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Tino na Arena da Baixada -
24/04/2011 |
Mostro, mais abaixo, texto publicado na Gazeta do Povo de ontem, que me foi enviado pelo Tino Staniszewski.
Nele, o autor Leonardo Mendes Jr., fala do Coritiba FC, seus ídolos e conquistas, e de como os amantes do futebol e do Coxa devem sonhar em fazer jogadas com os craques de seu Clube preferido. Aliás, tarefa difícil é indentificar quem é o grande craque deste time atual do alviverde: Rafinha, Marco Aurélio, Léo Gago, Davi, Emerson, Edson Bastos? qual deles? eu sou fã do Leandro Donizeti, acho ele fundamental no esquema atual.
Ainda sobre o belo texto do Leonardo, quantas vezes eu não sonhei em fazer uma bela jogada como o Capitão Hidalgo, como o Negreiros, como o Tostão, o maluco do Zé Roberto, ou um golaço como o Paquito, como o Tião Abatiá... até defesas como o Jairo, o Manga, o Rafael, sonhei fazer!
Dá gosto ver o Coxa jogar. Me parece que a queda para a segunda divisão fez muito bem para o time. Que o Paraná Clube se inspire nisso e volte mais forte ainda.
Coooooxaaaaaaa!!!!
Time dos sonhos
Por Leonardo Mendes Jr, na Gazeta do Povo de 24/04/2011
Todo garoto já incorporou seus heróis do futebol. Não importa o palco. Qualquer quadra de condomínio, rua pouco movimentada ou pedaço de chão da escola, não necessariamente plano e desocupado, serve. A imaginação trata de transformá-lo em estádio de Copa do Mundo.
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Paixão, na Gazeta do Povo |
Convido os coxas-brancas a fazer uma viagem pela memória. Se você está na casa dos 30 e poucos anos, certamente já gritou “Rafael!” na hora daquela ponte improvável ou saiu fazendo a careta do Lela para comemorar o gol no último minuto antes de o sinal soar. Já deu seu passe de Tostão, para o melhor amigo mandar para a rede como só o Chicão sabia fazer. Se fosse baixinho e veloz, era batata: fechava os olhos, corria e driblava como o Pachequinho – e com a sorte de não ser acordado pelas cacetadas do João Neves.
Qual coxa-branca nascido na virada dos anos 80 para os 90 não saiu fazendo a pomba da paz do Sinval após converter um pênalti com uma sapatada no meio do gol? Ou não ouviu seu pai dizer que era o Zé Roberto do time da escola? Ou não teve um tio que corria com a dedicação do Krüger? Quantos avós de hoje não contam para os netos que, se não fosse o casamento precoce, seria profissional, porque era um zagueiro tão bom quanto o Fedato ou um motorzinho tão incansável quanto o Miltinho? Se você for um sortudo que ainda tem bisavô vivo, talvez tenha ouvido ele dizer que, no grupo escolar, chutava mais forte que o Maxambomba ou pegava tão bem quanto o Rei.
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Tiago Recchia, na Gazeta do Povo |
Se você for coxa e tiver memórias como essa, te faço um convite. Pergunte ao seu filho ou irmão mais novo como anda o futebol no recreio, dê uma esticada de olho no bate bola do condomínio ou, se a sua rua permitir, encoste no portão para conferir a pelada da vizinhança. Aposto que ouvirá um goleiro gritar “Édson Bastos” após um voo improvável para pegar a bola; um Léo Gago soltando um canudo do meio da rua; três baixinhos trocando passes em velocidade como se fossem Davi, Rafinha e Marcos Aurélio; um piá desengonçado metendo gol e os companheiros gritando “Bill! Bill! Bill!”; e, acredite, até mesmo um grandalhão saindo lá de trás para cabecear como um Pereira.
Se para o clube o 35º título paranaense significa mais um troféu na prateleira e reafirma que o trabalho está sendo bem feito, para o torcedor essa importância extrapola. Dá a ele uma coleção de novos ídolos, argumentos irretocáveis para formar uma nova geração de coxas-brancas. O time de Marcelo Oliveira entra para a história porque é campeão invicto. E para a memória do torcedor porque permite a ele sonhar.