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30 de junho de 2015

Oito sintomas físicos causados pela depressão

A depressão é uma doença caracterizada pelos desequilíbrios químicos dos neurotransmissores. Essas substâncias são responsáveis por transportar as informações pela rede de neurônios do cérebro - incluindo as sensações de prazer, serenidade, disposição e bem-estar. Esse desequilíbrio químico pode interferir em diversas funções do organismo, causando sintomas já conhecidos, como tristeza, apatia, falta de motivação, dificuldade de concentração, pessimismo, insegurança, entre outros.

Se não for tratada, a depressão se agrava e causa sintomas físicos que dificilmente são associados à doença. 

O site Minha Vida, especializado em saúde e bem-estar, ouviu especialistas de diversas áreas e listou algumas sensações físicas que podem acompanhar o quadro depressivo. Conheça quais são elas e saiba quando buscar ajuda:

Problemas digestivos
Quando o indivíduo está em depressão, há uma baixa na produção dos neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina. "Esses mediadores são responsáveis pela modulação da dor e também pelo equilíbrio emocional, portanto um paciente depressivo apresenta maior sensibilidade à dor", explica a psicóloga e psicanalista Priscila Gasparini Fernandes, da Universidade de São Paulo (USP).

A dor gastrointestinal é muito comum em depressivos. Segundo a especialista, há muitas vezes a ocorrência da síndrome do intestino irritável, que causa dores abdominais, flatulência e mudanças do hábito intestinal. "Pacientes podem chegar ao gastroenterologista com esses sintomas e, após vários exames clínicos, são diagnosticados como de fundo emocional."

Dor de cabeça
A depressão também pode motivar dores do tipo cefaleia. "Há o cenário que chamamos de somatização, no qual o indivíduo com depressão acumula sintomas emocionais, frustrações, medos e inseguranças e descarrega no corpo", afirma a psicóloga Priscila. "Vale ressaltar que é um processo inconsciente, ou seja, o individuo não tem controle sobre isso, e deve procurar ajuda profissional."

Distúrbios do sono
Distúrbios do sono são bem comuns: ou o paciente dorme demais, buscando no sono uma fuga da realidade, ou não consegue dormir, por não conseguir se desligar dos problemas que o levaram a depressão. Em ambos os casos, o resultado é um sono de má qualidade. "O paciente não se recupera o suficiente para as atividades que deve exercer, o que explica a piora da do rendimento e da produtividade", lembra o psiquiatra Luis Gustavo Brasil, da Clínica Maia.

Tensão na nuca e nos ombros
Como consequência do processo de somatização, o paciente depressivo fica constantemente em estado de alerta - e isso se reflete em tensão na musculatura, principalmente da nuca e ombros. "A ansiedade e nervosismo para resolver as questões emocionais estão frequentemente associadas a esses sintomas", diz a psicóloga Priscila.

Cansaço ou fadiga
"A falta da produção adequada dos neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina gera uma prostração muito grande em pacientes", conta Priscila Gasparini Fernandes. O resultado são sintomas como fraqueza, cansaço, falta de ânimo e falta de iniciativa para executar qualquer atividade.

Mudanças no apetite e no peso
A depressão é frequentemente associada a transtornos alimentares. Isso porque a doença leva a alterações no apetite, podendo ocorrer a falta ou o excesso deste, culminando em perda ou ganho de peso. "As reações são individuais, é necessário apenas observar que o comportamento não está normal para aquela pessoa e orientá-la a buscar ajuda", explica a psicóloga Patricia.

A especialista ressalta ainda que quadros de anorexia e bulimia são diferentes de depressão, e como tal devem ser tratados separadamente. Há casos em que o paciente já diagnosticado com transtornos alimentares desenvolve um quadro depressivo, mas não se sabe quais são os gatilhos para essa relação. Portanto, é necessário prestar atenção tanto nas mudanças de apetite do paciente com suspeita de depressão quanto em sinais depressivos nas pessoas que já tratam transtornos alimentares.

Dores no corpo
Pacientes com depressão muitas vezes se queixam de dores generalizadas e persistentes no corpo todo, principalmente nas costas e peito. "Os sintomas de fadiga e cansaço próprios do quadro depressivo acabam comprometendo uma postura adequada quando o indivíduo tenta realizar suas atividades diárias, piorando a sensação de tensão e dores musculares", explica psiquiatra Luis. Sedentarismo e a falta de atividades físicas podem tornar o quadro ainda mais intenso.

Imunidade baixa
A depressão leva o indivíduo à prostração - ele não se sente bem fisicamente e mentalmente. Isso pode, de maneira indireta, interferir na imunidade. "Ocorre uma liberação descontrolada de hormônios quando não estamos bem emocionalmente, afetando as células de defesa", diz Priscila Gasparini Fernandes. Além disso, a tristeza e falta de iniciativa para realizar atividades pode fazer com que o paciente não tome os devidos cuidados com a saúde, adotando comportamentos de risco como ingestão excessiva de álcool, tabagismo, uso de drogas, má alimentação e sedentarismo - todos fatores que interferem diretamente na imunidade, deixando o indivíduo mais vulnerável a infecções oportunistas, como gripes, resfriados e herpes.

20 de agosto de 2014

11 sinais de que você pode ter problemas com o álcool

Do Brasil Post - Por Beth Leipholtz* 


Depois de vasculhar os arquivos do meu blog pessoal durante o auge do meu consumo de álcool (segundo ano da faculdade), percebi uma coisa: eu pedia muitas desculpas.

Nada era minha culpa. Mas, mais importante, nada era culpa do meu bom amigo Álcool.

Hoje eu vejo isso claramente quando leio antigas postagens em que escrevi sobre estar deprimida, ter amizades tensas, estar frustrada com os estudos. Nunca me ocorreu que o álcool poderia ser a origem de todos os problemas que brotavam na minha vida -- isto é, até ficar sóbria.

Em retrospectiva, houve sinais em que eu deveria ter prestado atenção.

1. A maioria dos seus eventos sociais se concentra em torno da bebida. E se não há bebida você se sente decepcionada ou não quer mais participar. A única maneira que você sente que está se divertindo é com álcool em seu sistema.

2. Nada é culpa do álcool, jamais (quando na realidade a maioria das coisas é). Esta citação do Grande Livro da AA resume bem: "Alguma coisa ruim não acontecia todas as vezes que eu bebia, mas sempre que acontecia alguma coisa ruim eu tinha bebido". Pense nisso. A probabilidade é que seja verdade.

3. Você não se importa com as consequências e se convence de que tal acontecimento foi uma ocorrência isolada. Você apenas não previu aquilo, e na próxima vez estará preparada.

4. Mais de uma vez, você tomou uma decisão sem pensar muito bem sobre o sexo oposto (ou o mesmo sexo, se você segue essa linha). A probabilidade é de que se você bebe a ponto de seu julgamento ficar nebuloso com frequência, você deve largar a garrafa.

5. Suas ressacas se tornam mais graves. Em minhas primeiras semanas de tratamento, aprendi que as ressacas eram na verdade crises de abstinência. Isso me atingiu com força, apesar de eu me recusar a demonstrar. O fato de que acordava em algumas manhãs me sentindo como se tivesse morrido e voltado à vida não era o preço que eu pagava por uma noite de diversão, como eu queria dizer a mim mesma. Era o modo de meu corpo me dizer que eu não podia continuar fazendo aquilo. Sentir-se como se fosse vomitar a cada cinco minutos, sentir que você está se arrastando para fora da pele, ou suando não é normal.

6. A ilegalidade de beber e/ou estar em um bar antes da idade permitida não a assusta mais. Eu cheguei a esse ponto muito rapidamente, porque parecia que todo mundo com quem eu bebia também era menor. Eu tendia a esquecer que aquilo tinha consequências, assim como colocava em risco o bar por servir uma menor de idade.

7. Você racionaliza constantemente seu hábito. Como alguém me disse há algum tempo, as racionalizações são realmente apenas mentiras para fazer você se sentir melhor sobre seus atos. Muitas vezes eu me convenci de que algo não era minha culpa porque, por exemplo, eu tinha tomado uma bebida energética junto com bebida forte, e nunca mais cometeria esse erro. Muitas vezes eu repetia meus erros, mas racionalizava.

8. Uma já é demais; mais uma nunca é suficiente. Provavelmente o sinal mais revelador de um alcoólico é a incapacidade de parar de beber depois que começamos. "Mais um, mais um, mais um" está sempre passando por nossa mente.

9. Você percebe que precisa de cada vez mais álcool para sentir os efeitos na magnitude que deseja. Na primeira vez que me embriaguei, eu tomei duas cervejas. Duas cervejas = baixa tolerância. Perto do final da minha fase alcoólica, eu podia tomar sete a oito bebidas em duas a três horas e continuar no mesmo nível. Essa é uma tolerância extremamente alta.

10. Sua aparência física está mudando, e não para melhor. Algumas pessoas podem beber e não observar os efeitos fisicamente, mas se você bebe pesado é provável que seu corpo esteja reagindo negativamente. No meu caso, ganhei de 6 a 8 quilos e tinha uma cor de pele realmente doentia (sem falar nos danos internos).

11. Depois de uma noitada, você se vê fazendo controle de danos com muita frequência. Seja encontrar seus objetos pessoais ou pedir desculpas para alguém que você pode ter ofendido, realmente é uma merda. Sempre. E você realmente não percebe a imensidade desse peso até que ele é removido e você pode acordar de manhã perfeitamente capaz de se lembrar de tudo o que fez.

* Beth Leipholtz  
Jornalista, blogueira, jogadora de rúgbi e estudante universitária que se mantém sóbria