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2 de agosto de 2022

A história do ‘Titanic brasileiro’, tido como mal assombrado e que intriga mergulhadores até hoje

Desenho do Príncipe de Astúrias, que naufragou perto de IlhabelaImagem: Blog do historiador Jeannis Platon

O ‘Príncipe das Astúrias’ era um dos diversos navios de passageiros e carga que fazia o traslado entre Brasil e Europa por volta dos anos 1910.

A embarcação carregava famílias europeias que vinham tentar a vida no Brasil, além de bens de consumo que seriam transportados para o Brasil.

Príncipe das Astúrias era um conhecido transatlântico da Pinillos y Isquierdo, gigante da navegação espanhola

O navio tinha a capacidade para transportar até 1.890 pessoas, sem contar tripulação. Seu luxo era reconhecido entre seus pares e a embarcação contava com viagens para a elite na primeira classe.

A embarcação tinha saído de Barcelona e tinha como destino a cidade de Buenos Aires, na Argentina. Contudo, em 5 de março de 1916 – logo após um baile de Carnaval – o maior naufrágio da história moderna do Brasil aconteceu.

O luxuoso navio contornava Ilhabela, um arquipélago no litoral norte de São Paulo, e acabou batendo na ‘Ponta da Pirabura’. A batida foi forte e a água atingiu as caldeiras, fazendo com que a embarcação rapidamente afundasse.

A título de comparação: o Titanic demorou duas horas para submergir completamente. O Príncipe das Astúrias desapareceu nas águas em cinco minutos.

477 pessoas faleceram no desastre oficialmente. Mas estimativas alegam que esse número pode passar de mil por conta dos imigrantes que chegavam de forma ilegal no Brasil. A história é contada no livro ‘Príncipe de Astúrias — O Titanic Brasileiro’, escrito por Isabel Vieira.

Corpos acabaram aparecendo em Ubatuba, que fica relativamente distante de Ilhabela. Os indígenas e caiçaras que entraram em contato com os corpos afirmavam que sequer tinham como enterrar tantas pessoas.

Ponta da Pirabura, em Ilhabela, atrai turistas para mergulho na carcaça do navio que naufragou há mais de 100 anos

Algumas pessoas conseguiram sobreviver. Uma delas foi Renato Capri, que fugia da Primeira Guerra Mundial. Ele afirma ter nadado por horas até chegar em terra firma. Ele é tio de Herson Capri, ator da TV Globo.

“Quando saí da cabine e cheguei ao convés, o navio já estava sendo engolido pelas ondas”, declarou José Martins Vianna, de 20 anos ao jornal A Noite na edição de 21 de março de 1916. “Eu me salvei, mas jamais esquecerei os gritos das pessoas morrendo afogadas”.

Hoje em dia, mergulhadores se arriscam nas águas profundas de Ilhabela para tentar encontrar tesouros no navio espanhol, em especial na classe de luxo. Contudo, a expedição vale mais pela história do trágico acidente do que pela própria possibilidade remota de achar alguma riqueza no fundo do Oceano.

Do Hypeness

7 de julho de 2022

10 maiores momentos da história do Rock and Roll

Essa é para quem curte um bom som pesado e melancólico rock’n’roll. Confira agora 10 maiores momentos da história do Rock and Roll.


10. Rock Around the Clock: o Big Bang do rock 1955
Bill Haley era um dj e músico de western swing, um tipo de country dançante, que gostava de incorporar elementos da música negra. Em 1951, mesmo ano em que Jackie Brenston and His Delta Cats gravaram “Rocket ‘88’”, considerado o primeiro registro do rock, Haley e The Saddlemen, banda que tocava com ele na época, fizeram uma cover fiel e balançada da faixa. No ano seguinte, o músico continuou com a fusão de country e R&B com “Rock the Joint”, e seguiu em curva crescente no lançamento de “Crazy Man, Crazy” (1953), que se tornou um hit.

9. Elvis Presley se torna o Rei do Rock 1956
Elvis Presley foi notado por Sam Phillips, dono da pequena Sun Records, em Memphis, quando gravou “That’s All Right” (1954). No entanto Phillips a parceria não durou por muito tempo. Ao final de 1955, o contrato do cantor foi vendido para a RCA. Com os recursos da nova gravadora, o astro explodiu mundialmente em 1956. Em menos de um ano, ele gravou hit atrás de hit, incluindo os atemporais “Heartbreak Hotel”, “Hound Dog” e “Don’t Be Cruel”. Recém-coroado Rei do Rock, Elvis se transformou no arquétipo de como um artista do gênero deveria agir e se comportar.

8. O rock inglês dava os primeiros passos 1958
Os Beatles foram pioneiros em diversas frentes, mas o rock britânico já caminhava antes. A semente do gênero foi lançada nas terras da rainha quando Cli Richard and The Drifters lançaram “Move It!”, em 1958. A partir daí, precursores como The Shadows, Adam Faith, Marty Wilde, Billy Fury e Johnny Kidd and the Pirates já apresentavam à juventude inglesa a excitação do rock and roll. Ainda viria mais vanguarda da Inglaterra: pouco depois, o produtor Joe Meek deu início a experimentações eletrônicas no rock por meio de trabalhos inovadores, como “Telstar” (The Tornados).

7. O dia em que a música morreu – 1958
A euforia da primeira geração do rock terminou de forma trágica no dia 3 de fevereiro de 1959, quando um avião caiu em um campo cheio de neve em Clear Lake, Iowa, nos Estados Unidos. Na aeronave estavam Buddy Holly, The Big Bopper e Ritchie Valens. O superastro Holly tinha em seu currículo os hits “Peggy Sue” e “That’ll Be the Day”; Bopper era um radialista roqueiro e Valens deu os primeiros passos para o surgimento do rock latino. Em 1971, Don McLean escreveu sobre o acontecimento no hit “American Pie” e cunhou a frase “O dia em que a música morreu”.

6. A Motown cai na estrada 1962
Berry Gordy Jr. fundou a Motown em 1959, em Detroit. Aos poucos, usando compositores de enorme talento e uma produção inovadora, a companhia começou a definir o que seria a soul music moderna. Em 1962, Gordy já tinha juntado uma quantidade de astros e hits suficientes para impressionar o público. Com um tino empresarial apurado, ele teve a ideia de colocar na estrada o espetáculo Motortown Revue, uma turnê em que o público tinha a chance de ver no mesmo palco Marvin Gaye, Martha and the Vandellas, The Contours, The Temptations, Stevie Wonder, Mary Wells, The Supremes e The Marvelettes, nomes que se tornariam gigantes da black music.

5. Os Beatles invadem a América 1964
Após a morte do presidente john f. Kennedy, em 22 de novembro de 1963, os Estados Unidos passaram por um período melancólico. No entanto, o estado de espírito da nação mudou no dia 7 de janeiro de 1964, quando quatro músicos ingleses com um corte de cabelo considerado engraçado pisaram em solo norte-americano. No dia 9, o grupo tocou no programa de TV The Ed Sullivan Show, com transmissão para 40 milhões de pessoas. Depois dessa apresentação histórica, os norte-americanos se apaixonaram por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr.

4. The Rolling Stones gravam “(I Can’t Get No) Satisfaction” 1965
Durante as turnês que faziam na década de 1960, os Stones só conseguiam escrever novas canções na estrada. Foi em um desses períodos, em um hotel na Flórida, que Keith Richards acordou com um ri na cabeça. Ele pegou o violão e registrou o momento em um gravador portátil que tinha ao lado da cama. Depois, voltou a dormir. Ao ouvir o resultado da inspiração noturna de Richards, Mick Jagger criou uma letra falando de transgressão e rebeldia. “Era a minha visão do mundo, minha insatisfação com tudo”, ele admitiu mais tarde.

3. Os Beach Boys mudam tudo com Pet Sounds 1966
Os Beach Boys foram o maior nome da surf music. Canções como “Surf in’ U.S.A.”, “I Get Around” e “California Girls” eram o retrato de um mundo idílico de prazeres, repleto de sol, praia, carros velozes e romance. No entanto, depois do sucesso inicial, a banda quis ir além do território já explorado. Para completar, no final de 1964, o líder e compositor Brian Wilson sofreu um ataque nervoso e parou de excursionar. Apesar de recém-casado, Wilson passou a escrever sobre solidão, carência e ansiedade. Em maio de 1966, tudo o que ele sentia convergiu em Pet Sounds, um álbum sofisticado e conceitual.

2. Festival de Woodstock reúne meio milhão de pessoas 1969
O sucesso obtido pelo monterey pop Festival abriu as portas para outros megafestivais de rock. Nos dias 15, 16 e 17 de agosto de 1969, cerca de 500 mil pessoas conviveram em relativa paz no mais importante evento musical de todos os tempos. Ironicamente, o Festival de Woodstock não foi realizado na cidade de Woodstock, como havia sido planejado pelos organizadores. No último instante, os moradores não concordaram com a ideia de um festival gigantesco na região. Entretanto, como o nome já havia sido definido, permaneceu para a posteridade registrado como The Woodstock Music & Art Fair. O local final foi uma gigantesca fazenda de um senhor chamado Max Yasgur, em Bethel, cidadezinha próxima a Woodstock.

1. Metallica difunde o thrash 1983
É regra básica do metal: quando as coisas começam a ficar muito melódicas, o próximo passo é acelerar ao máximo. O Metallica não foi a primeira nem a única banda de speed ou thrash metal a gravar naquela época – Slayer, Anthrax e o ridicularizado Venom também estavam na mesma pegada. Só que a repercussão do álbum Kill ‘Em All, lançado em 25 de julho de 1983, transformaria o thrash em linguagem corrente. O disco não escondia a influência das bandas do NWOBHM, mas o som havia ganhado uma velocidade de quebrar o pescoço.

Via: Lista 10 (com informações da revista Rolling Stones)

27 de abril de 2015

Vídeo: Lula e o PT no Faroeste Caboclo


Recebi pelo "uatizapi' e compartilho aqui no Baú o vídeo abaixo que conta em poucos minutos detalhes da vida sindical e política do ex-presidente Lula e do seu PT. 

Utilizando a música Faroeste Cabloco, do Legião Urbana, letras bem bolada e ilustrações geniais, o vídeo é uma verdadeira aula sobre os recentes acontecimentos políticos brasileiros. Não identifiquei os autores.


12 de fevereiro de 2015

Drone sobrevoa Auschwitz e mostra o campo de extermínio nos dias de hoje


A BBC fez um vídeo arrepiante com um drone sobrevoando o campo de concentração de Auschvitz-Birkenau, na Polônia. Essa filmagem é lançada em meio ao aniversário de 70 anos da libertação de Auschwitz-Birkenau pelas tropas aliadas, fato ocorrido em 27 de janeiro de 1945. A data da liberação se tornou o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto. O local atualmente abriga um museu e um memorial.



Via Sedentário e Hiperativo

7 de outubro de 2014

Formatura do Colégio Estadual de C. Mourão no Cine Plaza - 1967

Como publiquei novamente a música tema do Cine Plaza (ver postagem logo abaixo), mostro novamente uma postagem de 2011, que mostra mourãoenses participando de cerimônia de formatura do Colégio Estadual de Campo Mourão. 

Logo abaixo da foto, uma reportagem de 2012, de autoria do jornalista Carlos Ohara, que conta um pouco da história do que foi por anos um dos mais tradicionais pontos de encontro dos mourãoenses.   

Do álbum do Jayminho Bernardelli, foto de 1967 mostra alunas do Colégio Estadual de Campo Mourão perfilando com professores para as cerimônias de formatura.

Com toda a pompa, as formaturas eram sempre realizadas nas instalações do Cine Plaza (atual Igreja Universal), que possuia capacidade de lotação para 1200 pessoas sentadas.

Na primeira fila aparece o doutor Milton Luiz Pereira, ex prefeito de Campo Mourão e atual Ministro do STJ, com a jovem Ody Salvadori, filha do falecido pioneiro Rosalino Salvadori e esposa do ortopedista Wille Sandy.

Logo atrás, a Maria Edinar Castelli, esposa do dentista Romualdo Ribas, que atualmente reside em Balneário Camboriu (SC) -- lembro deles foliando nos bailes de carnaval do Clube 10 de Outubro--. Ao lado dela, o querido e inteligentíssimo professor Hains Ravache, com quem tive o prazer de estudar, lá mesmo, no Estadual. Clique na imagem para ampliar.


1- Doutor Milton Luiz Pereira, 2- Ody Salvadori , 3- Maria Edinar Castelli e 4- Professor Hains Ravache
Em Campo Mourão, Cine Plaza sobrevive a incêndio, mas não à decadência

Ícone cultural da região durante três décadas, o Cine Plaza de Campo Mourão renasceu das cinzas, dois anos após sua inauguração, mas não resistiu à decadência que atingiu os cinemas de rua em todo o país no inicio dos anos 90, quando o prédio foi adquirido por uma igreja evangélica.

Inaugurado em 1964, o Plaza tinha capacidade para 1,6 mil espectadores sentados, mas chegou a abrigar mais de 2 mil pessoas em uma única sessão no ano de sua inauguração, durante a exibição do filme Ben-Hur, um drama épico bíblico dirigido por William Wyler em 1959. O prédio ocupava uma área de 2 mil metros quadrados na avenida Brasil, no centro da cidade, e era construído em alvenaria.

Fogo

Em 1966, durante uma sessão de gala na noite de um domingo, chamas iniciadas no teto do cinema, revestido com feltro para melhorar a acústica, se alastraram e se transformaram em um grande incêndio. Um locutor de uma rádio que funcionava no andar de cima sentiu o cheiro da fumaça e correu para avisar o proprietário, Getúlio Ferrari. Em poucos minutos, a sala foi esvaziada, evitando uma grande tragédia. O cinema estava lotado.

Apesar da rapidez na identificação do foco, nada mais foi possível fazer. O fogo destruiu completamente o Plaza, restando apenas os pilares carbonizados. O incêndio causou comoção geral em Campo Mourão. Mas Getúlio não se abalou e decidiu reconstruir o cinema. Amigos, parentes e até seus sócios tentaram demovê-lo da ideia. Não teve jeito. O dinheiro empregado na reconstrução do Plaza, segundo Arno, daria para comprar 500 alqueires de terra na época.

Reaberto em 1968, um ano e meio após o incêndio, o Plaza continuou a ser referência da efervescência da cidade, que antes das emancipações de seus distritos, ostentava uma população de 130 mil habitantes, quase o dobro do número de habitantes atual de 87,1 mil.

Em 1989, sem competitividade frente às grandes distribuidoras, Getúlio arrendou o Plaza para a Distribuidora Arco Iris, que administra uma rede de cinemas espalhada pelo interior dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Em 1993, o Plaza voltou novamente ao comando dos Ferrari. Durante um ano, Arno Ferrari, filho de Getúlio, tentou estabelecer uma parceria com a prefeitura para levar alunos ao cine. "Queria apenas que a prefeitura colaborasse para a manutenção, mas a ideia não deu certo", diz o comerciante.

Em 1994, uma igreja evangélica alugou o espaço e o adquiriu por R$ 400 mil em 1998, encerrando os tempos áureos do Plaza na cidade. Durante a venda do imóvel, Arno diz que retirou parte do revestimento em madeira dos pilares para demonstrar a solidez estrutural do prédio. No local, apareceram as marcas do fogo que carbonizou o local.

20 de junho de 2014

Destino: Camarões, Africa

Me bateu uma curiosidade sobre o próximo adversário do Brasil na Copa do Mundo. Sempre vejo eles jogando futebol e nunca fui conferir onde realmente ficava a terra do Eto. Encontrei uma matéria que conta um pouco da história do país africano. 
Diversas etnias compõem a população de Camarões
Foto: Africa Travel Association
O contraste dá o tom em Camarões. O país colonizado por franceses e por britânicos também esteve sob o domínio dos alemães e dos portugueses. A influência europeia, visível na arquitetura, na predominância do cristianismo e em outros costumes, não pôs fim às práticas tribais. Cerca de 235 grupos étnicos habitam principalmente a região norte do país de mais de 475 mil quilômetros quadrados. Os 24 dialetos africanos dividem espaço com o francês (falado por 80% da população) e o inglês (20%). Para muitos, Camarões é o retrato da África.

Talvez por isso o país esteja em plena ascensão no setor turístico. Em 2012, Camarões foi escolhido como destino por 817 mil viajantes  – 213 mil a mais que no ano anterior, cuja marca foi de 604 mil. Um aumento de 35% no número de interessados em entender as diferenças de uma terra que reúne desde o clima tropical na costa ao semiárido e quente ao norte, do deserto ao litoral.

E percorrer todo o território camaronense significa passar por planície costeira ao sul, planalto na área central, zona montanhosa a oeste e deparar-se novamente com uma planície ao norte. São paisagens deslumbrantes que arrebatam o olhar dos visitantes. O monte Fako, com 4.095 m de altitude é o pico mais alto da África Ocidental e um dos mais altos do continente.

Em Camarões também estão um vulcão ativo, parques de conservação, como o National of Waza, além da diversidade de fauna e flora.  Claro, os frutos do mar e as belezas do litoral são destaques entre as atrações turísticas do país.

Mfoundi, um dos mercados ao ar livre de Yaoundé.
Foto: Wikimedia Commons
Na segunda maior cidade de Camarões, a capital Yaoundé, o cinza dos prédios e do asfalto convive harmonicamente com o verde das árvores e dos montes Mbam Minkom, Nkolodom e Eloumden. Há ainda o amarelo, o vermelho e outros tons vibrantes e terrosos das mercadorias dispostas em grandes mercados ao ar livre. Além disso, vários prédios do governo construídos na década de 70 dão um ar especial à cidade, que já é agradável pelo clima temperado e pela arborização.

Já a vibrante capital econômica de Camarões tem cara e jeito de cidade grande. Localizada a leste do país, às margens do Golfo da Guiné, Douala se estende pelas margens do Rio Wouri, porta de entrada dos navegadores portugueses em 1472. Foi no mangue do Wouri que os grandes camarões que deram origem ao nome do país foram vistos pelos europeus pela primeira vez. E lá estão o porto e o principal aeroporto do país, assim como as indústrias mais importantes. (Fonte: Brasilafrica)

11 de junho de 2014

O Paraná que um dia foi espanhol

Sempre fui muito interessado em história e geografia (viu professor Jader!!??) e essa reportagem da Gazeta do Povo, publicada no último dia 7, me mostrou um Paraná que eu não conhecia ou não lembrava mais de ter estudado. Ou seja, gostava, mas não se dedicava muito. Vale a leitura!

Exposição no Museu Paranaense reúne acervo que conta a história dos espanhóis no Paraná
Regidos pelo Tratado de Tordesilhas, Espanha e Portugal dividiram o território paranaense no século 16. Primeira povoação europeia do estado foi espanhola

Um Paraná majoritariamente colonizado por espanhóis. Essa era a realidade do território que hoje abrange o estado durante o século 16. Naquela época, o Brasil estava dividido. O Tratado de Tordesilhas, celebrado entre Portugal e Espanha, colocava a região oeste do estado sob o domínio espanhol. Portugal praticamente ficou apenas com a faixa litorânea.

Na região oeste, conhecida como Província del Guairá e povoada por diversos grupos indígenas, a Coroa Espanhola fundou três cidades. A primeira, estabelecida em 1554 nas margens do Rio Paraná, perto da foz do Rio Ivaí, recebeu o nome de Ontiveros. Essa foi, efetivamente, a primeira povoação europeia em território paranaense.

O historiador Ruy Wachowicz relata que, para fundar a cidade, os espanhóis usaram 80 homens armados e chegou a possuir grande número de índios escravizados. Entre 1556 e 1557, a vila foi transferida para as proximidades da foz do Rio Piquiri e passou a ser chamada de Ciudad Real del Guairá – cujas ruínas atualmente estão localizadas no município de Terra Roxa.

A terceira e maior cidade foi Villa Rica del Espiritu Santo, fundada em 1570 no atual município de Nova Cantu e levada em 1589 para a região de Fênix, na área central do Paraná e onde fica o Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo. A mudança de local se deve, entre outros fatores, à ocorrência de epidemias na antiga localidade.

As cidades espanholas fundadas em território paranaense fizeram parte da Província do Vice-Reino da Prata, cuja capital era a atual cidade de Assunção, no Paraguai. Ao todo, a Ciudad Real durou 75 anos e a Villa Rica, 62 anos. Ao longo desse período, a Coroa Espanhola determinava que a população indígena fosse catequizada e iniciada em algum ofício pelos conquistadores. Em troca, os índios teriam de “pagar uma taxa”, ou seja, prestar serviços aos colonizadores espanhóis. Os índios trabalhariam de graça, o que os tornaria escravos.

Revoltados com a situação, não foram raros os levantes das aldeias nativas contra os conquistadores. A arqueóloga Claudia Parellada explica que, de 1610 a 1628, em tentativa de conquistar o Guairá com menor número de conflitos, foram criadas 15 missões jesuíticas da Companhia de Jesus com o apoio da Espanha. As missões facilitariam a entrada pacífica dos espanhóis em territórios ocupados por índios avessos à presença dos europeus.

A região do Guairá foi a primeira a experimentar o novo sistema, que consistia basicamente em atrair os indígenas para determinada área, com habitação fixa dos missionários. Wachowicz escreve que 100 mil índios foram catequizados e aprenderam a executar novos trabalhos, como produzir tecidos em grandes teares e extrair, processar e deslocar erva-mate em grandes quantidades.

Exposição traz a presença da Espanha no PR

Começou ontem, seis de junho, no Museu Paranaense, em Curitiba, a exposição “Paraná Espanhol”, realizada com o apoio do Centro Espanhol e do Consulado Honorário da Espanha. O acervo mostra a evolução, do século 16 ao 21, do contato dos espanhóis com a região que viria a ser o Paraná. O evento foi programado culminando com a presença da seleção de futebol da Espanha em Curitiba para a Copa do Mundo.

A exposição tem curadoria do Diretor do Museu Paranaense, Renato Carneiro Junior; da arqueóloga Claudia Parellada; da antropóloga Fernanda Maranhão e da historiadora Tatiana Takatuzi.

Segundo Claudia, o visitante conhecerá o processamento de cana-de-açúcar e a produção de tecidos pelos espanhóis em território paranaense, além da forja de metais, como cobre e ferro, e as enormes malhas urbanas das cidades coloniais do século 16 no Guairá. Também fazem parte da mostra aspectos relativos às missões jesuíticas, como a escola de música do início do século 17.

O acervo reúne ainda armas e símbolos religiosos e da identidade do povo espanhol que veio ao Paraná ao longo da história do estado. “Também há muitos objetos do acervo ainda inéditos ao público, referentes à cultura e à cosmovisão dos indígenas da época, à arquitetura, à economia e às principais tecnologias construtivas e militares dos séculos 16 e 17”, explica Claudia.

Serviço

A exposição segue até 14 de setembro. As visitações ocorrem de terça a sexta-feira, das 9 às 18 horas. Nos sábados, domingos e feriados, das 10 às 16 horas. A entrada é gratuita.

Conflito

Bandeirantes expulsaram espanhóis e missionários do oeste paranaense

Os ataques dos bandeirantes portugueses, vindos de São Paulo, sacramentaram o fim do Paraná espanhol. Os objetivos principais eram afugentar os espanhóis da localidade e capturar indígenas para trabalhar em áreas agrícolas de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, especialmente em canaviais. Estima-se que um total de 100 mil índios foram afetados pelas bandeiras, sendo 15 mil mortos, 60 mil escravizados e 13 mil se perderam ou fugiram mato adentro. Além disso, perto de 12 mil foram salvos pelos jesuítas.

Esse processo durou até 1631, quando todas as missões jesuíticas foram destruídas ou abandonadas. A cidade espanhola de Villa Rica foi sitiada por três meses pelos paulistas e arrasada em 1632 e a Ciudad Real del Guairá foi abandonada praticamente no mesmo período, pois os habitantes temiam o ataque dos bandeirantes. O efêmero povoamento espanhol no estado sequer deixou vestígios na formação populacional paranaense.

Do lado português, na faixa litorânea, brotava o medo de que os espanhóis avançassem para o leste do estado. Além disso, a necessidade de mão-de-obra escrava indígena se fazia presente. Nesse contexto, em 1628, o bandeirante Antonio Raposo Tavares iniciou a ação de captura de indígenas na localidade.

Diversas ações bandeirantes continuaram em regiões próximas ao Guairá até 1631, cujas missões eram saqueadas, queimadas e destruídas. Muitos missionários fugiram em direção às atuais regiões do Paraguai e Argentina com índios transportados em balsas pelos rios Paranapanema e Paraná. Com as missões enfraquecidas, as cidades espanholas do Guairá foram destruídas em 1632. Foi assim que a ação dos bandeirantes culminou com a consolidação total do Paraná como parte da colônia de Portugal, caindo por terra um provável legado espanhol no estado.

História recente

Entre os anos 1910 e 1920, segundo a pesquisadora Blanca Hernando Barco, um grande número de espanhóis chegou ao Brasil fugindo da guerra, da fome e da miséria que atingia toda a Europa. Vinham com contratos de trabalho para atuar nos cafezais de São Paulo. Constatou-se que, após o término dos contratos, muitas famílias se mudaram para o Paraná em busca de nova vida. As décadas de 1950 e 1960 registraram a maior onda migratória que o Paraná já recebeu. Famílias inteiras vieram tentar nova vida fugindo da instabilidade econômica, falta de trabalho, pobreza e da repressão política da ditadura de Francisco Franco, que durou 40 anos. Os espanhóis que se instalaram na capital, se dedicaram ao comércio, à gastronomia, à construção e profissões liberais. Segundo Blanca, hoje existem 10 mil espanhóis natos no Paraná.

24 de abril de 2014

Mike Matos e Ely Rodrigues na Rádio Rural FM - anos 1980

No Facebook, Mike Matos postou a foto abaixo, dos início dos anos 1980, em que aparece ao lado do radialista Ely Rodrigues Daniel.

Mike trabalhou alguns anos como radialista em Campo Mourão. Atualmente ele reside em São Paulo, Capital, onde faz parte da equipe do Anima Tunes. Mike é filho do saudoso Carlos Matos, figuraça que não deixava ninguém triste perto dele. Ele tem a quem puxar! 

Ely Rodrigues Daniel, jornalista e radialista, diretor presidente das empresas Coluna do Ely, é responsável pelo Jornal da Rádio T FM. Considero ele como o melhor radialista da história de nossa cidade. Com uma credibilidade sem tamanho, criatividade e senso de humor maiores ainda, Ely é líder de audiência disparado. Aliás, não entendo como as emissoras concorrentes insistem em oferecer um programa com o mesmo formato no horário que o maridão da Rose está no ar [deve dar traço (zero por cento) na medição da audiência].

A dupla e eu amanhecemos nesta quinta-feira (24/04) com a cabeça inchada pela derrota do tricolor paulista ontem pela Copa do Brasil. Se bem que temos a desculpa de que perdermos para o grande e multicampeão CRB, das Alagoas. Clique na imagem para ampliar.

Mike Matos e Ely Rodrigues Daniel - Rádio Rural FM - anos 1980


  

25 de fevereiro de 2014

Itamar Tagliari - Uma vida dedicada ao futsal

Bela reportagem da Federação Paranaense de Futsal rendeu homenagem ao CRAQUE, na bola e na vida, Itamar Tagliari. Vale a pena ler e saber mais sobre o grande desportista 'mourãoense'.

Itamar Tagliari nasceu em Arapongas, em 1948. Mais tarde mudou-se com os pais para Campo Mourão. Ele e os irmãos tinham sede de bola e ainda na adolescentes cada um jogava em um time da cidade.  Na hora do almoço brigas eram inevitáveis com cada qual defendendo sua equipe. A mãe, cansada das discussões, implorou por um único presente: queria que seus filhos jogassem juntos, no mesmo time. E isso aconteceu. Formaram a Associação Tagliari colocando um ponto final nos conflitos e iniciando uma das mais belas histórias do Futsal paranaense.

Com equipe formada, a Associação Tagliari passou a competir em torneios adultos e conquistou tantas vitórias que passou a defender a cidade de Campo Mourão não só na região, mas em todo Estado e no Brasil. O time adulto existiu até1981 e os Tagliari foram responsáveis também pela construção (1973), de uma das mais modernas quadras de esportes.

Em 1980, depois de uma conversa com o pai, Itamar decidiu montar, na Associação, uma escola de futsal, visando a formação de atletas. Começou com apenas 12 meninos e ultrapassou mil ao longo do tempo da escola. Itamar se dedicava de corpo e alma à Associação Tagliari, concentrava a função de treinador, marqueteiro e principalmente, era um orientador que falava aos meninos sobre a importância da disciplina, da educação, da dedicação às atividades a que se propunham assim como a atenção especial para que se mantivessem afastados dos vícios que empobrecem o caráter e prejudicam a vida, esportiva e fora dela também.

Muitos daqueles que um dia foram seus pupilos, são hoje profissionais valorosos da educação e do esporte: técnicos, professores, treinadores respeitados e profissionais da preparação física.

Em mais de cinquenta anos dedicados ao Futsal, foi jogador, técnico, professor, apoiador, dirigente sempre respeitado. Hoje se sente feliz ao ver que sua dedicação deixou um legado para gerações futuras e cita como uma de suas grandes alegrias a oportunidade de colocar o futsal na vida de crianças e adolescentes e disseminar a arte e o conhecimento, deste que considera o mais encantador e atrativo de todos os esportes.

17 de fevereiro de 2014

8 fotos antigas que você não vai acreditar que são verdadeiras

Juramos que as imagens abaixo são livres de Photoshop. Por mais malucas que pareçam, elas fazem parte de um passado ainda mais maluco. Veja:

Pipoca e bomba nuclear
Parece que uma pessoa juntou artificialmente a foto de uma explosão nuclear com a foto de pessoas vendo um filme de comédia. Mas não.
Entre 1951 e 1992, mais de 900 detonações nucleares foram realizadas no deserto de Nevada, nos EUA, e as nuvens de cogumelos podiam ocasionalmente ser vistas de Las Vegas. E as pessoas realmente organizavam reuniões para ver essas bombas explodirem, geralmente nos telhados de casas e apartamentos (admita – você assistiria a uma explosão nuclear, se pudesse).
Não sabemos quantas dessas pessoas tiveram câncer ou se transformaram em cópias do Hulk, mas é seguro dizer que há uma razão pela qual esse não é mais um passatempo popular.

Teias de aranha gigantes?
Pode parecer uma visão de alguma história aterrorizante sobre aranhas gigantes alienígenas escravizando a raça humana, mas na verdade a foto mostra apenas fios de telefone antigos cobertos por neve.

Em grandes cidades como Nova York, fios de telefone tornaram-se um terrível incômodo antes de alguém ter a boa ideia de colocá-los no subsolo. Até então, cenários de pesadelo como o da foto acima (de 1887) eram uma visão comum

Armadilha humana
Vamos voltar rapidamente a história da aranha gigante alienígena. Será que ela fez essa teia de captura de seres humanos?
Não. A imagem figura apenas alguns pintores corajosos se divertindo durante a construção da Ponte do Brooklyn, em Nova York.

Homem de Ferro: A Origem
Enquanto gostaríamos de fingir que este é o avô de Tony Stark, Sir Augustus Leopold Stark, e que este era o seu traje absolutamente aterrorizante de combate ao crime, na verdade, a foto mostra apenas Chester MacDuffee, parado em pé ao lado de um traje de mergulho que ele inventou.
A gerigonça pesava cerca de 250 quilos e não era completamente à prova d’água, o que significava que vinha equipada com uma bomba para sugar a água para fora, conforme você lutava para não se afogar. O que você esperava de um equipamento de mergulho pré-Primeira Guerra Mundial?

E se você acha que o modelo de 1911 parece legal, confira esse acima:
A foto é de uma tentativa de examinar os destroços do navio RMS Lusitânia, lançado em 1907, em 1935.

De volta ao futuro
Todo fim de ano alguém pergunta por que não temos carros voadores ainda. Essas pessoas podem calar a boca, pois verifica-se que já havia carros voadores em 1947.
Este é o Convair Modelo 118. Embora pareça um trabalho ruim de Photoshop onde alguém copiou um carro e colou embaixo de um velho avião, o veículo é legítimo e realmente funcionava como anunciado.
Então, por que não estamos passeando em rodovias espaciais ainda? Apesar de dois testes de voo bem sucedidos, ninguém quis investir no modelo, por isso a empresa cancelou o programa em 1948.

O milagre do equilíbrio
Se você acha que essa é uma manobra incrível de um piloto de dirigíveis audacioso, pense de novo – é claro que esse absurdo não é intencional. Isso é o que acontece quando você está tendo estacionar um dirigível e é atingido por uma enorme rajada de vento.
Essa foto é de 25 de agosto de 1927, quando o USS Los Angeles teve um problema sério com o vento forte em uma estação de acoplamento em Nova Jersey. Antes que pudesse corrigir a sua orientação, o dirigível acabou se equilibrando verticalmente na ponta da estação. O interior do veículo deve ter sofrido uma “re-encenação” de O Destino de Poseidon.
Milagrosamente, a aeronave sofreu apenas danos modestos e estava pronta para uso no dia seguinte (depois de todas as suas paredes e pisos serem limpos dos vômitos, claro).
 [Do: Revoada]

22 de agosto de 2013

Seu Belin Carolo e família - anos 1960

Sempre ouvi falar muito do seu Belin Carolo, de sua generosidade e empreendedorismo, mas não tinha uma imagem dele. Ele faleceu quando eu ainda tinha 14 anos e por isso não tenho lembrança de tê-lo encontrado pela cidade. No álbum do Jayminho Bernardelli no Facebook encontrei essa bela foto que mostra ele ao lado da família. Clique nela para ampliar.

Ana Carolo Tramujas, Belmari Tramujas, Tida Tramujas, Nina Tramujas, Arthur Tramujas Filho, Otacílio Carolo Tramujas e seu Belin Carolo

Belin Carolo ( 1896 * 1974) nasceu em Veranópolis (RS), casou com Maria Ferri, com quem teve quatro filhos. Chegou em Campo Mourão em 1946, instalando-se na Campina do Amoral, onde, em sociedade com João Batista Perdoncini, adquiriu uma serraria. Seu Belin construiu o Hotel Santa Maria, o primeiro prédio com elevador de Campo Mourão, doou a área para a construção do ginásio Belin Carolo, que agora pertence à Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Ouço muito que ele foi o grande responsável pela transformação agrícola de nossa cidade, ao incentivar a vinda, inclusive com doação de terras, de amigos gaúchos que aqui chegaram e acabaram com a fama de termos terras apenas para as formigas saúvas e as plantas samambaias. 

12 de julho de 2013

Na Cancha Tagliari, anos 1970

Do álbum do professor Joani Teixeira, foto de meados dos anos 1970 mostra assíduos frequentadores da Cancha Tagliari.

Como já disse anteriormente, a Cancha Tagliari foi o local mais frequentado da cidade naqueles anos e ali eram realizados campeonatos para a participação de homens e mulheres, nas mais variadas modalidades. Tenho a impressão que o evento da foto era a premiação de um campeonato de férias, que era designado Camfé, e que teve uma partida de futsal para meninas.

João Nereu e Dixinha, ao lado do Nelson de Souza, eram os árbitros oficiais da Cancha. 
 
Com a ajuda da Decyr identificamos os personagens na foto. Clique na imagem para ampliar.

em pé (da esq. para a direita): Rosimeri Baqueti, Itachir Tagliari (in memorian), Joani Teixeira, Walfrido Tokarski (in memorian), Castorina, Itamar Tagliari, José Rosa (in memorian), João Nereu Ferreira, Nilson "Dixinha" de Souza
agachados: Polina, Nilson, Sofia Alleman, Carlos Alvaro Tagliari, Mary Fragoso Veras, Luiz Carlos Tagliari, Lindair da Silva e Decyr Aparecida Modesto. (as crianças Carlinhos, Itamarzinho e Lislaine Tagliari)

7 de junho de 2013

Banda Municipal de Campo Mourão - A primeira formação (1959)

Foto de 1959 mostra a primeira formação da Banda Municipal de Campo Mourão. Com a ajuda do Jayminho Bernardelli e do Antonio Biagio, via Facebook, identificamos alguns personagens. Clique nela para ampliar.

1- Leone de Biagio, 2- Santo de Biagio, 3- Dito, 4- Juarez, 5- Carllito Zaramella, 6- Neco, 7- Antonio Teodoro de Oliveira, 8- Alberto Nogarolli, 9- Joãozinho, 10- Pinduca, 11- Ze Antunes e 12- Zé Brito 

29 de maio de 2013

União FC - Campo Mourão anos 1950/60

Foto do Blog do Wille Bathke Jr, dos anos 1950/60, mostra uma formação do União Futebol Clube, numa época em que jogavam futebol onde atualmente é o Clube Social e Recreativo 10 de Outubro. Clique na imagem para ampliar.


6 de dezembro de 2012

16 fotos coloridas de uma era perdida

As fotos desse artigo são do livro “The Wonderful World of Albert Kahn” (em português, “O Mundo Maravilhoso de Albert Kahn”), com uma coleção de cerca de 400 fotografias a cores, muitas datadas de antes de 1920.

A história de Albert Kahn é surpreendente. De acordo com a sinopse do livro, “Kahn usou sua vasta fortuna para enviar um grupo de fotógrafos intrépidos para mais de 50 países ao redor do mundo, muitas vezes em momentos cruciais da história, quando as antigas culturas estavam à beira de serem mudadas para sempre pela guerra e pela marcha da globalização do século XX”.

A coleção de Kahn, com mais de 72.000 autocromos, só ficou conhecida recentemente. Agora, graças aos compiladores da BBC, finalmente podemos apreciar e dar um pouco de cor ao que tendemos a imaginar como uma era passada em preto e branco. Confira:

1 – Caçador mongol (Mongólia, 20 de julho de 1913)

Quando a dinastia chinesa Qing entrou em colapso em 1911, seus antigos súditos na Mongólia rapidamente declararam independência, que foi contestada pela recém-nascida República da China, cujas forças finalmente conseguiram reconquistar o país, enquanto outra potência regional, a Rússia, estava distraída com a sua revolução. A posse da China foi breve, no entanto: um renegado exército anticomunista da Rússia logo tomou o controle do país.

Esta fotografia foi tirada dois anos após a independência da Mongólia, e seis anos antes das invasões chinesas e russas. Só podemos imaginar o que aconteceu com esse caçador de lobo e raposa, que parece ter vivido em algum lugar perto da fronteira com a Rússia.

2 – Meninas curdas transportando jarros de água (Zakho, Iraque, 11 de maio de 1917)
Os curdos são um povo com uma história complicada. Sobrepondo-se as fronteiras dos atuais países Irã, Síria, Turquia e Iraque, eles ainda não têm um país próprio – apesar de frequentes conflitos com os governos que governam sobre eles.
Em 1920, os vencedores aliados da Primeira Guerra Mundial prometeram aos curdos uma pátria independente, o que não aconteceu. Mais recentemente, alguns curdos, talvez descendentes dessas meninas na fotografia, sofreram genocídio nas mãos do ditador iraquiano Saddam Hussein. Se a Guerra do Iraque pudesse ser justificada, seria porque, desde a chegada de tropas americanas e aliadas, esse genocídio diminuiu.

3 – Vítima de limpeza étnica (Monte Athos, Grécia, 10 de setembro de 1913)
Esta fotografia foi tirada logo após a Segunda Guerra Balcânica, uma guerra entre búlgaros e seus antigos aliados da Primeira Guerra Balcânica, Grécia e Sérvia. O homem bem vestido na foto – provavelmente um búlgaro – foi preso por soldados gregos perto de um mosteiro em Monte Athos. Seu destino permanece desconhecido.
A limpeza étnica era difundida na época, mas não parece ser o caso desse jovem, que poderia muito bem ter sido um saqueador que vagava e roubava entre estas colinas.
A Península dos Bálcãs, na borda leste da Europa civilizada, continua sendo uma das partes mais voláteis do mundo, tendo visto vários genocídios nos últimos vinte anos. Um bom livro para ler sobre a região é o diário de viagem “Black Lamb and Grey Falcon”, de Rebecca West.

4 – Família argelina preparando cuscuz (Biskra, Argélia, 1909-1911)
Esta família está preparando cuscuz, um alimento básico para o povo do norte da África, incluindo Argélia, Líbia, Tunísia e Marrocos. O menino de gorro vermelho teria cerca de 110 anos de idade, se ainda estivesse vivo hoje.

5 – Meninas comendo nozes de areca (Vietnã, c. 1921)

A partilha de noz de areca é uma importante tradição em muitos países asiáticos, incluindo o Vietnã. Ela supostamente tem uma gama de benefícios à saúde, como a prevenção da cárie dentária, apesar de uma pesquisa recente sugerir uma correlação entre o câncer oral e o consumo dessa noz.
Nada disso muda o valor humano desta foto, no entanto, que, ao contrário de muitas outras fotos da época, capta um momento informal, tranquilo e bastante bonito, vivido por essas duas moças de uma calma aldeia tantos anos atrás.


6 – Almoço durante a guerra (Reims, França, 1 de abril de 1917)
Três anos dentro da Primeira Guerra Mundial, o exército aliado ainda contava com mensageiros em bicicletas para passar informações para tropas. Eles também tinham telégrafo e linhas telefônicas, mas estes eram vulneráveis a sabotagem. Esse mensageiro, durante um momento de descanso, desfruta de um pedaço de pão e um pote de chá.

7 – Crianças brincando (Reims, França, 1917)
Estas crianças estão brincando entre as ruínas de Reims, 129 km a nordeste de Paris. A cidade foi severamente atingida pelo bombardeio alemão e fogos subsequentes durante a Primeira Guerra Mundial.

8 – Rabindranath Tagore (Boulogne-Billancourt, França, junho de 1921)
Rabindranath Tagore é um indiano visto na imagem cercado pelas rosas do jardim de Albert Kahn. Tagore, nativo de Calcutá, foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura de 1913, principalmente por suas contribuições para a poesia.
Ele também se imaginava como um filósofo místico, mas nem todos concordavam com essa posição. O estimado filósofo ocidental Bertrand Russell foi a uma palestra de Tagore, e disse que “foi absoluto lixo”.

9 – A Praça dos Mortos (Marraquexe, Marrocos, 18 de junho de 1926)
Jemaa el-Fnaa, como é chamada em árabe, é ainda hoje a principal praça de Marrakesh – uma cidade famosa por suas mesquitas de influência espanhola, seus edifícios de arenito vermelho e sua aparência exótica. A coisa mais impressionante sobre esta fotografia, entretanto, é o efeito causado pela sua exposição: muitas das pessoas – como o amontoado de devotos religiosos, o camelo camuflado, e o vendedor solitário – estão em foco perfeito, enquanto outros – as figuras desfocadas – sugerem movimento, o que faz parecer que a foto poderia ter sido tirada ontem. Só que meus avós eram bebês no momento dessa imagem.

10 – Soldados feridos (Moreuil, França, 30 de julho de 1916)
Esta é uma das melhores fotos da Primeira Guerra Mundial. Apesar de antiga e distante, ela capturou um momento em que podemos facilmente imaginar estar naquela sala também, imaginar os soldados feridos falando com a enfermeira, imaginar o que se passava na cabeça deles. Uma bela imagem.

11 – Infância (Verona, Itália, 16 de maio de 1918)
Aparentemente, esta fotografia, feita na abóbada de uma igreja em Verona, exigiu um tempo de exposição de mais de um minuto. A imagem contempla o destino da menina, perdida em reflexão, visualizando pensamentos que, nesse dia, pertenciam somente a ela.

12 – Cadáver de um jovem soldado (Aisne, França, pós-guerra)
Não há o que dizer sobre essa fotografia, exceto que, em alguns momentos, é difícil para a humanidade ter que encarar seus próprios feitos.

13 – Soldado comprando carne (Reims, França, 6 março de 1917)
Charcutaria é um açougue francês, que, antes da idade de refrigeração, se especializava em oferecer carnes frias bem preservadas. Esta loja em particular, em Reims, estava surpreendentemente bem abastecida: mesmo em tempos de guerra, funcionava. Ainda que bombardeada pela Alemanha, o comércio da vila não parou. Observe a tentativa frágil de fazer uma barricada na janela do lado esquerdo. É notável ver como a vida cotidiana seguiu em frente mesmo em tempos de guerra.

14 – Uma jovem e sua boneca (Reims, França, 1917)
Enquanto a menina brinca com sua boneca, rifles se apoiam contra a parede, bem ao lado dela, conforme a Grande Guerra continua. Uma justaposição poderosa, especialmente em uma época que era fácil se esquecer pelo que estava lutando.

15 – Sadhus na Índia britânica (Bombaim, Índia, 17 dezembro de 1913)
Esta imagem, mais do que qualquer outra na lista, mostra atemporalidade. Se você procurar hoje por imagens de Sadhus indianos, ou homens santos, vai encontrar roupas, costumes e rostos semelhantes aos dos homens nesta foto de 99 anos de idade. Esses sadhus eram provavelmente visitantes da cidade movimentada colonial de Bombaim, que agora é a cidade mais populosa da Índia, e se chama Mumbai – um destino incrível para viajar até hoje, com uma rica história, cultura, comida, entretenimento e diversidade.

16 – Prisioneiro nômade (Ourga, Mongólia, 25 de julho de 1913)
Os nômades da Mongólia desenvolveram um sistema de justiça para se adequar ao seu estilo de vida móvel. Na imagem, um criminoso está preso a uma corrente tão pesada que o impede de fugir correndo. Ao mesmo tempo, ele seria capaz de uma marcha forçada (provavelmente excruciante) de pasto para pasto, conforme fosse ordenado. (Via: Revoada/Natasha Romanzoti)

21 de novembro de 2012

Ione Sartor e a minha melhor partida de futsal

A foto abaixo mostra o Ione Paulo Sartor, o melhor pivô de toda história do futsal mourãoense. Ao lado dele tive a honra de conquistar duas Taças Paraná, a atual Chave Ouro do Futsal Paranaense, sempre defendendo as cores da Associação Tagliari.

Aqueles que jogam o futsal ou qualquer outro esporte deve ter uma partida inesquecível, daquelas que você pensa "essa foi a melhor partida da minha vida". Pois a melhor da minha vida ocorreu ao lado do Ione -- e acho que foi também a melhor que vi o 'gordinho' jogando, e olha que vi cada apresentação dele que daria para ficar o dia inteiro escrevendo!-- quando enfrentamos e empatamos com o então campeão brasileiro Monte Sinai do Rio de Janeiro, durante uma Taça Brasil realizada em Cuiabá, láááááá em 1981.

No texto mais abaixo, publicado no extinto semanário "Entre Rios" em agosto de 2005, conto um pouco de nossa participação em quadras cuiabanas e alguns detalhes de nosso jogo contra os cariocas, que só não ganhamos por que o Ione saiu contundido. Tinha comigo que essa fora minha melhor partida. Um dia o Valmor Barato, sem saber dessa minha opinião, me elogiou pela apresentação diante dos campeões brasileiros e daí tive certeza que fora mesmo uma bela atuação.

Ione Paulo Sartor


Amigos – sempre, os amigos- gostaram da resenha da semana passada, sobre a Taça Brasil de Clubes Campeões de Futsal, em 1981, em Cuiabá. Além do fato de ficarmos entre os seis primeiros colocados, guardo ótimas lembranças do evento e, especialmente, dos amigos que representaram muito bem nossa cidade.

Alegria maior foi perceber, logo no jogo de abertura do campeonato, que a nossa torcida era igual ou maior do que a do time da casa. Muitos mourãoenses moravam naquela região e não perderam a oportunidade de torcer pelo nosso time. Lembro-me bem dos amigos Valmor Barato e Ricardo Grabowski, que hoje já moram novamente em Campo Mourão, e da família Beccari que acompanharam todos os nossos jogos.

Junto conosco foi quase toda a família Tagliari: Dona Íris, Sônia Tagliari, a doce Maria José (falecida esposa do Itamar) e seus filhos, Lislaine, Itamarzinho e Carlinhos. 

Seu Erny Simm também foi. Ele era nosso torcedor mais fervoroso, mesmo não enxergando nada do que ocorria na quadra (estava praticamente cego).

O querido Seu Erny acompanhava nossos jogos sempre ao lado de seu acordeão, que era tocado com entusiasmo, nas vitórias ou nas derrotas. Quem assistisse ao jogo ao lado dele narrava o que acontecia na quadra e ele vibrava como se tudo enxergasse.

Além da quase tragédia na pescaria do Ione e do Carlão, narrada na resenha da edição passada, uma outra quase aconteceu com todas as delegações: no final do dia fomos alertados pela portaria do hotel para descermos pelas escadarias, porque um apartamento estava pegando fogo e era preciso evacuar todo o prédio. Com a energia elétrica desligada, apavorados, mas sem atropelos, descemos os dez andares e em frente ao hotel acompanhamos os trabalhos dos bombeiros, que competentemente apagaram um pequeno princípio de incêndio, numa cesta de lixo, no banheiro do apartamento da delegação de Amazonas. No mesmo momento em que percebemos que o Carlão Tagliari não estava conosco, ele surgiu na portaria, entre os bombeiros, carregando todo o nosso uniforme, até na boca ele carregava um cabide. Na volta ao hotel encontramos algumas camisas caídas nas escadas.  

Na primeira fase jogamos contra Tachinhas-MS (4 a 1), Corinthians-SP(2 a 2), Internacional-RS (1 a 3) e, por último, o Colegial de Florianópolis (5 a 2), que no final do nosso jogo, não permitia que cobrássemos um pênalti, agrediram o árbitro e pegaram uma das maiores penas que uma equipe de futsal já recebeu. 

Na sede campestre do hotel, à beira do Rio Cuiabá, fazíamos nossas refeições, onde enfrentávamos longa fila para comer uma comidinha apenas razoável. O Monte Sinai-RJ, campeão brasileiro do ano anterior, só chegou a Cuiabá para a segunda fase (estávamos lá há mais de dez dias). 

Os cariocas, malandramente, na primeira refeição deles convenceram ($$$) os garçons para servi-los em suas mesas. Nós na fila dando risadas dos espertos e eles rindo da nossa ingenuidade. O primeiro garçom passa direto e coloca uma enorme bandeja de arroz na mesa dos cariocas. Espanto geral! Antes do primeiro jogador do Rio de Janeiro se servir, a bandeja foi completamente coberta com açúcar por um atleta paraibano e as mesas deles foram cercadas por todos que estavam na fila, inclusive eu, mas especialmente os nordestinos, que ordenaram que eles entrassem no fim da fila e se servissem como todos. 

Naquela noite, eles estrearam empatando conosco. Acabaram bicampeões invictos e conquistaram a todos com seu futsal e simpatia, que parece ter surgido graças aos nordestinos.

9 de outubro de 2012

Professores na Cancha Tagliari - 1977

Enviada pelo Nelsinho Rodrigues, o Capacete, foto mostra time formado por professores do Colégio Estadual de Campo Mourão e do Unidade Polo. Professor Idê afirma que o ano é 1977 e que foi tirada na Cancha Tagliari, mas não sabe informar qual o evento. Um dos professores também não foi identificado.

Nelsinho, craque do handebol, é o grande responsável, ao lado do professor Idê, pelo sucesso e tradição do handebol de Campo Mourão. Eles que aqui chegaram, no início dos anos 1970, com a incumbência de implantar o handebol de alto nivel na cidade, assim o fizeram com grandes conquistas e profundas raízes que até hoje rende craques na modalidade. 

Nelsinho mora atualmente em Curitiba. Ele é pai do nadador Henrique Rodrigues, que representou o Brasil, muito bem!, nas Olimpíadas de Londres. Clique na imagem para ampliar.

em pé (da esq. para a direita): João Pedro (in memorian), Paulo Gilmar Fuzeto, Josué dos Santos, ... e Jáder Libório Ávila
 agachados: Nilson de Mello, Ernani, Nelsino Rodrigues, Ernesto Zimovski e Idevalci Ferreira Maia

(Professor Jáder, então sócio proprietário do Colégio Afirmativo -- atual Colégio Integrado -- ressalva que o uniforme utilizado é do Afirmativo, mas não se recorda se a partida era apenas um amistoso ou algum campeonato)

17 de maio de 2012

João Mari (Ellite Cabeleireiros) - Campo Mourão/PR

Há tempos que o João Mari, do Ellite Cabeleireiros, queria me passar essa foto do Grêmio Maringá, de 1977 ano da última vez que os maringaenses conquistaram um título estadual de futebol da primeira divisão. Estive com ele nessa quarta-feira e aproveitei para saber um pouco da sua história.

Grêmio Maringá - Campeão Paranaense 1977
Paranaense de Colorado, João cresceu na vizinha Engenheiro Beltrão e viu o amor pela profissão de cabeleireiro aflorar quando serviu o exército e cortava o cabelo dos presos do quartel onde servia a pátria. Ele conta que serviu na Polícia do Exército (PE), em Brasília, em 1974, época da ditadura militar e sem nunca ter cortado o cabelo de ninguém acabou convocado para cortar o cabelo dos muitos presos políticos daquele quartel.

João Mari - Brasília/1974
Desde 1979 em Campo Mourão, quando veio para trabalhar no recem inaugurado Salão do Nelsinho, isso depois de ter se especializado na então única escola de cabeleireiros do Brasil, que funcionava na capital paulista, ele aqui formou e criou sua família. Os três filhos, todos mourãoenses, residem atualmente em Florianópolis.

Gislaine, Mariza e Elvis Mari
Palmeirense doente, João era presença constante nos ginásios de esportes na época em que eu jogava futsal. Bom de papo, ele pode ser encontrado diariamente em seu salão na rua Mato Grosso, pouco acima da Casablanca Videolocadora. Clique nas imagens para ampliar.

João Mari - Campo Mourão/2012

20 de março de 2012

O primeiro título estadual da Associação Tagliari

Demafra, Valmar, Clube dos Oficiais, Guarapuava, Nova Esperança e Associação Tagliari se reuniram em Paranavaí para decidirem a Taça Paraná de Futsal (a atual Chave Ouro). Recém completado 19 anos, fui convocado pelo Itamar Tagliari para pela primeira vez participar de uma competição adulta. Já era metido representando a cidade nas competições juvenis, imaginem jogando pela Associação Tagliari!

Itamar, que naquele ano se dividia entre jogador e treinador, sempre começava os jogos com Careca, João Miguel, Carlão, Rancho e Ione. Para mim parecia um time imbatível de tanto que meus companheiros jogavam. Do banco eu mais parecia um torcedor, mas quando convocado entrava e não fazia feio. Na primeira partida, diante dos maringaenses da Valmar, entrei e levei uma pancada do meu amigão Astério (que jogava firme como poucos) que até hoje quando a bola bate na canela, lembro dele. Levantou um hematoma tão grande, que um repórter de rádio que veio me entrevistar no banco levou um susto e fiquei com a impressão que ele ficou com dó.

E o time que para mim parecia imbatível, acabou causando a mesma impressão nos adversários e na torcida que todos os dias lotava o ginásio Lacerdinha. Bastava entrar no ginásio e lá estava eu ‘espichando as orelhas’ para ouvir os elogios e palavras de admiração. Mas também ouvia que a decisão de verdade seria diante do time da casa, o Demafra, que contava com Dilvo, Divanei e Carmo, craques que eu aprendera a admirar tanto quanto eu admirava os meus companheiros de equipe.

A partida aconteceu na penúltima rodada e, para minha vaidade, com um gol meu e outro do Gilmar Fuzeto -- ambos éramos os imediatos do treinador mourãoense -- vencemos por 3 a 1 e convencemos torcedores e adversários que dificilmente deixaríamos escapar o nosso primeiro título estadual. No domingo pela manhã, de um distante dezembro de 1979, jogando pelo empate, vencemos com certa facilidade o Clube dos Oficiais de Ponta Grossa e comemoramos como nunca.

Comemoramos no ginásio, com reconhecimento de toda a torcida paranavaiense, na viagem de volta e, principalmente, em Campo Mourão, onde uma grande caravana de carros nos aguardava e nos acompanhou em desfile por toda a cidade. No ano seguinte, em Guarapuava, conquistamos o bicampeonato.

Abaixo, foto da equipe campeã. Clique nela para ampliar.

em pé (da esq. para a direita): Seu Értile, Itamar Tagliari, Gastão, Ivando "Rancho" Capato, Ione Sartor e Pedro Ivo Szapak
 agachados: João Miguel Baitala (in memorian), Paulo Gilmar Fuzeto (com Carlinhos Tagliari), Luizinho Ferreira Lima, Carlão Tagliari (com Flavinho Tagliari Bisol) e Alvaro "Careca".