11 de março de 2016

Formatura do Primeiro Grau - Colégio Estadual de Campo Mourão - 1975

Foto de 1975 mostra eu e bons amigos na missa de nossa formatura no primeiro grau. Estudávamos no Colégio Estadual de Campo Mourão e as formaturas eram sempre com muita pompa: missas e bailes eram obrigatórios. 

Daisy e Ricardo se formaram em direito. Ele, carinhosamente tratado por nós como Bruca (muito atarracado, lembrava um personagem de história em quadrinhos Brucutu), reside em Curitiba atualmente. Ela advoga aqui em Campo Mourão. 

Alceu Dianin encontro de vez em quando pela cidade. Ele é genro do pioneiro Irineu Brzezinski (in memorian). 

Lembro que a 'Betinha' era amiga inseparável da Daisy. Não tenho notícias dela já há tempos. 

Ricardo Alípio Costa, Daisy Dezan, Alceu Dianin, Luizinho Ferreira Lima e, lá atrás, a Betinha
Catedral de São José - Campo Mourão/PR - 1975 

Caetano Veloso - "Não enche"


Me larga, não enche
Você não entende nada e eu não vou te fazer entender
Me encara de frente:
É que você nunca quis ver, não vai querer, não quer ver
Meu lado, meu jeito
O que eu herdei de minha gente e nunca posso perder
Me larga, não enche
Me deixa viver, me deixa viver, me deixa viver, me deixa viver

Cuidado, ô xente!
Está no meu querer poder fazer você desabar
Do salto, nem tente
Manter as coisas como estão porque não dá, não vai dar
Quadrada, demente
A melodia do meu samba põe você no lugar
Me larga, não enche
Me deixa cantar, me deixa cantar, me deixa cantar, me deixa cantar

Eu vou
Clarificar a minha voz
Gritando: nada mais de nós!
Mando meu bando anunciar:
Vou me livrar de você

Harpia, aranha
Sabedoria de rapina e de enredar, de enredar
Perua, piranha
Minha energia é que mantém você suspensa no ar
Pra rua! se manda
Sai do meu sangue, sanguessuga que só sabe sugar
Pirata, malandra
Me deixa gozar, me deixa gozar, me deixa gozar, me deixa gozar

Vagaba, vampira
O velho esquema desmorona desta vez pra valer
Tarada, mesquinha
Pensa que é a dona e eu lhe pergunto: quem lhe deu tanto axé?
À-toa, vadia
Começa uma outra história aqui na luz deste dia D:
Na boa, na minha
Eu vou viver dez
Eu vou viver cem
Eu vou viver mil
Eu vou viver sem você


Gambiarras gringas


Algumas são dignas do MacGyver, outras assustam!





25 senhas para não usar de jeito nenhum na internet

Confira no infográfico abaixo o que NUNCA usar quando for cadastrar uma senha e como deixá-la mais forte. Os dados são da consultoria SplashDat.







Um leão, um tigre e um urso vivem juntos em um abrigo americano


O urso Baloo, o leão Leo e o tigre Shere Khan tinham meros dois meses de vida quando foram tirados de suas mães e mandados para viver no porão de um traficante de drogas. Os bichos, felizmente, foram resgatados ainda filhotes. E, acostumados que estavam à companhia um do outro, se criaram juntos, como irmãos, em um abrigo no estado da Georgia, Estados Unidos. Estão assim, vivendo essa amizade louca, há 15 anos.


Como foram muito mal tratados ainda pequenos, os animais estavam muito machucados para ser devolvidos à vida selvagem. Na natureza, os três animais nunca teriam se encontrado. A história dos três é triste (vamos combinar que esse encontro, ainda que fofo, não tem nada de natural) mas, hoje em dia, os três vivem bem. Bacana, né?

Uma rede de televisão americana foi ao abrigo conferir a história. Assista ao vídeo:




9 de março de 2016

No Bar do Batata. Campo Mourão, anos 1970

Nagib Maluf (in memorian)
Mais uma foto que mostra pioneiros mourãoenses curtindo uma partidinha de sinuca no Bar do Batata, isso lá nos anos 1970, quando o bar do seu Nagib Maluf, o Batata, era o point de nossa cidade. O bar se localizava na esquina da Manoel Mendes Camargo com a Rua Francisco Albuquerque, bem em frente da atual Câmara de Vereadores. 

Julio César da Silva Júnior, marido de minha primeira professora, Maria Helena Cilião de Araújo (na verdade, ela era auxiliar da inesquecível professora Elenir Teodoro de Oliveira), reside atualmente em Curitiba. 

Paulo Geraldo Bastos, casado com dona Yone Holzeman Bastos, se mudou para Campo Mourão em 1951, onde primeiro trabalhou como farmacêutico, depois assumiu o cargo de secretário executivo da Câmara de Vereadores, onde atuou por vinte anos (1054 a 1974). Em 1971, através de decreto do governador do Paraná Paulo Pimentel, foi nomeado Contador, Partidor, Distribuidor, Avaliador e Depositário Público, função que exerceu até a sua morte, em 19/10/1979. Seus filhos, Paula e Gilson, foram meus colegas de escola. 

José Aladic, para mim, pelo que me lembro, sempre foi funcionário da Câmara de Vereadores de Campo Mourão. Era um verdadeiro braço direito do Seu Schen. 

Seu Alcyr Costa Schen, sogro meu, foi funcionário da Receita Federal, secretário municipal de esportes e um dos grandes incentivadores do esporte mourãoense. Ele faleceu em 2001. Assim como o Júlio César, seu Schen sempre foi fanático pelo Coritiba FC. 

Julio César da Silva Júnior, Paulo Bastos (in memorian), José Aladic (in memorian) e Alcyr Costa Schen (sempre na memória) 

Paralamas do Sucesso - "Que País é Esse?"


Os Paralamas do Sucesso (também conhecida somente por Paralamas) é uma banda brasileira, formada no município fluminense de Seropédica, em 1977. Seus integrantes desde então são Herbert Vianna (guitarra e vocal), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria). No início a banda misturava rock com reggae, posteriormente passaram a agregar instrumentos de sopro e ritmos latinos.

Que País é Esse? é uma composição do Renato Russo para o álbum lançado em 1987 pelo Legião Urbana. Álbum este que tinha o mesmo título da canção. 

Vídeo mostra gravação ao vivo do DVD Acústico MTV - Paralamas do Sucesso, de 1999. 

Fotos incrivelmente belas de pavões voando


O pavão é uma ave muito apreciada, com suas mais de 200 penas alongadas coloridas que não atraem apenas parceiros potenciais, mas também a atenção de muitas pessoas e câmeras.

Enquanto a maioria de nós já foi a um zoológico e passou muito tempo observando esses pássaros, poucos provavelmente tiveram a chance de ver um pavão acima do chão. No entanto, eles podem voar, sim. E parecem magníficos fazendo isso.

Geralmente, pavões só voam em caso de perigo, ao invés de por prazer, como outras aves. Quando predadores aparecem, eles começam a correr e vibram no ar. Surpreendentemente, as longas penas não afetam suas descolagens. A distância pode ser limitada, mas pavões podem acelerar até 16 km/h.

Confira a elegância destes animais no céu:








[ Revoada ]

Esqueça tudo o que sabe: a Terra ''são'' dois planetas

Hipótese de que um impacto gigante entre Terra e Theia parece ser cada vez verdadeira


Há 4,5 mil milhões de anos, um ‘planeta embrião’ chamado Theia teria colidido com a Terra, levando à formação da Lua. Esta é uma hipótese que já existia, mas havia novos contornos.

Uma equipe de investigação financiada pela NASA acredita que a Terra não levou apenas um ‘choque lateral’ de Theia, como muitos acreditam, mas poderia ter sido atingida ‘de frente’ e absorvido grande parte do planeta. Isto significa que, segundo o estudo, a Terra é feita da fusão de dois planetas: Terra e Theia.

Para provar esta hipótese, foram comparadas as assinaturas químicas das rochas da Lua com as rochas vulcânicas do Hawaí e do Arizona. Se a Terra e Theia tiveram apenas um ‘pequeno toque’, como a anterior hipótese sugeria, então a Lua seria feita, em grande parte, de Theia e teria uma estrutura química da Terra.

No entanto, não é isso que se apresenta: “não vemos nenhuma diferença entre os isótopos de oxigênio da Terra e da Lua; são indistinguíveis”. Os cientistas acreditam que a Terra teria recebido um impacto direto de Theia e que isso teria levado à criação do planeta.

8 de março de 2016

Papo Furado: Clichês que você está cansado de ouvir dos petistas sobre a Lava Jato

Nos últimos dias, a condução coercitiva do ex-presidente Lula na Lava Jato reacendeu as defesas acaloradas de uma trupe já pouco atuante em tempos de crise: a dos governistas.

De forma implacável, a construção de pelo menos cinco discursos foram repetidos à exaustão desde então, de cima para baixo, passando das principais lideranças do partido à base aliada, políticos locais e, por fim, a militância. A ideia era sempre muito clara – passar a culpa adiante, como se houvesse um cenário de perseguição por camadas ao governo, uma grande conspiração para derrubar não apenas a principal liderança do PT, e sua candidatura em 2018, como todo seu partido.

Mas quanto desses discursos se sustentam longe da retórica política? Muito pouco. Por isso, preparamos esse pequeno manual. Aqui, listamos o núcleo de cada chavão governista e o que está por trás deles: 5 clichês que você está cansado de ouvir dos petistas sobre a Lava Jato, e por que eles não passam de papo furado.

1. “LULA É PERSEGUIDO PELAS ELITES”

Você provavelmente ouviu muito isso nos últimos dias: Lula é perseguido pelas elites do país. Foi o que ele mesmo disse, após sua condução coercitiva pela Lava Jato. E ele não foi o único.

A senadora Fátima Bezerra, do PT, foi outra – qualificou a condução como o “maior espetáculo jurídico-midiático já produzido pelas elites do nosso país”. Ricardo Coutinho, governador da Paraíba, repetiu a dose e declarou que “nobres e necessários objetivos legalistas cada vez mais se confundem com desejos e estratégias de correntes políticas e de algumas elites econômicas retrógradas”. Jackson Barreto, governador de Sergipe, também fez coro à questão – disse que o caso “é interesse das elites, de setores da imprensa, de pessoas do Judiciário e do Ministério Público, dos setores mais ricos, para desmoralizar o homem público que promoveu os mais pobres e a classe trabalhadora”.

Logo, o discurso se espalhou. As elites voltaram a ocupar os holofotes, presente em cada discurso governista na última semana e repetido exaustivamente nas redes sociais.

Mas qual elite, exatamente? Aquela que está, assim como Lula, no centro dos escândalos? Marcelo Odebrecht é o 9º brasileiro mais rico na lista da Forbes; André Esteves é o 15º. Ao lado de outros tantos milionários, eles hoje fazem companhia a Lula nas páginas policiais da Lava jato. Essa elite não apenas foi parte importante de seu governo – e de seus escândalos – como está ligada a denúncias de favores prestados ao ex presidente, seus filhos e seu instituto. Lula, não bastasse, é acusado de ter atuado como lobista dessa mesma turma ao redor do mundo.

Ou seria a elite dos banqueiros? Porque essa, em especial, nunca ganhou tanto dinheiro quanto com os governos Lula e Dilma. A atual presidente, não por acaso, foi a candidata que mais recebeu doações de campanha dos grandes bancos na última eleição.


A dúvida ainda persiste. Qual elite? Boa parte dos homens mais ricos do país são declaradamente contrários ao impeachment da presidente Dilma. Muitos deles enriqueceram graças aos empréstimos subsidiados pelo governo – nos últimos anos, o BNDES concedeu 70% de seus empréstimos para pífio 1% das empresas, aquelas de grande porte cujo faturamento ultrapassa R$ 300 milhões por ano, permitindo a algumas poucas e nobres famílias um valor equivalente ao que destinava a pagar o Bolsa Família para 40 milhões de beneficiários.

A questão permanece sem resposta. Há uma elite perseguindo Lula, aparentemente. Quem quer que seja, porém, age na surdina. E pior: estupidamente não atua num governo que sempre agiu para defender seus interesses.

2. “SÓ O PT É INVESTIGADO”

Essa é uma indignação recorrente. E atende não apenas aos petistas de carteirinha – aqueles que militam na sede do partido, que se vestem de vermelho e entregam santinhos em tardes ensolaradas de eleição – mas a outra espécie um pouco mais envergonhada, menos interessada em assumir a posição de apoio ao governo – a do isento governista (e falarei mais sobre essa espécie em outra oportunidade). Pra essa turma, há algo inegável acontecendo na Lava Jato: o PT paga o pato por uma culpa que está muito longe de ser completamente sua.

Renato Janine Ribeiro, ex-Ministro da Educação, levantou a bola.
“Por que tantos querem que a investigação foque só o PT? A apuração não deve ser ampla, geral e irrestrita?”
E é, Renato. A operação Lava Jato investiga políticos de diferentes partidos, como Eduardo Cunha (PMDB), Renan Calheiros (PMDB), Fernando Collor (PTB), Romero Jucá (PMDB), Ciro Nogueira (PP), e tantos outros. Políticos como Pedro Corrêa (PP) e Luiz Argôlo (Solidariedade) já foram até presos pela operação. O Partido Progressista (PP) é o campeão entre os políticos investigados.

Na Lava Jato, conforme cita o Ministério Público Federal, “grandes empreiteiras organizadas em cartel pagavam propina para altos executivos da Petrobras e outros agentes públicos. O valor da propina variava de 1% a 5% do montante total de contratos bilionários superfaturados”. Entendeu? É exatamente por isso que o PT chama mais atenção que os partidos de oposição aqui: porque é ele quem controla, há mais de uma década, a maior parte da máquina pública federal, e não a oposição. Junto com o PMDB e o PP, partidos que fazem sustentação política ao seu governo, o PT construiu sua base burocrática dentro da Petrobras – tanto indicando diretores e conselheiros, quanto operadores do esquema.


Isso significa que a oposição não tem problemas de corrupção? Muito pelo contrário. Tem. E não por acaso, também paga o preço por isso. Eduardo Azeredo, ex-governador tucano de Minas Gerais, foi condenado recentemente a 20 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro pelo caso que ficou conhecido como mensalão mineiro. Outro exemplo? O Ministério Público de São Pauloestá investigando um esquema de desvio de dinheiro de merenda escolar no estado (entre os investigados estão o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governador Geraldo Alckmin).

Por que os escândalos da Lava Jato chamam mais atenção que esses? Porque são esquemas envolvendo a máquina pública federal, que é do interesse de todo mundo – e com valores muito maiores. Para o ex-presidente do Tribunal de Contas da União, o ministro Augusto Nardes, o escândalo na Petrobras é o maior esquema de corrupção da história do país. Para o Ministério Público Federal, a Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve. É muita grana. Segundo o coordenador da força-tarefa da operação, as propinas pagas desviadas dos cofres da Petrobras somam mais de R$ 6,2 bilhões (valor 60 vezes maior que o escândalo do Mensalão).

Como os valores envolvidos e o nível de complexidade do esquema demonstram: se a corrupção é uma arte desempenhada inegavelmente por todos os partidos do país, ninguém constrói esse quadro com a excelência do PT. E é por isso que ele está no coração da indignação nacional.

3. “O PT É VÍTIMA DE UM ESTADO DE EXCEÇÃO”

Estado de exceção. Ou quase isso. É o momento que vive o país, segundo os petistas. Para Rui Falcão, presidente do partido, a Lava Jato torna explícito que “há um risco efetivo de se gestar aqui um embrião do estado de exceção dentro do estado de direito”. E Falcão não é o único a dizer isso. Para Lula, o país vive “quase um estado de exceção“. Para Jandira Feghali, deputada federal pelo PCdoB, a condução coercitiva do ex presidente mostra “mais um passo na consolidação do estado de exceção“. Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul, completa o coro e repete a expressão, dizendo que a “condução de Lula completa estado de exceção não declarado”.

Mas o que é afinal um estado de exceção? Se você fugiu daquela aula de história sobre a ditadura militar brasileira, a gente explica: é uma situação de restrição de direitos, decretada normalmente em situações de emergência nacional que, durante sua vigência, aproxima aquele que até então era um Estado sob um regime democrático, num regime autoritário. Mas, então – se nós vivemos um estado de exceção, quem é o responsável por isso?

Ninguém. O Brasil vive há 13 anos governado pelo partido que acusa um estado de exceção não declarado. Até o final do mandato Dilma, o PT terá indicado 8 dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal e 30 dos 33 ministros do Superior Tribunal de Justiça, os dois órgãos máximos do Poder Judiciário brasileiro. O PT também tem as óbvias indicações do procurador-geral da República e do Ministro da Justiça. Até o próximo mês de maio, Dias Toffoli, ex-advogado do partido, é o presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

No Congresso, o governo possui maioria – os partidos que estavam na chapa que deu vitória à Dilma Rousseff elegeram 304 deputados; os que estavam na chapa da oposição elegeram 127 deputados. A situação se repete no Senado – dos 81 senadores eleitos em 2014, 53 eram da base aliada.

Mas se não existe, por que é dito? Simples. Estado de exceção aqui é apenas um discurso político para achacar a independência do Judiciário e pressionar a opinião pública a encarar as investigações da Lava Jato como inconstitucionais. Lorota. Dessa forma, qualquer prisão torna criminosos em mártires, e presos comuns em presos políticos. É a única alternativa para manter o projeto político ainda aceso.

4. “NUNCA SE INVESTIGOU TANTO QUANTO HOJE”

Esse é outro discurso comum. Ao longo dos últimos anos, a presidente Dilma insistiu em dizer que nunca ninguém mandou tanto a Polícia Federal investigar casos de corrupção como ela. Segundo Dilma, a Polícia Federal integra o seu governo e atua com total liberdade. Mas a realidade é um pouquinho diferente: a Polícia Federal não depende em nenhum momento da autorização de nenhum político para fazer o seu trabalho. Pelo contrário. Pela Constituição, a PF tem autonomia para conduzir investigações e inquéritos, da mesmíssima forma que fez por toda sua história ao longo de diferentes gestões federais.

O que o governo pode fazer aqui, pelo contrário, é impedir inconstitucionalmente o trabalho das investigações. E é exatamente disso que o governo Dilma vem sendo acusado de fazer em relação à Lava Jato.

Lembra da prisão do Delcídio? Pois é. Ela aconteceu sob a acusação de que ele estava tentando obstruir as investigações da Lava Jato. Pego, Delcídio, ainda líder do governo no Senado, prestou uma suposta delação premiada (ele não pode confirmá-la, com o risco de perder sua delação, caso ela exista, embora o próprio governo já a considere como certa) acusando Dilma de tentar interferir na operação em pelo menos três oportunidades.

Segundo a IstoÉ, que denunciou o fato, o senador afirmou que um encontro entre Dilma Rousseff, o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e o presidente do STF, Ricardo Levandowski na cidade do Porto, em Portugal, em julho do ano passado, teve como tema “a mudança nos rumos da Lava Jato. Contudo, a reunião foi uma fracasso, em função do posicionamento retilíneo do ministro Lavandowski, ao afirmar que não se envolveria”. A segunda tentativa envolveria indicar para uma das vagas no STJ o presidente do TJ de Santa Catarina, Nelson Schaefer. Em contrapartida, o ministro convocado para o TJ votaria pela libertação dos acusados Marcelo Odebrecht e Otavio Azevedo. “A investida foi em vão porque Trisotto se negou a assumir tal responsabilidade espúria. Mais um fracasso de José Eduardo em conseguir uma nomeação”. A terceira foi a nomeação de Marcelo Navarro para o STJ. E isso as que Delcídio teve conhecimento.

O próprio José Eduardo Cardozo decidiu abandonar o Ministério da Justiça com a justificativa de que estava sendo pressionado por lideranças petistas – de modo especial o ex presidente Lula -, para interferir na Operação Lava Jato.

5. “A CULPA É DA MÍDIA” 

Essa é a provavelmente a maior cortina de fumaça da história das nossas discussões políticas. E a razão dela atuar com tanta força em tempos de crise é muito simples de explicar. A formação de opinião é uma espécie de jogo de puxar corda, onde cada lado busca criar uma armadilha para o outro – ter a imprensa como a grande vilã do governo gera pressão para o outro lado do cordão, transformando qualquer notícia não favorável a ele num mero exercício golpista de uma oposição midiática. No fim, o discurso é muito parecido com aquele papo de que o judiciário brasileiro cria um estado de exceção não declarado no país (aqui, qualquer condenação ao partido vira perseguição política).


Essa é a última etapa do processo. O crème de la crème da retórica populista. Sabe aquele papo de que a culpa disso tudo é das elites? Não se sustenta num olhar mais apurado. Não apenas Lula, como todos os criminosos envolvidos na Lava Jato, fazem parte de uma elite brasileira que sistematicamente vem apoiando os governos de seu partido. A culpa então é de uma pretensa perseguição ao PT? Muito menos. Toda base governista é investigada e criminalizada pelas ações da Lava Jato. Sem rodeiros, a culpa passa a ser do Judiciário, que cria um estado de exceção no país, certo? Também não. Estado de exceção aqui é apenas um discurso político para pressionar a opinião pública a encarar as investigações da Lava Jato como golpismo jurídico. Ah, então tudo no fim é uma conquista do partido, que manda investigar as operações e limpar a corrupção no país? Piorou. A Polícia Federal é um órgão com autonomia e não depende em nenhum momento da autorização de nenhum político para fazer o seu trabalho. Não bastasse, o governo está envolvido em escândalos de acobertamentos da operação.

Tudo isso em jogo, e buscando sistematicamente passar a culpa adiante a respeito das responsabilidades dos envolvidos naquele que é tratado como o maior caso de corrupção que se tem notícia no país, o vilão se torna aquele que conta toda história aos eleitores. Paradoxalmente, esse aqui é tratado constantemente como um caso de manipulação de massa – quando ele mesmo falsifica a realidade, atacando uma elite midiática (que de fato existe, e usualmente está ao lado do poder, recebendo bilhões em publicidade) em nome de uma elite política, que quase nunca é encarada também como uma elite.

É uma massa manipulada pregando contra a manipulação das massas. Como em todos os clichês apresentados aqui: uma lista de desculpas esfarrapadas, de meias verdades, de mentiras escancaradas feitas para sustentar uma realidade paralela, repetida incansavelmente nos palanques e nas redes sociais como a verdade libertadora, aquilo-que-a-imprensa-não-conta. E que não se sustenta, ao olhar mais apurado, pela única razão de que a maior oposição aos petistas não reside na imprensa, no Judiciário, na elite ou no trabalho dos tucanos.

Sua grande desgraça é um troço chamado realidade.

Todo dia me apaixonava no Gurilândia

Quer saber? brinquei muito nesse parquinho. Ele ficava ali ao lado do Mercadão Municipal, onde hoje funciona a unidade mourãoense do Senac. 

Quantas e quantas vezes atravessei aquela ponte de madeira imaginando estar ultrapassando um precipício, daqueles dignos dos filmes do Indiana Jones. 

Me apaixonei muito ali no Gurilândia (me parece que ele não tinha esse nome quando inaugurado): qualquer menina bonita mexia muito comigo naquela época, no início dos anos 1970, ainda na infância, à beira da adolescência. (Desde sempre elas existiram em nossa Campo Mourão. Não pensem que é só agora que temos as mulheres mais bonitas do mundo...)

Encontrei a foto no Facebook, acho que na ótima página do Museu de Campo Mourão.  


Pelo tanto de acho, me parece e pontos de interrogação deu para perceber que a preguiça é forte por estes lados.

Sade - "Is it a Crime"


Sade Adu, OBE, nome artístico de Helen Folasade Adu, (Ibadan, 16/01/1959) é uma cantora nascida na Nigéria e criada no Reino Unido.


Vídeo mostra apresentação ao vivo, de 2011, parte do DVD Bring Me Home, gravado no Canadá.

Paulinho Gogó e o exame de próstata


Maurício Manfrini, mais conhecido pelo seu nome artístico de Paulinho Gogó (Rio de Janeiro, 05/01/1970), é um humorista, locutor, dublador, cantor e compositor brasileiro.

Desde 2004, Paulinho Gogó integra o elenco do programa humorístico A Praça É Nossa, ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega.

Zika, dengue e chikungunya: aplicativos ajudam a combater o mosquito

Aplicativos de celular – para Android e iPhone – ajudam a população brasileira no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor dos vírus zika, chikungunya e da dengue. O zika é especialmente perigoso pois pode causar microcefalia em bebês ainda em gestação. Sendo assim, as mulheres grávidas devem tomar cuidado redobrado, especialmente se apresentarem os sintomas da doença.

Por exemplo, alguns apps permitem alertar sobre os focos de criação do mosquito, em ambientes que possam armazenar água. Veja na lista abaixo os programas que podem ser instalados no seu smartphone e te auxiliam no combate ao Aedes.

Caça Mosquito
O Caça Mosquito está disponível gratuitamente para Android e iOS. Sua principal funcionalidade é a denúncia dos focos do mosquito da dengue. O app funciona apenas na Bahia. O governo do estado é notificado e pode enviar agentes de endemia para o local do foco, com o objetivo de eliminar o maior número possível de criadouros.

SP X Dengue
O estado de São Paulo, o mais populoso do Brasil, também possui um app dedicado a essa guerra. O SP X Dengue, disponível gratuitamente para Android, ajuda a população a conhecer mais sobre a doença, a prevenção e os sintomas e oferece dicas para evitar a transmissão da zika, dengue e chikungunya.

Busca Dengue
Já o aplicativo Busca Dengue é exclusivo para usuários do iOS, sistema operacional da Apple. Semelhante ao aplicativo mencionado acima, seu objetivo é manter a população informada sobre o vírus, o mosquito, os principais sintomas, como se prevenir e, também, como eliminar os focos de criação do Aedes Aegypti. Roda em iPhone.

Sai Zika
O Sai Zika, por sua vez, pode ser baixado tanto no nos smartphones com iOS quanto para PC com Windows. O app também conta com uma versão web para pronta consulta no navegador. A ferramenta tem notícias sobre essas três doenças e também permite à população denunciar os focos de dengue, locais onde as larvas do mosquito podem se desenvolver.

Dengue UNA-SUS
O Dengue UNA-SUS está disponível gratuitamente para Android e iPhone, e traz os procedimentos de diagnóstico e tratamento da dengue, que são usados pelas autoridades de saúde. Com isso, o usuário ou paciente pode ter uma ideia mais precisa sobre os sintomas e como diferenciar dengue, zika ou chikungunya. Este aplicativo foi desenvolvido pela Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde.

Dengue x Chik x Zika
O aplicativo Dengue x Chik x Zika está disponível somente para Android e conta com um teste gratuito para avaliar a possibilidade de você estar contaminado pelos vírus causadores da dengue, zika e chikungunya. O usuário deve responder um formulário com várias perguntas que pode ser um ponto de partida para a identificação da doença, mas que não substitui um laudo médico.

Sem Dengue
O Sem Dengue é um aplicativo disponível gratuitamente na App Store e Google Play Store. O recurso ajuda a população a encontrar focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O app usa a localização do usuário, a partir dos dados do GPS do celular, para encontrar focos do mosquitos e assim denunciar às autoridades competentes.

Aedes na Mira
O app Aedes na Mira também está disponível gratuitamente para Android e iOS, com o objetivo decolaborar para evitar o aumento do número de casos. Este aplicativo foi criado pelo Governo do Estado da Paraíba e possibilita a denúncia de locais de risco, como terrenos baldios, lixos acumulados em calçadas e casas com foco do mosquito.

RS Contra Aedes
O Rio Grande do Sul também conta com um aplicativo que ajuda a combater o mosquito. Disponível gratuitamente para Android, o app possui informações úteis a respeito do Aedes Aegypti e os vírus que ele pode transmitir. O RS Contra Aedes ainda mostra os sintomas, as diferenças entre as doenças, as formas de prevenção e um mapa onde o usuário pode marcar locais de contaminação.

Zika Vírus – Notícias
O Zika Vírus – Notícias é um app gratuito para Android que tem como objetivo informar a população sobre o vírus Zika, que tem causado transtorno no Brasil e no mundo, especialmente para mulheres grávidas, afinal, o vírus pode estar associado a um surto de microcefalia em bebês. Com o aplicativo, o usuário fica por dentro das últimas notícias sobre casos da doença, as formas de prevenção e as ações do Estado.

AntiZika
O AntiZika é mais um aplicativo gratuito para Android. Trata-se de uma ferramenta colaborativa que, com a ajuda da população, mapeia áreas com foco do mosquito. Assim, o usuário fica por dentro de quais áreas tem mais foco e pode evitar passar por regiões com grandes concentrações do mosquito Aedes Aegypti.

DENGUE – Manejo Clínico – Adulto e Criança
Com versões para Android e iOS, o aplicativo DENGUE – Manejo Clínico – Adulto e Criança possui várias informações sobre a dengue. O usuário poderá saber sobre os sintomas da doença, o tratamento e os aspectos clínicos em adultos, crianças e mulheres grávidas. Na prática, é uma versão digital dos documentos do Ministério da Saúde que são distribuídos aos médicos brasileiros.

Guardiões da Saúde
Outro aplicativo com versões para Android e iOS, o Guardiões da Saúde conta com uma série de dados sobre a saúde pública, incluindo dicas de prevenção e como identificar, através dos sintomas, se você está com dengue, zika ou chikungunya. Além disso, o usuário pode conferir um mapa com ocorrências próximas. Assim, pode evitar áreas de risco.

11 segredos dos magros saudáveis

Eles não são neuróticos nem radicais. Mas têm truques na manga que foram desvendados em um levantamento inédito. Conheça as intimidades dessa turma e ajuste sua própria rotina


A epidemia da obesidade - apesar de a expressão já estar até gasta - continua fora de controle. Segundo a Federação Mundial de Obesidade (WOF, na sigla em inglês), se 11,5% dos adultos estavam bem acima do peso em 2011, esse número subiu para 13% em 2014. Nesse ritmo, 17% da população com mais de 18 anos estará assim daqui a dez anos. "Vivemos em um ambiente que desestimula a atividade física e fomenta a alimentação calórica. É errado culpar os obesos pelo cenário atual", defende Walmir Coutinho, presidente da WOF e endocrinologista do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia, no Rio de Janeiro.

Mas e se a gente, em vez de focar nos deslizes dos gorduchos, olhasse para o comportamento de quem, no meio de tantas guloseimas, telinhas e telonas, sempre se mantém em forma? "Se você quer ser magro, faça o que os magros fazem", brinca Brian Wansink, diretor do Food and Brand Lab, um renomado centro de pesquisa da Universidade Cornell, nos Estados Unidos. Com esse raciocínio, Wansink criou no ano passado o Global Healthy Weight Registry (ou Registro Global do Peso Saudável), no qual pessoas que nunca brigaram com a balança respondem a várias questões sobre o próprio estilo de vida.

Esse banco de dados ainda reúne poucos voluntários - são 147. "Além disso, não dá pra saber se eles são magros pelas atitudes ou por uma genética favorável", pondera Marle Alvarenga, idealizadora do movimento Nutrição Comportamental e professora da Universidade de São Paulo. De qualquer jeito, os primeiros resultados do estudo, recém-divulgados, trazem revelações com potencial para superar o chamado ambiente obesogênico. Prepare-se para espiar a vida dos magros saudáveis.

Dados da pesquisa:
147 participantes
118 mulheres
Altura média: 1,68 m
Peso médio: 61 kg
43% deles tinham 41 anos ou mais
33% tinham entre 26 e 40 anos
24% ficaram abaixo dos 25 anos

1. Eles não pulam o café da manhã
Sair de casa sem comer nadinha? Essa definitivamente não é uma opção para a maioria dos entrevistados no estudo - 96% relataram ter o hábito de tomar café da manhã. Mas o achado não chega a ser uma baita surpresa para os especialistas. "Pesquisas mostram que quem faz essa refeição tende a ganhar menos peso porque ingere uma quantidade menor de calorias ao longo do dia", conta o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, a Abran. E tudo indica que essa economia conta muito. Em uma análise recente da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, cientistas avaliaram 2 132 adultos e concluíram que pular o café representou um almoço com 202 calorias extras para os homens e 121 para as mulheres. Em um mês, isso representaria aproximadamente 4 800 calorias a mais. É muita coisa. Contudo, para que o desjejum seja um aliado durante a perda de peso, não vale avacalhar. "De acordo com a pirâmide alimentar atual, ele deve ser composto de uma porção de carboidratos, uma de lácteos e outra de frutas", orienta a nutricionista Ana Beatriz Barrella, da RG Nutri, na capital paulista. Seguindo esse esquema, você poderia levar à mesa, por exemplo, uma tapioca com queijo branco, um café com leite e um pedaço de melão. Mas não precisa ficar bitolado, claro. Há outros itens benéficos que combinam com essa refeição. É o caso do ovo, um dos alimentos preferidos da turma que participou da investigação de Cornell. "Trata-se de uma excelente fonte de proteínas", comenta Ana Beatriz.

2. Adoram frango
Quando o pesquisador Brian Wansink perguntou qual era a carne preferida de quem está em paz com a balança, a picanha não teve vez. A maior parte dos voluntários (61%) colocou o frango no topo da lista. "Seu grande ponto positivo, especialmente se considerarmos a parte do peito sem pele, é ter menos gordura saturada do que a carne bovina", analisa Cristiane Cedra, nutricionista pós-graduanda da Universidade Federal de São Paulo. Isso não significa que outras opções sejam incompatíveis com um corpo esbelto. "Alguns cortes de carne vermelha são mais magros", lembra a nutricionista Mônica Beyruti, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). Então, o revezamento está mais do que permitido, até para não enjoar. "A carne vermelha pode ser consumida de uma a duas vezes por semana. Nos outros dias, intercale com frango, peixe, ovo e cortes suínos magros", sugere Cristiane.

3. Incluem salada no almoço
A pesquisa diz que 35% dos entrevistados comem salada no almoço todo dia. Mas não se engane pelo número: é bem provável que mais gente no estudo de Cornell comesse salada com frequência. O que salta aos olhos é regularidade: todo santo dia! Há bons motivos para associar esse comportamento à perda e à manutenção do peso. "Para começar, as verduras e os legumes são ricos em fibras", conta a nutricionista Lara Natacci, da DietNet, em São Paulo. Por causa dessa característica, eles demoram mais para serem digeridos e, assim, proporcionam saciedade. Ocupar metade do prato com vegetais também diminui o espaço para as tentações - no bufê, é um dilema escapar da batata frita, confesse. "Na outra parte, é bacana colocar uma fonte de carboidratos, como o arroz, e uma de proteínas, a exemplo da carne", ensina Lara. Evite fazer uma pratada somente de folhas para depois voltar às travessas e pegar as opções quentes. A tendência, nesse caso, é exagerar. E lembre-se: o corpo agradece quando alternamos verduras e legumes, já que cada um tem seus atributos. Uma boa é se guiar pela cor. Se conseguir incluir três porções, com tons diferentes, está ótimo.

4. Lancham frutas e oleaginosas
A primeira informação que merece destaque aqui é a seguinte: os magros da pesquisa não ficam horas e horas sem comer. E por que isso é importante? "Estudos apontam que a quebra do jejum aumenta o metabolismo basal em até 15%", revela Ana Beatriz. Isto é, você acaba queimando mais calorias. Sem contar que chega menos faminto às refeições principais. É óbvio que o tipo de lanche conta muito. Não adianta comer uma coxinha e se entupir de refrigerante. Aposte em alimentos mais saudáveis, como frutas e oleaginosas, bastante citadas no levantamento americano. Agora, se o intervalo entre o almoço e o jantar for bem longo, apenas uma maçã ou um punhado de amêndoas provavelmente não serão suficientes para aplacar o apetite. "Pode complementar com uma fonte de proteína, como um iogurte, e uma de carboidrato rico em fibras, a exemplo de uma torrada", aconselha Lara.

5. Comem vegetais no jantar
De novo, repare num dado implícito e interessante: quem é esbelto costuma jantar. Apesar de essa refeição ser temida por quem começa um regime, não há provas definitivas de que seja um empecilho para o emagrecimento. O crucial é fazer escolhas balanceadas. A maior parte do pessoal recrutado para o trabalho americano não abre mão de degustar vegetais à noite. "Eles têm fibras, que dão saciedade, são cheios de antioxidantes e pouco calóricos", elogia Ribas Filho. Além de colocar verduras e legumes no prato, que tal uma melancia de sobremesa? "Esse momento é propício para completar as três porções de frutas indicadas por dia", afirma Lara.

6. Não abusam de refrigerantes
Na realidade, 35% deles passam longe desses produtos. Um comportamento aplaudido por quem entende do assunto. "Tomar refrigerante no dia a dia realmente não é indicado", afirma o médico Josivan Lima, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem). O principal problema da bebida é que ela carrega um tantão de açúcar - e muitas calorias. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde publicou uma diretriz na qual pede que a ingestão do ingrediente doce não ultrapasse 5% das calorias diárias, o que daria mais ou menos 25 gramas. E sabe qual a quantidade de açúcar presente em um copo de refri? Nada menos do que 20 gramas. Apesar disso, Lima comenta que não há crise se tomá-lo de vez em quando, como em festinhas. Nesses momentos - e só aí -, imite os 33% dos voluntários da pesquisa que preferem as versões diet, sem açúcar, ou light, com menos calorias.​ E o suco? Em doses moderadas, é uma boa alternativa - desde que de verdade, ou seja, 100% fruta e zero aditivos. Evite os néctares e os refrescos, porque apenas uma parte é polpa. E, assim como os refrigerantes, eles são doces pra chuchu.

7. Não deixam de tomar vinho, cerveja...
O dado de que só 19% são abstêmios corrobora um levantamento clássico, com 161 mil mulheres, batizado de Women's Health Initiative. "Foi o primeiro estudo bem-feito a avaliar o elo entre álcool e peso. Ao contrário do que pensávamos, o consumo estava associado a um menor risco de obesidade", lembra Coutinho. Talvez isso tenha ocorrido porque as pessoas que bebem moderadamente ativam o sistema de recompensa do cérebro e tendem a socializar. Assim, não descontariam tanto suas frustrações na comida. Mas a orientação não é entornar o copo. "Quanto maior o teor alcoólico, maior o valor calórico da bebida", frisa a nutricionista Renata Bressan, da Abeso. Fora que, ao abusar dos drinques, você põe pra dentro um monte de elementos engordativos. O recado é não se privar - do contrário, a insatisfação vai pesar na balança.

8. Têm consciência do que comem
Sem neurose. É apenas uma questão de não ligar o piloto automático durante as refeições. "Quando o indivíduo come prestando atenção nas garfadas, sente mais prazer e nota a saciedade chegando. Se está com a cabeça em outro lugar, só vai parar quando estiver empanturrado", ilustra o psicólogo Raphael Cangelli Filho, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. A nutricionista Marle Alvarenga acredita que a correria do cotidiano contribui bastante para o aumento nos índices de obesidade: "Estamos desvalorizando os momentos destinados à alimentação. Hoje, muita gente nem sequer come sentado e acha isso normal", lamenta. Como impedir que a loucura do dia a dia tire a concentração do prato? Os magros saudáveis investigados por Wansink e sua turma adotavam estratégias singelas, como olhar o bufê inteiro antes de entrar na fila e ir ao supermercado sem fome. Vários deles também não assistiam a televisão enquanto mastigavam e escondiam guloseimas para somente abocanhá-las quando de fato tinham vontade. "Táticas como essas evitam que você coma por impulso", concorda Marle.

9. Não fazem regime
Mais de 70% do grupo analisado na Universidade Cornell nunca (ou quase nunca) apostou em dietas ou medidas restritivas. E, antes que alguém comece a se perguntar, isso não contradiz o tópico anterior - uma coisa é se concentrar na alimentação, e outra bem distinta é seguir um cardápio fechado e, portanto, limitante. Dito de outra maneira, esqueça os modismos e desconfie dos profissionais que veem protocolos rígidos como a única saída para emagrecer. Além de fracassarem no longo prazo pela monotonia e pelo radicalismo, essas estratégias bagunçam nossa relação com a comida. "Restrições contínuas podem originar transtornos alimentares, da anorexia à compulsão", exemplifica Cangelli Filho. Contraditório é entrar numa dieta maluca para afinar a cintura e sair dela com um vício por batata frita, sorvete, biscoito... A propósito, os especialistas ouvidos por SAÚDE recomendam tirar um pouco o foco do emagrecimento. "A meta deve ser melhorar o comportamento alimentar e valorizar hábitos saudáveis. A perda de peso deve ser consequência", ensina Marle.

10. Praticam exercício
Só um em cada dez voluntários do estudo rechaçou o acúmulo de gordura na barriga sem mexer o corpo. "Eles possivelmente foram agraciados com um metabolismo acelerado", interpreta o educador físico Jair Rodrigues Garcia Júnior, da Universidade do Oeste Paulista, em Presidente Prudente. O restante do pessoal suou a camisa com regularidade para preservar a finura. E não pense que a prática esportiva se limita a elevar o gasto de energia durante sua execução. "Uma musculatura desenvolvida queima calorias mesmo quando estamos em repouso", informa Garcia Júnior. A atividade física também faz com que o organismo priorize um pouco mais a gordura entre as fontes de energia à disposição e, de quebra, favorece a sensação de saciedade. Uma única ressalva: os obesos não podem ir de 0 a 100 de uma hora pra outra. O correto é começar aos poucos e com supervisão.

11. Pesam-se com frequência
Via de regra, nós somos péssimos para identificar mudanças corporais - ou demoramos para perceber os quilos de sobra ou acreditamos piamente que aquele pneuzinho inflou, mesmo que nada tenha acontecido. Nesse contexto, subir na balança de vez em quando ajuda a acompanhar a evolução da forma física. Em outro trabalho com a participação de Brian Wansink, cerca de 10 mil pessoas espalhadas pelo mundo foram observadas antes, durante e depois de um feriado importante de seu país. "Os indivíduos que se pesaram duas ou mais vezes por semana engordaram menos durante as celebrações e recuperaram a forma mais rapidamente", revela o cientista. Se decidir incorporar esse hábito, tente fazer as medições sempre no mesmo horário e com roupas leves. Agora, vários profissionais pedem cautela, inclusive porque flutuações no peso são naturais até certo ponto. "Recorrer sempre à balança pode virar uma obsessão perigosa", adverte Cangelli.