3 de outubro de 2008

Memória

Cem anos sem Machado de Assis
No O Globo
Morte de Machado de Assis completa 100 anos. Escritor deixou uma visão irônica, pessimista e perspicaz da vida carioca. E criou Capitu, uma das personagens mais enigmáticas da literatura.
A mulher dos olhos de ressaca ou o morto que escreve as memórias da vida que passou – em comum eles trazem a origem. São personagens que nasceram da genialidade de um escritor de muita imaginação: Machado de Assis. Há exatos 100 anos, o mais elegante dos nossos autores morria no Rio de Janeiro.
Machado de Assis deixou uma visão irônica, pessimista e perspicaz da vida carioca no fim do Império e começo da República. O Rio era uma cidade pobre, mas enfeitada. Provinciana, mas pretensiosa.
Vista de cima, a cidade de Machado de Assis continua tão linda quanto era na época dele, no século 19. Mas naqueles tempos as ruas fediam. Havia assaltos à mão armada com navalha, os escravos eram maltratados por seus donos e mais de 84% da população eram analfabetos. O Rio de Janeiro que aparece nos romances, nos contos, nas crônicas e na poesia de Machado de Assis está longe de ser um Rio idealizado.
Capitu
“Era um Rio de Janeiro modesto, pobre, sujo, com belezas naturais extraordinárias, mas era uma cidade muito acanhada”, conta a escritora Nélida Piñon.
Um Rio de Janeiro de ruas por onde ele andava de bonde e passeava sob a luz de lampiões, elementos que inspiravam Machado de Assis a criar personagens que até hoje são a cara do Brasil. Quem não se lembra de Capitu?
“Capitu, de uma certa forma, somos todos nós que sobrevivemos”, afirma a atriz Fernanda Montenegro.
“Dificilmente a obra de Machado de Assis seria a mesma se não tivesse o Rio de Janeiro como cenário”, comenta a pesquisadora Martha de Senna.
“Ele, então, faz dessa cidade um feudo da criação”, comenta Nélida.
O Rio era a capital do Império brasileiro quando ele nasceu em 1839, no Morro do Livramento. Machado era filho de uma lavadeira e de um operário e neto de escravos.
Joaquim Maria Machado de Assis só freqüentou a escola primária, mas os pais de Machado de Assis sabiam ler, o que era raro na época tanto em famílias de pretos quanto de brancos.
Como um menino gago, epilético, pobre e mulato conseguiu superar todos esses limites e se tornar um dos maiores escritores de nossa língua?
“Pela capacidade de adquirir conhecimento que ele cresce”, afirma o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Cícero Sandroni.
Carreira
Machado aprendeu a ser tipógrafo e começou a escrever. Aos 15 anos, publicou o primeiro poema. Começou a escrever artigos para jornais. Aprendeu sozinho francês. Depois, inglês. Ele ainda contestava os poderosos da época.
“Se você pensar, Machado, com 20 anos, escreveu sobre economia, atacando o ministro da Fazenda da época, Torres Homem. Machado defendeu o crédito, como um direito fundamental do homem”, acrescenta o presidente da ABL, Cícero Sandroni.
Quando morreu, aos 69 anos, deixou obras primas como “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Quincas Borba”, “Memorial de Aires”, “Esaú e Jacó” e “Dom Casmurro”. Uma obra criada há mais de um século e, entretanto, moderna até hoje. Por quê?
‘Dom Casmurro’: muitas interpretações
O livro dele que provoca mais interpretações é “Dom Casmurro”. Nele está a personagem feminina mais enigmática da literatura brasileira: Capitu, a “morena de olhos de ressaca” que teria traído o marido, Bentinho, com o melhor amigo dele, Escobar.
Bentinho e Capitu viviam na Rua Mata-Cavalos, hoje Rua do Riachuelo. A Rua do Ouvidor, por onde circulavam as elegantes daquela época, hoje não tem espaço para qualquer um circular. Uma curiosidade: o bairro do Cosme Velho, onde Machado de Assis viveu o fim da vida, aparece pouquíssimo em sua obra. A casa dele foi demolida.
Viúvo e solitário, ele encontrava alívio e alegria na Academia Brasileira de Letras, do qual foi um fundadores. E na palavra escrita, na qual deixou registrada a sua paixão pelo cidade que lhe deu régua, compasso e glória.

Separados no Nascimento

Nestor Bisi, contador e presidente da Associação Comercial de Campo Mourão, e o técnico do Atlético Paranaense, Geninho.

2 de outubro de 2008

Mourãoenses pelo Mundo

Douglas Rorato

Filho de Nilse e Deonildo Rorato, com apenas 20 anos (26/09/88), o mourãoense Douglas é modelo da agência Elite Model.


Já desfilou para grandes grifes nas principais cidades do circuíto da moda no mundo. Agora mesmo está em Nova Iorque para um novo trabalho, depois de uma breve estadia na casa dos pais, onde matou a saudade da família e amigos.


Abaixo, três trabalhos dele que foram destaques em capa de diferentes revistas revistas especializadas em moda, do Japão e Itália.

Do Blog

No Ancelmo.com (http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/), publicado com o título "Poucas Palavras".

Artes Belas

Clint Eastwood, por Wouter Tulp

1 de outubro de 2008

Fato

Aconteceu num dos discursos de Churchill em que estava uma deputada oposicionista que pediu um aparte. Todos sabiam que Churchill não gostava que interrompessem os seus discursos. Mas foi dada a palavra à deputada. E ela disse em alto e bom tom:
- Sr. Ministro, se Vossa Excelência fosse o meu marido, eu colocava veneno em seu café!
Churchill, com muita calma, tirou os óculos e, naquele silêncio em que todos estavam aguardando a resposta, exclamou:
- Se eu fosse o seu marido, eu tomava!


(enviada pelos amigos Isabel e Ivanor Sartor)

30 de setembro de 2008

Instantâneos











Resenha

Doutor Barradas, o ciso e a língua.
Sarah, minha filha mais velha, foi extrair um dente do ciso com o doutor José Barradas Marques, conhecido entre os amigos como Barradinha, dentista dos mais competentes e com um senso de humor enorme.
Tudo muito tranquilo durante a extração e minha filha conta que voltou para casa dando risadas, lembrando das histórias que o Barradinha contou para distraí-la.
No momento de dar os pontos, ele pediu licença para empurrar a lingua dela para o lado, evitando assim de costurá-la junto.
- Uma vez, não tive esse cuidado e costurei a lingua de uma senhora junto. Só vimos dias depois, quando ela voltou junto com o marido. Quando vi o homem pensei, agora levo uma bronca... Cheio de desculpas, falei que era fácil de resolver. E o marido com uma cara muito séria falou:
- Perai doutor, não dá para costurar o outro lado também, tô "reinando" lá em casa desde que ela ficou assim...
Acho que foi só mais uma maneira de distrair minha filha. Será?

Baú

Rádio Colméia - 50 anos


Enviada pelo Pedro da Veiga (clique na imagem para ampliá-la)

Frases

"De longe pareço ser pequeno, de perto parece que continuo de longe". Paulinho Mixaria

Arte

Arte em bueiros em São Paulo









29 de setembro de 2008

Por e-mail

Não se pode almoçar em paz!


Enviado por Antonio Carlos "Bafo" Custódio.

Memória

Newman teste de câmera com James Dean para 'Vidas Amargas'
Paul Newman e James Dean fizeram juntos um teste de câmera para 'East of Eden' (Vidas Amargas, 1955), de Elia Kazan.
Dean ficou com o papel, morreu meses depois do filme ter sido lançado e ganhou uma indicaçao póstuma ao Oscar de melhor ator. Newman seguiu numa carreira de sucesso, se tornou um icone do cinema americano sem ter cedido ao esquema de Hollywood - vivia do outro lado do país, numa pequena cidade, e foi casado durante 50 anos com a atriz Joanne Woodward. Morreu na 6a feira, aos 83, de cancer, em sua casa em Westport, Connecticut.
No clipe abaixo, Newman e Dean, os dois na faixa dos 20, riem muito e brincam durante o teste. Clique para ver, está no YouTube.

Fonte: Bluebus (http://www.bluebus.com.br)

28 de setembro de 2008

Baú

Rádio Colméia - 50 anos
A emissora sempre teve ótimos locutores, pessoas carismáticas, com aquela empatia com os ouvintes que só a Rádio AM permite. Ely Rodrigues, Aldery Ribeiro, Ricardo Borges, Professor Idê, Levi de Oliveira, Gerson Maciel, Nelson Silva, Manoel Miranda e Maika Taísa estão na ativa no momento e mantém a emoção do rádio mourãoense.
Anísio Morais, Antonio Kienen, Antonio "Formigão" Miguel, Willie Bathke Jr, Antonio Reiniz, Coronel Bastião e Zé Mané entre outros, foram os principais locutores da Colméia nesse meio século da emissora.
Várias foram as personalidades entrevistadas pelos radialistas mourãoenses. Abaixo, mostro algumas delas:

Milton Luiz Pereira, ex-prefeito de Campo Mourão e atual ministro do Superior Tribunal de Justiça, e o locutor Anísio Morais.


Rogério Cardoso (in-memorian), comediante, concede entrevista para Nelson Silva, no dia em que esteve em Campo Mourão para inaugurar o Teatro Municipal.

Tauillo Tezelli, então prefeito de C. Mourão, Ciro Gomes, em campanha presidencial em 1999, o locutor Ely Rodrigues e Rubens Bueno, ex-prefeito de Campo Mourão.


Paulo Pimentel, ex-governador, em entrevista para Anísio Morais.

Sábia princesa minha

Minha neta Ana Letícia, 5 anos, linda e inteligente, não perde a oportunidade de agradar aos avós. Ela vive com os pais, Larissa e Júnior, e junto com os avós paternos, Jussara e João Luiz.
Passeando de carro comigo, do nada falou:
- Vô, esse meu lado aqui, o esquerdo, vota no 23 e o outro lado vota no 15.
Só pude parar o carro e enchê-la de beijos pela espontaneidade e "cabeçinha boa" (explico: em nossa cidade dois candidatos disputam a eleição para prefeito, e um avô está com o de número 15 e outro com o 23).
Só não concordei quando ela quis dizer que era da mesma forma com os times de futebol: meio São Paulo e meio Palmeiras.
Huuummm, se bem que, por ela, sou capaz de torcer pelo verdão. Te amo, princesa minha!

Instantâneos