13 de dezembro de 2018

Letenski e Multimídia na Rádio Musical FM, em 2006

Abaixo, transcrevo nota que publiquei brincando com os amigos Dionísio Letenski e o Beto Multimídia, de quando eles comentavam jogos da ADAP no Campeonato Paranaense de 2006. 
A nota foi publicada originalmente naquele mesmo ano, no semanário mourãoense Entre Rios.


O advogado Dionísio Letenski comentando o jogo da ADAP com o Roma de Apucarana, se confundiu na transmissão da Musical FM e disse que estava em Roma. Amigos (mui amigos) não se conformam que ele não foi ver o Papa! 

Meticuloso e tranquilo, ele gosta de comentar jogador por jogador após os jogos. Ao contrário, Beto Multimídia, outro analista da Musical FM, é agitado, ansioso e, pelo jeito, gosta das coisas mais breves. 

No comentário final, após o empate em dois a dois, domingo passado, Dr. Dionísio começou a analisar a equipe mourãoense, primeiro o goleiro, depois os laterais, os zagueiros... quando é interrompido pelo companheiro: E os atacantes, doutor? 

- Calma, ainda tem os de meio-de-campo, retrucou o Dr. Dionísio. 

Letenski continua advogando em Campo Mourão, enquanto que o Beto retornou para sua Maringá (na verdade ele é de Sarandi, mas diz que é maringaense...), onde continua atuando no ramo de marmoraria. As fotos também são de 2006 (eles estão muito melhores atualmente). 

10 fake news sem o menor pé nem cabeça desmentidas pelo Ministério da Saúde

"A fake news que diz que água gelada prejudica o fígado, o estômago, causa câncer e ataque cardíaco", por exemplo.



Graças ao número crescente de fake news sobre saúde, o Ministério da Saúde criou uma área no site deles apenas para desmentir mentiras espalhadas nas redes sociais. Separamos algumas aqui neste post. Veja todas elas neste link.

1. A fake news que diz que a Peste Negra vai voltar para a Paraíba.
Se a Peste Negra estivesse voltando para algum lugar vamos combinar que seria notícia em absolutamente todo lugar. De qualquer forma, não há registro de casos de peste no Brasil desde 2005 e essa notícia não faz o menor sentido. De acordo com o Ministério da Saúde, há vigilância constante da peste para controle da doença e prevenção de novos casos. 

2. A fake news que as pessoas estão se curando da diabetes num passe de mágica com uma cápsula natural.
Em um site que copia o G1 inventaram essa notícia que não faz o menor sentido pois a diabetes não se cura de uma hora para a outra como num passe de mágica. 


3. A fake news que diz que o quiabo milagrosamente cura diabetes.
O pessoal parece ter muita vontade de curar a diabetes milagrosamente e de uma hora para outra, mas como o item anterior, isso não faz o menor sentido. Essa fake news ainda fez a Sociedade Brasileira de Diabetes parar tudo que estava fazendo e emitir um alerta sobre essa possível cura para a doença. 

4. A fake news que diz que chá folhas de graviola cura o câncer.
Não há comprovação científica de que o chá de folhas de graviola cure o câncer e o médico citado em um áudio de WhatsApp que circula com essa informação teve de parar o que estava fazendo para desmentir essa fake news. 


5. A fake news que afirma que água quente de coco cura o câncer.
Não existe um alimento que cure ou previna o câncer, sendo uma água de coco um alimento, essa notícia não faz o menor sentido. O post do Ministério da Saúde que desmente esse absurdo diz que o que previne o câncer é praticar uma alimentação saudável, manter o peso corporal adequado e praticar atividade física. Uma alimentação saudável e protetora de câncer é composta por alimentos in natura, alimentos minimamente processados e preparações culinárias feitas com esses alimentos. Além disso, uma alimentação saudável também deve ser pobre em alimentos ultraprocessados, que são aqueles prontos para aquecer e consumir, pobre em carnes processadas e sem bebidas alcoólicas;. 

6. A fake news que diz que bananas transmitem o vírus HIV.
De acordo com o Ministério da Saúde, a banana não seria uma meio externo com condições propícias para transmissão do vírus do HIV, assim como não há chance de contrair o HIV por contato com roupas, objetos (copos, talheres, vazo sanitário) ou outros alimentos. 


7. A fake news que diz que a vacina contra o HPV causa diversos efeitos colaterais.
De acordo com o Ministério da Saúde a vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) é segura e eficaz. Todas as vacinas ofertadas no Brasil passam por um rígido processo de validação e possui os devidos registros na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esta vacina é utilizada em mais de 80 países do mundo e não há estudo que a relacione com efeitos colaterais, nem outros problemas de saúde. O objetivo da vacinação contra HPV no Brasil é prevenir o câncer de colo do útero, de pênis, de boca, de garganta, de ânus, refletindo na redução da incidência e da mortalidade por estas enfermidades, afirma o Ministério da Saúde.

8. A fake news que diz que usar celular no escuro causa câncer nos olhos.
Se essa fosse verdade boa parte da população estaria com a doença, vamos ser sinceros. Tudo começou com este texto compartilhado no WhatsApp cheio de informações erradas e sem nenhuma comprovação científica pois não existem estudos que mostrem que o uso de celular pode causar câncer nos olhos.


9. A fake news que diz que colocar óleo no umbigo cura doenças.
Essa fake news é talvez a mais absurda e a mais preocupantes dessa lista pois mostra que as pessoas podem acreditar nas coisas mais doidas e simples. O boato espalhado pelo WhatsApp diz que o simples fato de colocar óleo no umbigo faz com que o corpo se hidrate, cura a secura nos óleos, no pâncreas e nas articulações. O que, obviamente, não faz absolutamente o menor sentido. Veja mais aqui.

10. A fake news que diz que água gelada prejudica o fígado, o estômago, causa câncer e ataque cardíaco.
Bom, eu achava que a fake news anterior era mais absurda desta lista, mas talvez seja essa mesmo. Absolutamente nada disso faz o menor sentido e para piorar ainda colocaram a culpa no doutor Drauzio Varella e escreveram o nome dele errado no WhatsApp. 

Lealdade: cão sobrevive a incêndio e é achado um mês depois cuidando das ruínas da casa

Madison teve de ser deixado para trás quando o intenso incêndio atingiu a Califórnia, no EUA, mas sobreviveu e ficou "de guarda"



Se tem um cachorro que merece o título de “cão de guarda”, esse animal é Madison. Aparentemente, o cachorro protegeu as ruínas da sua casa, destruída no incêndio que atingiu a Califórnia, durante quase um mês. Madison estava esperando no local quando Andrea Gaylord recebeu permissão para retornar ao local onde ficava sua casa, em Paradise, na sexta-feira (7/12).

Gaylord estava fora de casa e teve que fugir sem poder voltar para buscar seus cães quando o incêndio de 8 de novembro irrompeu e dizimou a cidade de 27 mil habitantes. Madison foi encontrado por Shayla Sullivan, uma protetora de animais que Gaylord havia contatado a fim de pedir que procurasse por seus cães, dois mestiços de pastor da Anatólia.

Sullivan deixou comida e água para ele regularmente até Gaylord poder voltar. A protetora também ajudou a localizar o irmão de Madison, Miguel, que foi levado para um abrigo a 135 quilômetros de distância, no confuso período após o incêndio. Os dois irmãos só se reencontraram na sexta, quando Gaylord voltou com Miguel e trouxe para Madison seu petisco favorito: um pacote de biscoitos.

Gaylord disse à estação de notícias ABC 10 que ela não poderia pedir por um animal melhor. “Imagine a lealdade de ficar, na pior das circunstâncias, e continuar aqui esperando”, disse ela. “O trabalho instintivo deles é tomar conta de rebanhos e nós somos parte deles. É uma sensação reconfortante”.




12 de dezembro de 2018

Equipe CliniSport em merecida confraternização de final de ano


Registros -- fotos e vídeo -- mostram a equipe da CliniSport em confraternização de final de ano, realizada na chácara do craque fisioterapeuta e sócio proprietário da Academia e Clínica de Fisioterapia Kadu Aldrigue,  na Usina Mourão.


Segundo Dimas de Paula, também sócio-proprietário da CliniSport e o responsável pelo cardápio da festa, foram servidas carnes assadas para todos os gostos. Diz que ele que não sobrou nada, nem para um arroz carreteiro no dia seguinte. 





A CliniSport está localizada na Avenida Capitão Índio Bandeira, 2459, e oferece aulas de Musculação, Personal Trainer, Treinamento Funcional, Zumba, Ritmos, Muaythai, Cross CS, Pilates, Fisioterapia, Hidroginástica e Natação. Agende uma aula experimental pelo (44) 3810 4500.


Seal - Back Stabbers


Seal Henry Olusegun Olumide Adeola Samuel (Londres, 19/02/1963) é um músico, cantor e compositor britânico de origem nigeriano, entre seus maiores sucessos está a canção Kiss from a Rose, trilha sonora do filme Batman Forever, pela qual recebeu três prêmios Grammy em 1995.


Back Stabbers é faixa e título de álbum lançado originalmente em 1972, pelo grupo americano The O´Jays.

[Humor] Megalomania argentina

Quatro argentinos fumando um baseado no topo de um edifício:

1º. argentino: - Eu tenho muito dinheiro... vou comprar o Citibank!

2º. argentino: - Eu sou muito rico... comprarei a General Motors!

3º. argentino: - Eu sou um magnata... vou comprar a Microsoft!

Os três argentinos ficam esperando o que o quarto argentino vai falar...

4º. argentino: Dando mais uma tragada... faz uma pausa e diz: - Não vendo! ...


Campeã de artes marciais morre eletrocutada após iPhone carregando cair em banheira

Irina Rybnikova Foto: Reprodução
Uma adolescente russa, campeã de artes marciais, morreu eletrocutada após o seu iPhone, que estava sendo carregado, cair na banheira onde ela estava, em residência na cidade de Bratsk (Sibéria, Rússia).

De acordo com o "Komsomolskaya Pravda", Irina Rybnikova, de 15 anos, morreu na hora. O corpo teria sido encontrado pela irmã.

Irina foi campeã nacional dois meses atrás de pankration, uma espécie de MMA que une boxe e luta-livre originada na Grécia antiga.


"Ela sonhava ser campeã mundial. Ela sempre quis fazer sucesso no esporte. Todos a amavam", disse um amigo.

Irina (de vermelho) fazendo luta de pankration

Seu cão não é uma pessoa (mas também não é um lobo)

Qual o jeito menos danoso de cuidar do seu bichinho?

Por Iandara Gouvea*, no Papo de Homem


Que os cães vieram dos lobos, isso nós já sabemos.

Aconteceu entre 20 e 40 mil anos atrás mas como, quando e onde exatamente essa domesticação ocorreu são perguntas sem respostas exatas.

Novos estudos e descobertas surgem sempre pra nos fazer questionarmos tudo aquilo que achávamos que sabíamos. A teoria mais aceita é de que os lobos mais mansos começaram a se aproximar dos grupos de humanos e, aos poucos, os dois lados foram vendo vantagens nesse relacionamento. Mas uma coisa é certa e indiscutível: o cão é o melhor amigo do homem.

Nossos amigos peludos passaram de ajudantes em trabalhos e tarefas a membros da família. O IBGE deixou isso bem claro numa pesquisa de 2013 que mostrou que em 44,3% dos lares brasileiros mora pelo menos um cão. São 52,2 milhões de companheiros caninos vivendo em casas, o que, pasmem, é maior do que o número de crianças até 14 anos!

O interesse por essa relação vai longe e um estudo muito legal mostrou que esse laço é tão profundo que nas interações com seus cães as pessoas liberam o mesmo hormônio que liberamos quando interagimos com nossos filhos ou pessoas amadas e, só pra fechar esse raciocínio, os cães também o liberam. É uma linda relação de amor recíproca, desenvolvida ao longo de milhares de anos.

E por que eu estou te falando isso e jogando esse monte de dados e estudos científicos em cima de você? Porque com o advento da internet e das famigeradas redes sociais, ficou fácil propagar sua opinião por aí, e eu tenho visto muita opinião sobre comportamento de cães que vem me preocupando. E eu quero que a sua relação com seu dog seja maravilhosa e saudável, para você e para ele.

Seu cão não é uma pessoa

Hoje, muitas pessoas veem seus amigos de quatro patas como membros da família e isso é lindo, mas não quer dizer que seu cão seja uma pessoinha. Depois desses vários estudos mostrando que rola toda uma química no teu cérebro quando você está com seu bebê peludo, quem sou eu na fila do pão para te falar que seu peludo não é seu bebê? E, na verdade, eu não quero te falar isso, até porque toda noite durmo de conchinha com a minha cã.

Mas por mais que a gente ame de paixão nossos cães e nos esforcemos para dar a melhor vida possível para eles, tratar seu cão como um ser humano não é bom. Não é bom para você e não é bom para ele.

Eu não vou me aventurar nos campos da psicologia humana porque não é minha área, mas vou dar uma palhinha de que a dependência afetiva exagerada que algumas pessoas desenvolvem com seus pets é um problema para eles. Então, vou falar da psicologia não-humana, que é o que me cabe.

Quando você priva seu cão de certos comportamentos naturais para um cão, você não está fazendo bem para ele. Falo isso mais do que como veterinária, como dona, porque quando eu ganhei aquela cã que dorme de conchinha comigo há 15 anos atrás, eu tinha 11 anos e zero ideia de como educar um cão, e por conta disso, eu acabei fazendo muitas coisas erradas com a Mel, que eu tento corrigir ou pelo menos amenizar até hoje, e isso trouxe e ainda traz uma perda de qualidade de vida para ela.

Claro que cada família vai determinar os limites da interação com seu cachorro, tem cachorro pra quem a casa é fora dos limites, tem cachorro que pode entrar na cozinha, tem cachorro que sobe no sofá e tem cachorro que dorme na cama. E está tudo bem seu cachorro ser qualquer um desses.

Contanto que você forneça comida, água, abrigo, distração, enfim, um ambiente seguro e acolhedor, seu cachorro pode ficar onde você quiser.

Mas quando você sai para passear exclusivamente com seu cachorro num carrinho de bebê, quando você veste ele com mil e uma fantasias e adereços que não servem para proteger do frio, quando você começa a oferecer tantas regalias e mimos e a poupar tanto ele de ser um cão, aí não é ok.

A questão não é que seu cachorro tem que viver na pracinha brincando com 28 outros cães chafurdando na lama. Até porque se tem uma coisa que cachorro é igual gente é que cada um tem uma personalidade.

Mas fornecer uma boa socialização para o seu cão, atividades adequadas para a raça e idade, e uma vida de cão são fundamentais. Às vezes a gente tem que parar e pensar: eu estou fazendo isso porque é bom para o meu animal ou porque é bom para mim?

Impor certos hábitos que não são naturais para ele pode resultar em vários problemas de comportamento e, infelizmente, eles não falam. A forma como ele te conta que está estressado, entediado, ansioso pode ser muito sutil.

Então, a conclusão dessa primeira parte é que, sim, é verdade o que andam dizendo por aí. Seu cão não é um ser humano e não é bom para ele ser tratado assim.

E ele também não é um lobo

Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante.... eu tenho uma péssima notícia para aqueles que adoram propagar a teoria da dominância: ele também não é um lobo!

Isso implica em te dizer que você, sua família e seu cachorro ou cachorros não são uma matilha. E não, você não é, nem nunca vai ser o alfa. Mesmo que você tivesse um lobo em casa, pois da mesma forma que um cão não é uma pessoa, uma pessoa não é um cão.

O estudo que deu origem a toda a construção dessa tal de teoria da dominância foi feito com lobos. E ok, cães e lobos compartilham várias características até hoje, mas esse estudo beeem antigo foi feito com um grupo de lobos que não se conheciam e foram mantidos em cativeiro juntos.

Outros estudos que vieram depois demonstraram que na natureza a estrutura social do lobo é bem diferente disso.

E aí nós temos várias divergências sobre lobos terem ou não uma hierarquia bem definida, mas independente disso, em qualquer espécie, seja qual for a estrutura social, a hierarquia existe por um motivo.

Ela está muito relacionada à reprodução, obtenção de alimentos e segurança. O que foi observado é que cada membro da alcateia tem uma função e é respeitado nisso. Não funciona de uma forma simplória como "tem um alfa que manda em tudo e todos são submissos a ele". Então mesmo que existisse um alfa o fato de você dar ração e casa para o seu cão não te tornaria um, a relação de humanos com seus cachorros é completamente diferente da relação de cães com cães, do mesmo jeito que sua relação com ele é diferente da que você tem com outras pessoas, em todos os aspectos possíveis.

Além disso, nós temos que pensar um pouco além dos fatores genéticos, o comportamento é determinado por vários fatores, não só a genética e os instintos, o ambiente que o animal é criado influencia muito.

Vou dar como exemplo alguns lobos e cachorros do mato com os quais já trabalhei. Mesmo sendo animais selvagens, por terem sido criados por humanos (por motivos de foram resgatados filhotes), apresentavam um comportamento extremamente dócil. E até por isso muitos animais selvagens que passam por essa situação não podem ser soltos.

E qual o grande problema de você tentar aplicar isso na rotina? Tentar ser dominante sobre seu cão implica em conseguir o comando e o respeito através da força, da intimidação e, como diriam nossas avós, temer e respeitar são coisas diferentes. Quando você tenta corrigir o comportamento do seu cão com punição e força, isso pode trazer um grande estresse ao animal, causar medo.

Esses sentimentos, quando infligidos de forma constante, podem ocasionar uma piora nos comportamentos que você quer extinguir, ou pior, causar outros problemas comportamentais que podemos nem perceber que estão relacionados a isso. A gente não quer causar medo e ansiedade nos nossos amigos peludos. Inclusive, o uso dessa “técnica” pode resultar em agressividade por parte do animal porque, no que diz respeito a eles, muitas vezes o ataque é a melhor defesa.

Então, agora que eu já falei bastante sobre o que não é legal, eu vou falar um pouco sobre o que é.

E como proceder, então? Qual o jeito menos danoso de cuidar do meu bichinho?


Já que seu cachorro é um cachorro, nem uma pessoa, nem um lobo, você tem que amar, alimentar e nunca abandonar, mas também educar.

Muito da psicologia infantil foi obtido por estudos com animais. Muito do que é aplicado em um é usado em outro. Nisso, seu cãozinho se parece muito com uma criança. Educar implica impôr limites, corrigir comportamentos e não ceder à birra.

Depois de muitos anos estudando comportamento animal, lendo vários materiais e me atualizando, ainda acho que a coisa mais importante que aprendi se chama reforço positivo.

O reforço positivo nada mais é do que recompensar comportamentos que nós queremos que se repitam. Seria o oposto à punição.

“Tá mas e se meu cachorro nunca faz nada certo, eu não posso brigar com ele?”

Aí entra um outro reforço, o negativo, que é basicamente ignorar os comportamentos que você não quer que se repitam. O uso do reforço positivo é difícil, é demorado, mas (juro que é a última vez que cito estudos) vários teóricos que são referência no estudo do comportamento e vários estudos práticos demonstram que ele é mais efetivo que a punição, então, vale a pena tentar aplicar esses dois reforços com muita paciência e dedicação.

E, se seu cachorro tem problemas de comportamento, está tudo bem em procurar ajuda. A internet é uma excelente fonte de informação e pode te ajudar muito, mas procure sempre fontes confiáveis.

É importante lembrar que, como em toda ciência, o comportamento animal está sempre tendo novas descobertas e evoluindo. E é claro que existem profissionais que se dedicam a isso a quem você pode e deve recorrer.  

Ensinar e modular o comportamento do seu companheiro peludo e ter o respeito e obediência dele não é algo que você tem que obter à força, mas o amor e felicidade dele também não são coisas que você ganha com mimo e permissibilidade. Como tudo na vida, é uma questão de equilíbrio. E no fim do dia tudo que seu cão precisa é ser um cão!

Bibliografia
Bradshaw, J.W.S; Blackwell, E.J; Casey, R.A. Dominance in domestic dogs: useful construct or bad habit? (2009).

Cafazzo, S.; Lazzaroni, M; Marshall-Pescini, S. Dominance relationships in a family pack of captive arctic wolves (Canis lupus arctos): the influence of competition for food, age and sex. (2016).

Mech, L.D. Alpha status, dominance, and division of labor in wolf packs. (1999).

Mech, L.D. Leadership in Wolf, Canis lupus, Packs. (2000).

Nagasawa, M. et al. Dog's gaze at its owner increases owner's urinary oxytocin during social interaction. (2009).

Nagasawa, M. et al. Oxytocin-gaze positive loop and the coevolution of human-dog bonds. (2015).

Petersson, M. et al. Oxytocin and Cortisol Levels in Dog Owners and Their Dogs Are Associated with Behavioral Patterns: An Exploratory Study. (2017).

van Hooff, J. A. R. A. M., & Wensing, J. A. B. Dominance and its behavioral measures in a captive wolf pack. (1987).

van Kerkhove, W. A Fresh Look at the Wolf-Pack Theory of Companion-Animal Dog Social Behavior. (2010).

Iandara Gouvea
Médica Veterinária pela Universidade de São Paulo, com graduação sanduíche em Comportamento Animal pela Anglia Ruskin University - Reino Unido. Atua nas áreas de medicina de animais silvestres e exóticos e comportamento animal.

10 de dezembro de 2018

As campeãs da tranca feminina dos Jogos Interclubes de Campo Mourão 2018

Olha só a felicidade do presidente Adionir posando ao lado das campeãs meninas que representaram o Clube dos Trinta na modalidade de Tranca Feminina. 

Claro que a alegria maior é das jogadoras que, para ficar com o troféu de campeãs, tiveram que superar todas as equipes participantes dos Jogos Interclubes de Campo Mourão. Na foto também está o atual secretário municipal de esportes, Marcelo de Oliveira Lima. 

O torneio de tranca é disputado por equipes (três duplas), com jogos realizados até três mil pontos, no sistema de melhor de três. 

As campeãs (da esq. para a direita): Maria, Marley, Dione, Maria Luiza "Coca" Gehring, Rose Tonet e Karine Tonet Staniszewski, juntas ao presidente Adionir e o secretário Marcelo.
Jogos Interclubes de Campo Mourão - 2018

Vanguart - E O Meu Peito Mais Aberto Que o Mar da Bahia


Vanguart é uma banda de indie rock formada no ano de 2002 em Cuiabá, Mato Grosso, pelo vocalista e violonista Helio Flanders.


E o Meu Peito Mais Aberto Que o Mar da Bahia é faixa do álbum Beijo Estranho, lançado em 2017.

Nilmar, Oberdã e a ponte do Parque do Lago

Nilmar e a esposa Ely Salvadori
Dias desses falei que o Renan Salvadori e o Dr. Marcelo Silveira têm muita presença de espírito. Outro que é assim é o Dr. Oberdã, delegado de polícia aposentado. 

Nilmar Piacentini conta que ao encontrá-lo, foi de imediato cobrado sobre o péssimo estado da ponte do Parque do Lago, construída pela Construtora Piacentini. Pensando encerrar o assunto, o sempre bem-humorado Nilmar respondeu:

- Ô Oberdã, faz mais de quinze anos que ela foi feita...

De pronto foi interrompido pelo Oberdã:

- O que você me diz das pirâmides do Egito, construída há “trocentos” anos e numa época em que nem havia cimento... 

Agora sim, estava encerrada a conversa.

Publicada originalmente no semanário mourãoense Entre Rios, em janeiro de 2006.

Nilmar Piacentini é engenheiro civil e sócio proprietário da Construtora Piacentini. 
Oberdã foi delegado de polícia em Campo Mourão por muitos anos. Ele faleceu muito novo, logo após se aposentar. Ninguém contava um ''causo'' como ele. 

[Vídeo] Aos 88, mãe encontra filha que pensou ter morrido no parto

Uma mãe esperou 69 anos pra saber que a filha estava viva e o encontro delas foi emocionante.
Do Só Notícia Boa

Genevieve Purinton estava com apenas 18 anos quando deu à luz a sua única filha, em 1949.

Quando ela pediu para ver o bebê os médicos disseram que a criança havia morrido.

Agora com 88 anos, Purinton vive em uma instituição de assistência, em Tampa, na Flórida, EUA.

Desde que seus oito irmãos faleceram, ela não achava que tivesse uma família, até que recebeu um cartão de uma mulher chamada Connie Moultroup.

O cartão, que incluía um número de telefone, dizia que Moultroup acreditava ser a filha perdida de Purinton.

A história
Moultroup diz que sua mãe adotiva morreu quando ela tinha apenas 5 anos de idade e e pai dela se casou com uma madrasta que a maltratava.

Durante anos, Moultroup fantasiou que sua mãe biológica fosse resgatá-la – e, embora isso não tenha acontecido, ela recebeu no ano passado um kit de DNA da Ancestry como presente de Natal da filha de 50 anos.

O kit fez Moultroup descobrir ligações com o mesmo sobrenome da mãe.

“Eu disse: ‘Aqui está o nome da minha mãe'”, disse Moultroup à WTVT . “É minha tia, e está viva”, pensou.

Finalmente, após 69 anos de separação, Moultroup e Purinton se conheceram na unidade de enfermagem no início desta semana e a reunião foi emocionante.

Purinton descobriu que sua filha ainda estava viva e também que ela agora tem uma neta e dois bisnetos.

A reportagem não explica o motivo de os médicos terem mentido para Purinton sobre a falsa morte de sua filha.

Assista ao encontro emocionante:


Por que um casal brasileiro deixa seu filho brincar com onças-pintadas

Uma foto de um menino ao lado de duas onças-pintadas viralizou recentemente na internet. Alguns acharam que era montagem, mas a imagem é real

Um garoto acompanhado de duas onças-pintadas em uma lagoa. Ele demonstra conforto com a situação e faz carinho em um dos felinos, enquanto o outro animal está com uma pata encostada no ombro esquerdo do jovem. A cena, que causou estranheza nas redes sociais nas últimas semanas, faz parte da rotina de Tiago Jácomo Silveira, de 12 anos, desde que ele era recém-nascido.

A imagem do garoto foi publicada, inicialmente, pelo próprio pai, o biólogo Leandro Silveira, de 49 anos. Depois, a fotografia foi compartilhada em páginas de Facebook e perfis do Instagram.

Em uma publicação feita no dia 23, um usuário do Facebook compartilhou a imagem de Tiago com as onças. A fotografia teve mais de 2 mil compartilhamentos e 22 mil reações, sendo as mais comuns delas o "amei" e o "uau". Na postagem, não há explicação sobre a origem do registro. Nos comentários, alguns disseram tratar-se de montagem, enquanto outros elogiaram a coragem do jovem.

Para Tiago, a repercussão da foto foi uma surpresa, pois considera se tratar de uma situação comum em seu cotidiano. O garoto frisa que muitas pessoas se surpreendam com o fato de ele conviver com onças-pintadas.

"Eu tenho alguns amigos que não acreditam nisso, acham que é 'fake'. Mas a maioria dos meus conhecidos acha isso muito legal e tem vontade de conhecê-las. Eu acho muito bom poder levar um pouquinho dessa experiência de vida que tenho para outras pessoas que não tiveram a mesma sorte que eu", afirma à BBC News Brasil.

Além do pai do garoto, a mãe, Anah Tereza Jácomo, de 49 anos, também é bióloga. Os dois coordenam o Instituto Onça-Pintada (IOP), que tem o objetivo de preservar e estudar o maior felino das Américas.

"O meu filho nasceu em um ambiente com onças-pintadas. Então, ele convive bem com elas desde a infância e sabe como lidar. Logicamente, a gente o instrui e impõe limites, mas hoje ele já sabe o que fazer ou não. É uma questão muito natural para ele", diz Leandro.

Crescendo com as onças-pintadas
Tiago é filho de biólogos que trabalham com a preservação das onças-pintadas
O nascimento de Tiago foi planejado desde o início do relacionamento de Anah e Leandro, que estão juntos há 28 anos. Os biólogos esperaram a conclusão do doutorado para que tivessem um filho.

"Tinha certeza de que ser mãe me privaria, de certa forma, da minha carreira. Meu marido sempre foi muito companheiro e pediu que concluíssemos os estudos primeiro, porque, na visão dele, não seria justo eu me afastar da carreira durante a maternidade, ao passo que a dele estaria em plena ascensão", diz.

Após o doutorado, Anah e Leandro decidiram que era o momento de ter um filho. Na época, eles já haviam criado o Instituto Onça-Pintada e passavam o dia lidando com estudos sobre felinos. Quando Tiago nasceu, o casal cuidava de três onças-pintadas recém-nascidas.

"Nessa época, íamos viajar de caminhonete, para resolver questões do instituto, e levávamos o nosso filho e as onças juntos. Ele ia no colo da minha esposa e elas iam perto da gente, para não se machucar. No trajeto, muitas vezes parávamos para dar mamadeira para ele e para as onças. Isso aconteceu muitas vezes", relata Leandro.

Em razão do convívio que teve com os animais desde pequeno, Tiago sempre considerou natural a proximidade com onças-pintadas. "O referencial dele é baseado na gente. Ele foi crescendo e aprendendo os limites, vendo o que poderia ou não fazer. Mas, para ele, é algo muito comum esse relacionamento, porque foi criado em um ambiente rural. Esse é o cotidiano dele. Não há nada de absurdo", afirma Leandro.

O garoto se considera privilegiado por ter se relacionado com as onças-pintadas desde pequeno. "Sempre foi uma relação de amor e respeito. Sempre gostei muito disso e sempre ajudei a cuidar dos animais", comenta.

Tiago ressalta que segue as instruções dos pais para lidar com os bichos. "Eles me ensinaram que o medo e o respeito são sentimentos importante e inteligentes. Porque quando você não tem medo e não respeita o animal, você não respeita o limite dele e, por isso, ele também acaba não te respeitando", pontua.

Os pais de Tiago o ensinaram desde pequeno como deveria se comportar perto das onças
Limites do convívio
Desde que o filho era menor, Leandro ensinava ao garoto sobre a conduta que ele deveria ter com as onças-pintadas. O biólogo costuma passar os mesmos ensinamentos a pessoas que desconhecem informações sobre o felino.

"Esses animais não agem contra o ser humano, no sentido de nos ver como presas. Eles reagem às nossas ações. Então, é importante respeitá-los. Por exemplo, se ele está comendo ou nervoso, ele avisa que não quer proximidade, pela linguagem corporal, então é importante respeitar", diz.

"É fundamental entender os limites e não mexer com o animal quando ele não está bem. Não há como forçar algo com a onça-pintada. É importante compreender o momento em que ela quer ficar sozinha e se afastar. Quando ela quiser proximidade, se aproximará. Isso é uma regra fundamental para a convivência. Onça não é um animal social, mas cria laços para a vida inteira", acrescenta.

Segundo a bióloga, nunca houve incidente entre o garoto e as onças - e ela comenta que nunca deixou o filho sozinho com os animais.

"Sempre tivemos muitos cuidados. Não somente com as onças, mas com qualquer outro animal. Mas o mais importante é que o meu filho aprendeu muito cedo como conhecer cada um. Em nosso sítio, as regras de segurança sempre foram muito determinadas, claras e obedecidas", diz.

'É fundamental entender os limites e não mexer com o animal quando ele não está bem', explicam Leandro e Anah
Na imagem que repercutiu nas redes sociais, uma cadela da raça blue heeler aparece próxima aos felinos. Os bichos mantêm uma relação de proximidade. Na Organização Não-Governamental (ONG), há outros animais, normalmente encaminhados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), como veados, macacos e lobos-guará,. Segundo Leandro, todos vivem em harmonia.

O IOP está localizado na região rural de Mineiros, no interior de Goiás, em uma propriedade de 50 hectares, pertencente ao casal de biólogos. O instituto não é aberto a visitação, para evitar incômodo aos animais ou prejuízo aos estudos realizados no lugar.

Amor por onças-pintadas levou à criação de instituto
Leandro se encantou pelas onças-pintadas ainda na infância, quando assistiu a um documentário sobre os felinos. Anos depois, a paixão pela espécie o levou a cursar biologia. O primeiro estágio dele foi em um projeto que lidava com onças-pintadas. "Foi a primeira vez em que tive contato com a espécie. Depois, nunca mais parei de trabalhar com ela", relata.

Na universidade, ele conheceu Anah, que também cursava biologia. Os dois são de Goiás. Desde a época em que eram estudantes, desenvolvem atividades com o maior felino das Américas. Em junho de 2002, criaram o Instituto Onça-Pintada. O principal objetivo deles era estudar a espécie e ajudar a preservá-la.

Anos após a criação do instituto, uma equipe do Ibama perguntou se Leandro e Anah tinham interesse em receber onças-pintadas recém-nascidas, que eram órfãs e haviam sido resgatadas da natureza. O casal, que não tinha a criação dos felinos como objetivo inicial, aceitou. Para acolhê-los, elaborou um criadouro científico, que hoje ocupa metade da propriedade rural.

Onças e outros animais convivem em harmonia numa propriedade de 50 hectares pertencentes aos dois biólogos
O IOP está localizado dentro do sítio. Além de 25 hectares para o criadouro, o lugar também é dividido entre a parte destinada aos animais de outras espécies, a área utilizada para os estudos desenvolvidos por profissionais que atuam no instituto e a residência da família.

O instituto é mantido com doações de empresários ou pessoas físicas e por meio de recursos particulares do casal de biólogos. "É uma eterna busca por recursos. Nunca são valores governamentais, porque o poder público nunca nos ajudou. Ultimamente, temos apoio de empresas. Mas 95% dos recursos têm sido particulares, meus e da Anah, por meio de assessorias que fazemos", diz Leandro.

No IOP, atualmente há 14 onças-pintadas. Destas, quatro são filhotes, dois são jovens e há oito adultos. Na última década, 35 felinos passaram pelo lugar. Normalmente, os que deixam o instituto são encaminhados para outros criadouros, para auxiliar na reprodução e preservação da espécie.

As onças-pintadas que chegam recém-nascidas ao criadouro não retornam à natureza porque a principal ameaça a elas, segundo pesquisas do IOP, são os pecuaristas.

"Nesse sentido, consideramos um contrassenso devolver à natureza um animal que já veio para o cativeiro fruto desse conflito", explica Anah. Outro motivo que faz com que os felinos sejam encaminhados a outro criadouro é a necessidade de contato com humanos, que eles desenvolvem no início da vida, por meio da alimentação ou de outros cuidados básicos, em razão da ausência da mãe.

"Esses animais dificilmente perdem o elo com a presença humana e, se soltos, muito fatalmente, caso se aproximem de locais com a presença humana, podem acabar sendo abatidos", acrescenta a bióloga.

Ameaça de extinção
A onça-pintada está presente em 21 países, entre eles Argentina e Estados Unidos. Em alguns, como Uruguai e El Salvador, ela foi extinta. O Brasil concentra a maior parte delas, abrigando 48% da espécie de todo o mundo. No país, o animal também está ameaçado de extinção.

"Temos de 20 mil a 30 mil onças-pintadas no Brasil. Elas são consideradas ameaçadas porque, ao longo dos anos, perdemos mais de 50% da distribuição original delas. A tendência é que, como todos os grandes predadores mundo afora, caso não haja política de conservação, ela seja extinta."

"É um animal que compete com condições humanas, tem riscos aos seres humanos. Então, a tendência do homem é eliminar. Tudo o que gera riscos, gera prejuízo. Se não criarmos uma política direta de compensação aos prejuízos que esses animais causam, ele vai ser eliminado", pontua. Segundo o biólogo, não há nenhum tipo de ação do poder público para a preservação dos felinos.

Segundo os biólogos, se as onças-pintadas correm o risco de serem extintas no futuro, se políticas públicas de preservação não forem adotadas
Muitos dos filhotes que chegam ao IOP se tornaram órfãos após as mães serem mortas por produtores rurais, enquanto saíam em busca de alimentos para os filhos. "Há inúmeros filhotes que morrem depois da perda da mãe, por não conseguirem se manter sozinhos. Infelizmente, o número de órfãos que chegam para a gente é muito pequeno, perto do total que fica abandonado", explica Leandro.

Um dos principais trabalhos do IOP é conscientizar a população sobre a preservação das onças-pintadas. Os principais alvos da iniciativa são os produtores rurais. Para auxiliar no diálogo com eles, o instituto criou o Certificado Onça-Pintada. "Propomos valorizar os produtos de proprietários que se comprometem a tolerar os prejuízos causados por onças e jamais abatê-las", diz Anah. Segundo ela, 170 mil hectares de fazendas já aderiram ao selo. "O nosso objetivo é atingir 1 milhão de hectares em 10 anos", revela.

Anah explica que a importância da conscientização dos produtores rurais ocorre porque, no Brasil, 70% das terras estão em áreas privadas. "As unidades de conservação, sozinhas e isoladas, não têm tamanho e não asseguram a conservação da onça-pintada em longo prazo. Dessa forma, ela precisa do proprietário rural para ter a chance de sobreviver", pontua a bióloga.

Preocupação com o futuro
Muitos dos filhotes que chegam ao IOP se tornaram órfãos após as mães serem mortas por produtores rurais, enquanto saíam em busca de alimentos para os filhos
A luta pela preservação das onças-pintadas é conhecida por Tiago desde a mais tenra idade. Há um ano, ele deixou o sítio onde morava com os pais, na sede do IOP, para se mudar para Goiânia, para estudar. O garoto, que está no oitavo ano do ensino fundamental, sente saudades da convivência diária com os bichos.

"Está sendo muito difícil ficar longe dos animais, porque convivi com eles desde pequeno. Toda vez que volto para a casa dos meus pais, sinto que os animais também sentem saudade de mim. Eles me reconhecem e brincam comigo de uma maneira diferente. Isso é muito gratificante, porque vejo que o amor e o carinho que dei para eles anos atrás está sendo retribuído", diz o estudante.

Tiago visita os pais a cada três meses. A foto que viralizou na internet foi tirada durante o feriado da Proclamação da República, em 15 de novembro. No futuro, ele não quer continuar distante do lugar onde nasceu. O garoto planeja cursar biologia e retornar para o sítio da família, onde quer dar continuidade à iniciativa desenvolvida pelos pais.

"Quero fazer biologia, mas não para ser professor. Quero trabalhar com os animais, na prática. Pretendo dar continuidade ao instituto e ajudar meus pais, porque essa é uma causa muito nobre. A gente está tentando salvar uma espécie de extinção e realmente quero continuar com essa luta", declara.

4 de dezembro de 2018

O Galinho de Quintino em Campo Mourão, em 1997


Foto de 1997 mostra o craque flamenguista Zico em Campo Mourão para a inauguração do Centro de Futebol que levava o seu nome e que fora montado em parceria com empresários mourãoenses. Ao lado dele, com a mão no rosto, o saudoso Bruno Fanhani, um dos que investiram no empreendimento esportivo. 

Lembro que foi um dia muito chuvoso e que outros ex-craques do Mengão estiveram na inauguração ao lado do Galinho de Quintino. 

Infelizmente, a crise nos chamados Tigres Asiáticos acabou inviabilizando o vinda de jovens para aprenderem futebol no Brasil e fazendo com que o Centro de Futebol não tivesse vida muito longa. Alguns jovens coreanos passaram uma temporada em nossa cidade logo no início das atividades do Centro de Futebol Zico.

Zico foi uma dos melhores jogadores de futebol que vi em minha vida. O Flamengo dos anos 1980 era uma verdadeira máquina. 

Marcelo Falcão canta Legião: Ainda é Cedo


Marcelo Falcão Custódio (Rio de Janeiro, 31/05/1973) é um músico , vocalista e compositor brasileiro, mais conhecido pelo trabalho como vocalista do grupo O Rappa.


Ainda é Cedo é faixa do álbum Música para Acampamentos, lançado pelo Legião Urbana em 1992.

Carlão e Itamar Tagliari no Rio Grande do Norte, em 1980

Itamar e Carlão Tagliari
Disputei a primeira Taça Brasil de Clubes Campeões em 1980, na cidade de Currais Novos, interior do Rio Grande do Norte. Infelizmente não passamos da primeira fase numa chave que classificou o Álvares Cabral do Espírito Santo e contava ainda com uma equipe da Bahia e outra da Paraíba.

Perdemos, mas aprendemos muita coisa que acabaria nos auxiliando na conquista do bicampeonato paranaense naquele mesmo ano e na ótima classificação na Taça Brasil do ano seguinte, quando acabamos entre os seis primeiros colocados do país.

O que mais aprendi, nessa minha estréia em eventos nacionais adulto, não foi dentro da quadra e sim fora dela.      

Como chegamos com alguns dias de antecedência, acabamos conhecendo bem a pequena e simpática Currais Novos, onde éramos atração principalmente por sermos do sul. Numa pequena lanchonete nos deliciávamos com água de coco e um saboroso doce de leite caseiro. Era sagrado, após as refeições e os treinos  lá estávamos nós, sempre puxados pelos irmãos Carlão e Itamar Tagliari, tão amantes de doce como eu.

Na estréia, o Itamar machucou o joelho, impossibilitando-o de andar. De volta ao hotel, jantamos e nos preparamos para ir saborear as delicias da lanchonete, para afogar as dores da derrota contra os capixabas, quando o Itamar pede para o Carlão trazer uma água de coco e um doce de leite porque ele ficaria se tratando no hotel. Carlão não aceita de forma alguma e insiste para que ele nos acompanhe. Com muita dor, o Itamar, diz que é melhor descansar. O enorme joelho, inchado como nunca tinha visto, para mim era argumento suficiente para deixá-lo sozinho, mas não para o Carlão, que o carregou no colo na ida na volta da lanchonete para nosso espanto e de todos que passavam.

Sempre que conto esta passagem, brinco que se fosse comigo, além de não ter força para carregar nenhum dos meus irmãos, ainda seria capaz de esquecer de comprar as guloseimas para eles. Lógico que é apenas brincadeira. Amo meus irmãos, assim como os Tagliari se amam!

Tenho enorme respeito e admiração por todos daquela família, da mesma forma que demonstra meu pai quando conta alguma coisa do seu Itachir Tagliari e sua família. 

Publicado originalmente no semanário mourãoense Entre Rios, em outubro de 2005