundo já cavado na Terra

Poço ainda existe, mas foi lacrado
A paisagem da península de Kola, nos confins do Círculo Polar Ártico, pode fazer com que esse canto da Rússia pareça uma cena de um conto de fadas. No entanto, em meio à beleza natural, estão as ruínas de uma estação de pesquisa científica soviética abandonada. Ali, há uma tampa de metal pesada e enferrujada sobre o piso de concreto, lacrada por um anel de ferrolhos grossos e também enferrujados.

Para muitos, esta é a entrada para o inferno.

Trata-se do Poço Superprofundo de Kola, o buraco mais profundo cavado pelo homem na Terra.

A estrutura de 12,2 km é tão profunda que os moradores locais juram que podem ouvir os gritos das almas torturadas no inferno. Os soviéticos levaram quase 20 anos para conclui-la. Apesar disso, não chegaram ao fundo da Terra. Na verdade, a broca ainda estava a apenas um terço do caminho entre a crosta e o manto da Terra quando o projeto foi interrompido, em meio ao caos da Rússia pós-soviética.

O Poço Superprofundo de Kola não é o único buraco desse tipo na Terra. Durante a Guerra Fria, houve uma corrida entre as superpotências para perfurar o mais fundo possível na crosta terrestre - e até para alcançar o manto do nosso planeta. 

Corrida ao manto
Agora, são os japoneses que querem se lançar nesta empreitada.

"A perfuração começou na época da Cortina de Ferro", conta Uli Harms, do Programa Internacional de Perfuração Continental Científica (ICDP, na sigla em inglês). Na época um jovem cientista, ele trabalhou na "rival alemã" do Poço Superprofundo de Kola. "Havia certamente uma competição entre nós. Uma das principais motivações era que os russos simplesmente não revelavam nada sobre o que faziam."

"Quando eles começaram a perfurar, alegaram que haviam encontrado água livre - e a maioria cientistas não acreditava nisso. Havia um consenso entre nós de que a crosta era tão densa a 5 km abaixo da Terra que a água não poderia penetrar nela."

"O objetivo final do (novo) projeto é obter amostras reais do manto tal qual ele existe agora", diz Sean Toczko, gerente de programa da Agência Japonesa para Ciências da Terra Marinha. "Em lugares como Omã, podemos encontrar o manto perto da superfície, mas esse é o manto de milhões de anos atrás".

"É a diferença entre ter um dinossauro vivo e um osso de dinossauro fossilizado", compara.

Em outras palavras: se a Terra é como uma cebola, então a crosta é como a pele fina do planeta. Tem apenas 40 km de espessura. Para além dali, há um manto com 3.000 km de profundidade. Abaixo dele, o núcleo da Terra.

Tal como a corrida espacial, a disputa para explorar essa desconhecida "fronteira profunda" foi uma demonstração de proeza de engenharia, tecnologia de ponta e "coisas certas". Os cientistas queriam ir aonde nenhum humano havia ido. As amostras de rocha que esses furos profundos poderiam fornecer eram provavelmente tão importantes para a ciência quanto qualquer coisa que a Nasa, a agência espacial americana, trouxe da Lua. A única diferença foi que desta vez os americanos não venceram a corrida. Na verdade, ninguém venceu.

Poço está localizado numa área inabitada no norte da Península de Kola, na Rússia
Os EUA foram os primeiros a tentar explorar essa fronteira profunda. A iniciativa partiu da famosa American Miscellaneous Society, no final dos anos 1950. O grupo informal era formado por expoentes das principais da comunidade científica dos EUA. A ideia de perfurar a crosta terrestre até o manto foi chamada de projeto Mohole, em homenagem à Descontinuidade de Mohorovičić (ou Descontinuidade M), que separa a crosta do manto.

Em vez de perfurar um buraco muito, muito profundo, a expedição dos EUA decidiu fazer um atalho pelo oceano Pacífico a partir de Guadalupe, no México.

A vantagem de perfurar o fundo do oceano é que ali a crosta terrestre é mais fina; a desvantagem é que as áreas mais finas da crosta geralmente são onde o oceano tem a maior profundidade.

Empreitada soviética
Os soviéticos começaram a perfurar o Círculo Polar Ártico em 1970. E, finalmente, em 1990, o Programa de Perfuração Profunda Continental Alemã (KTB) teve início na região da Bavária - e finalmente perfurou 9 km.

Mas, assim como na missão à Lua, havia um grande desafio. As tecnologias necessárias para o sucesso dessas expedições tinham que ser construídas quase do zero.

Quando, em 1961, o projeto Mohole começou a adentrar o fundo do mar, a perfuração em águas profundas para petróleo e gás ainda não existia. A exemplo do posicionamento dinâmico, que permite que um navio-sonda permaneça sobre o poço sem se movimentar. Em vez disso, os engenheiros tiveram que improvisar. Eles instalaram um sistema de hélices ao longo dos lados de seu navio de perfuração para mantê-lo estável sobre o buraco.

Um dos maiores desafios enfrentados pelos engenheiros alemães foi a necessidade de perfurar um buraco o mais vertical possível. A solução criada por eles se tornou atualmente a tecnologia padrão nos campos de petróleo e gás do mundo.

"O que ficou claro para os russos foi que você tem que perfurar o mais vertical possível. Caso contrário, você aumenta o torque nas brocas e torções no buraco", diz Uli Harms. "A solução foi desenvolver sistemas de perfuração verticais. Estes são agora um padrão da indústria, mas foram originalmente desenvolvidos para o KTB - e podiam perfurar até 7,5 km abaixo da Terra. Então, nos últimos 1,5 a 2 km (0,9 a 1,25 milhas), o buraco estava fora da linha vertical por quase 200 metros.

Mas todas essas expedições terminaram com certa frustração. Houve falsas partidas e bloqueios. Outro desafio foram as altas temperaturas que o maquinário encontrou no subterrâneo profundo, o custo e a política - tudo isso interrompeu os sonhos dos cientistas de perfurar mais fundo e quebrar o recorde de buraco mais profundo já cavado.

Dois anos antes de Neil Armstrong caminhar na Lua, o Congresso dos EUA cancelou o financiamento para o projeto Mohole quando os custos se afastaram do previsto. Os poucos metros de basalto que eles conseguiram trazer custaram aos cofres públicos cerca de US$ 40 milhões (R$ 160 milhões) em valores atuais.

Local onde fica o Poço Superprofundo de Kola está abandonado desde o início dos anos 1990
Então foi a vez do Poço Superprofundo de Kola. A perfuração foi interrompida em 1992, quando a temperatura chegou a 180°C. Foi o dobro do esperado para aquela profundidade, e uma perfuração mais profunda não era mais possível. Após o colapso da União Soviética, não havia dinheiro para financiar esses projetos - e, três anos depois, a instalação inteira foi fechada. Agora, o local abandonado é um destino para turistas aventureiros.

O poço alemão foi poupado do mesmo destino. A enorme perfuratriz ainda está lá - uma atração turística hoje - mas o guindaste apenas serve a instrumentos de medição. O local se tornou um observatório do planeta - ou até mesmo uma galeria de arte.

Ali, em 2013, a artista holandesa Lotte Geevan decidiu fazer um experimento. Ela levou para baixo um microfone protegido por um escudo térmico, captando um som profundo e estrondoso que os cientistas não conseguiram explicar. Nas palavras dela, o som "me fez sentir muito pequena; foi a primeira vez na minha vida que essa grande bola em que vivemos veio à vida e parece assombrosa", diz. "Algumas pessoas achavam que soava como o inferno. Outras, que podiam ouvir o planeta respirar".

"O plano era para perfurar mais profundamente do que os soviéticos", diz Harms, "mas nem chegamos à nossa fase permitida de 10 km durante o tempo que tivemos. Então, onde estávamos perfurando era muito mais quente do que onde os russos estavam. Estava bem claro que seria muito mais difícil irmos mais fundo".

Viagem ao Centro da Terra
É difícil não ter a sensação de que a corrida para o manto da Terra é uma versão atualizada do famoso livro Viagem ao Centro da Terra, de Jules Verne. Embora não esperem encontrar uma caverna escondida cheia de dinossauros, os cientistas gostam de descrever seus projetos como "expedições".

"Pensamos nisso como uma expedição, porque realmente leva algum tempo em termos de preparação e execução", diz Harms, "e porque você está realmente entrando na terra de ninguém, onde ninguém esteve antes, e isso é realmente incomum nos dias de hoje".

"Essas missões são como uma exploração planetária", diz Damon Teagle, professor de geoquímica na Escola de Oceanos e Ciências da Terra do Centro Nacional de Oceanografia de Southampton, na Universidade de Southampton, no Reino Unido.

Teagle tem estado fortemente envolvido no novo projeto de perfuração liderado pelos japoneses. "O desafio é que nunca sabemos o que vamos encontrar."

"No buraco 1256, fomos os primeiros a ver a crosta oceânica intacta. Ninguém tinha conseguido isso antes. Foi realmente emocionante. Sempre há surpresas".

Alemães iniciaram seu próprio projeto de perfuração superprofunda em 1990
Hoje, "M2M-MoHole to Mantle" é um dos projetos mais importantes do Programa Internacional para a Descoberta dos Oceanos (IODP). Assim como o projeto Mohole original, os cientistas estão planejando perfurar o fundo do mar, onde a crosta tem 6 km de profundidade. O objetivo do projeto de perfuração ultraprofundo de US$ 1 bilhão (R$ 4 bilhões) é recuperar as rochas do manto in situ pela primeira vez na história da humanidade.

Apesar da importância do projeto, o enorme navio de perfuração Chikyū foi construído quase 20 anos atrás com este projeto em mente. A embarcação usa um sistema de GPS e seis jatos controlados por computador que podem alterar a posição do imenso navio em apenas 50cm.

"A ideia é que esse navio dê prosseguimento ao trabalho iniciado pelo projeto Mohole original há 50 anos", diz Sean Toczko, gerente de programa da Agência Japonesa para a Ciência e Tecnologia Marinha-Terrestre. "Esses poços superprofundos nos ensinaram sobre nossa densa crosta continental. O que estamos tentando fazer agora é descobrir mais sobre os limites da crosta-manto".

"O principal ponto de discórdia é que existem três localizações candidatas à essa perfuração: nos litorais da Costa Rica, de Baha e do Havaí."

A decisão virá da melhor combinação entre a profundidade do oceano, a distância do local de perfuração e a necessidade de uma base na costa que possa dar apoio a uma operação bilionária de 24 horas por dia no mar. "A infraestrutura pode ser construída, mas isso demanda tempo e dinheiro", acrescenta Toczko.

"No fim das contas, é realmente uma questão de custo", diz Harms. "Essas expedições são extremamente caras - e, portanto, são difíceis de serem replicadas. Podem custar centenas de milhões de dólares - e apenas uma pequena porcentagem será de fato para as ciências da terra; o restante será para o desenvolvimento tecnológico e, é claro, para as operações."