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21 de junho de 2022

Campo Mourão Futsal - JAP`s em Arapongas/1977

Do álbum do David Cardoso, foto mostra Seleção de Campo Mourão de futsal que participou dos Jogos Abertos do Paraná, de 1977, em Arapongas. 

Rancho, Carlão, Ione, Itamar e Beline integravam a Seleção Mourãoense que dois anos antes, em Paranavaí, conquistaram pela primeira vez uma edição dos Jogos Abertos. 

Nesta edição, em Arapongas, se não me engano, a equipe mourãoense foi eliminada na semifinal pelo tradicional rival Maringá (o que aconteceu com o futsal maringaense????)

Campo Mourão Futsal - Jogos Abertos do PR - Arapongas/1977
em pé (da esq. para a direita): José Carlos, Ivando "Rancho" Capato, David Miguel Cardoso, Gilberto Palaro, Carlos Álvaro Tagliari, Seu Értile (in memorian) e Zé Rosa (In memorian)
agachados: Ione Paulo Sartor, Itamar Agostinho Tagliari, Henrique "Bode" Galbier (in memorian), Mario Izugue e Antonio Admir "Beline" Fuzeto


2 de junho de 2022

Com o craque Falcão em Maringá (2012)

Em 2012, participamos da reinauguração do ginásio de esportes Chico Neto, em Maringá. Veteranos do futsal de Campo Mourão e de Maringá fizeram a preliminar da Seleção Maringaense contra o Santos FC, onde atuava o craque Falcão. 

A foto mostra eu e o Ricardo Graboski ao lado do melhor jogador de futsal de todos os tempos. Demos umas dicas para ele nesse dia e jogador ficou ainda melhor (hehe). 

Antes de abandonar as quadras, em 2018, Falcão foi eleito quatro vezes o melhor jogador do mundo pela FIFA.

Alessandro Rosa Vieira, o Falcão, Irineu Luiz Ferreira Lima e Ricardo José Graboski
Maringá/PR - 2012



6 de julho de 2015

Triste! ACMF rebaixada...

No último sábado, dia 5, goleada por 5 a 0 sofrida diante do Copagril, de Marechal Cândido Rondon, decretou o rebaixamento da Associação Campo Mourão Futsal (ACMF) para a segunda divisão do futsal paranaense. 

Momento muito difícil para todos que amam a modalidade e sabemos que sempre foi a preferida dos mourãoenses. Passei o domingo pensando como será o 2016 para a ACMF.  Como conseguir apoio para um time disputar a segunda, se para a primeira a ajuda já é muito pouca?

Sou daqueles que entende que a prefeitura deve ajudar apenas com a estrutura esportiva já existente na cidade e apoio financeiro apenas para o básico, como transporte local. Como a modalidade é profissional, o time tem que fazer jus a isso. Dinheiro deve vir da iniciativa privada. E é aqui que vejo nosso principal defeito: somos todos críticos, apontamos erros, mas poucos de nós colaboram para o sucesso do time. Pior: somos os primeiros a ir ao ginásio para criticar diretoria, comissão técnica e jogadores.

Lembro de episódio em que a Coamo investiu na modalidade, representava muito bem nossa cidade na primeira divisão, e numa final ou semifinal contra Pato Branco perdemos o confronto  no ginasinho JK e a torcida em vez de apoiar a equipe, que ano a ano vinha melhorando de posição, começou a xingar os jogadores e criticar a diretoria pela derrota. Sentado perto, vi a decepção de alguns dos dirigentes da Coamo. Não preciso dizer que o apoio acabou por ali mesmo. E eu era daqueles que tinha certeza que a equipe, que tinha o professor Gilmar Fuzeto à frente, seria campeã estadual logo, logo. 

Outro episódio que presenciei e que mostra bem como se comporta pessimamente o mourãoense ocorreu durante a fantástica campanha da ADAP que terminou o Estadual de futebol em segundo lugar: Sentado perto de um médico e de um engenheiro agrônomo no Estádio RB, vi os dois passarem um jogo inteiro xingando jogadores da equipe mourãoense. Aliás, a dupla xingou alguns atletas desde o momento que entraram em campo para o aquecimento. A ADAP foi embora da cidade em seguida!

Voltando ao futsal. A modalidade é mesmo muito cara,  mas é preciso nos unirmos para que voltemos a ser grande. Criticar e apontar erros é muito fácil, mas isso deveria ser permitido apenas aqueles que de alguma colaboram com o time (prestem atenção como os que mais criticam no ginásio são alguns que ganharam o ingresso para lá estarem...).

Como vamos voltar a ser uma equipe vencedora, que entre para disputar o título se todos não se unirem para tal?

19 de junho de 2015

Tagliari Futsal na Taça Brasil de 1981, em Cuiabá

Há poucos dias postei matéria sobre a pescaria do Ione e do Carlão em Cuiabá, em 1981, quando por lá estivemos participando da Taça Brasil de Clubes Campeões de Futsal. Hoje, posto novamente matéria de 2005, publicada originalmente no semanário Entre Rios, onde conto outras passagens que me marcaram durante nossa estada na capital matogrossense. 

Amigos gostaram da resenha da semana passada, sobre a Taça Brasil de Clubes Campeões de Futsal, em 1981, em Cuiabá. Além do fato de ficarmos entre os seis primeiros colocados, guardo ótimas lembranças do evento e, especialmente, dos amigos que representaram muito bem nossa cidade.
 
Alegria maior foi perceber, logo no jogo de abertura do campeonato, que a nossa torcida era igual ou maior do que a do time da casa. Muitos mourãoenses moravam naquela região e não perderam a oportunidade de torcer pelo nosso time. Lembro-me bem dos amigos Valmor Barato e Ricardo Grabowski, que hoje já moram novamente em Campo Mourão, e da família Beccari que acompanharam todos os nossos jogos.
 
Ricardo Grabowski e
Itamar Tagliari
Junto conosco foi quase toda a família Tagliari: Dona Íris, Sônia Tagliari, a doce Maria José (falecida esposa do Itamar) e seus filhos, Lislaine, Itamarzinho e Carlinhos.
 
Seu Erny Simm também foi. Ele era nosso torcedor mais fervoroso, mesmo não enxergando nada do que ocorria na quadra (estava praticamente cego).
 
O querido Seu Erny acompanhava nossos jogos sempre ao lado de seu acordeão, que era tocado com entusiasmo, nas vitórias ou nas derrotas. Quem assistisse ao jogo ao lado dele narrava o que acontecia na quadra e ele vibrava como se enxergasse tudo. Muito amigo de meu pai, ele torcia muito por mim e a cada gol nosso perguntava: "Foi gol do Luizinho?"
 
Valmor Barato e meu
mano Walmir
Além da quase tragédia na pescaria do Ione e do Carlão, narrada na resenha da edição passada, uma outra quase aconteceu com todas as delegações: no final do dia fomos alertados, pela portaria do hotel, para descermos pelas escadarias porque um apartamento estava pegando fogo e era preciso evacuar todo o prédio. Com a energia elétrica desligada, apavorados, mas sem atropelos, descemos os dez andares e, em frente ao hotel, acompanhamos os trabalhos dos bombeiros que, competentemente, apagaram um pequeno principio de incêndio, numa cesta de lixo, no banheiro do apartamento da delegação de Amazonas. No mesmo momento em que percebemos que o Carlão Tagliari não estava conosco, ele surgiu na portaria, entre os bombeiros, carregando todo o nosso uniforme, até na boca ele carregava um cabide. Na volta ao hotel encontramos algumas camisas caídas nas escadas. 
 
Na primeira fase jogamos contra Tachinhas-MS (4 a 1), Corinthians-SP(2 a 2), Internacional-RS (1 a 3) e, por último, o Colegial de Florianópolis (5 a 2), sendo que ao final desse confronto com os catarinenses eles não permitiam que cobrássemos um pênalti, agrediram o árbitro e pegaram uma das maiores penas que uma equipe de futsal já recebeu.
 
Ney Pereira, ex-técnico da Seleção Brasileira
de Futsal, um dos craques do Monte
Sinai que enfrentamos em Cuiabá
Na sede campestre do hotel, à beira do Rio Cuiabá, fazíamos nossas refeições, onde enfrentávamos longa fila para comer uma comidinha apenas razoável. O Monte Sinai-RJ, campeão brasileiro do ano anterior, só chegou a Cuiabá para a segunda fase (estávamos lá há mais de dez dias).

Os cariocas, malandramente, na primeira refeição deles, convenceram ($$$) os garçons para servi-los em suas mesas. Nós na fila dando risadas dos espertos e eles rindo da nossa ingenuidade. O primeiro garçom passa direto e coloca uma enorme bandeja de arroz na mesa dos cariocas. Espanto geral! Antes do primeiro jogador do Rio de Janeiro se servir, a bandeja foi completamente coberta com açúcar por um atleta paraibano e as mesas deles foram cercadas por todos que estavam na fila, inclusive eu, mas especialmente os nordestinos, que ordenaram que eles entrassem no fim da fila e se servissem como todos.
 
Naquela noite, eles estrearam empatando conosco. Acabaram bicampeões invictos após vencerem todas as outras partidas e conquistaram a todos com seu futsal e simpatia, que parece ter surgido graças aos nordestinos.

29 de maio de 2015

Campo Mourão Futsal - 1974

Na recém inaugurada Cancha Tagliari, a seleção mourãoense posa para foto minutos antes de amistoso preparatório para os Jogos Abertos do Paraná de 1974.

Destaque para Seu Itachir, “paitrocinador” e, por isso mesmo, um dos principais responsáveis pelo destaque alcançado pelo nosso futsal, e também para o mascote da equipe, Márcio Nunes, atual deputado estadual por nossa cidade. 


Em pé: Itachir Tagliari (in memorian), Gordinho 'Drogacid', James Klank, Gilmar Fuzeto, Itamar Tagliari, Louri da Silva e Juacir Piacentini.
Agachados: Márcio Nunes, “Beline” Fuzeto, Fernando “Japonês” e Carocinho. 

Publicado originalmente no semanário Entre Rios, em junho de 2006

6 de fevereiro de 2015

Associação Tagliari na Taça Brasil de Clubes Campeões - 1980 no Rio Grande do Norte

Disputei a primeira Taça Brasil de Clubes Campeões em 1980, na cidade de Currais Novos, interior do Rio Grande do Norte. Infelizmente não passamos da primeira fase numa chave que classificou o Álvares Cabral do Espírito Santo e contava ainda com uma equipe da Bahia e outra da Paraíba.

Carlão Tagliari com a esposa Lori e a filha Carla
Perdemos, mas aprendemos muita coisa que acabaria nos auxiliando na conquista do bicampeonato paranaense naquele mesmo ano e na ótima classificação na Taça Brasil do ano seguinte, quando acabamos entre os seis primeiros colocados do país.

O que mais aprendi, nessa minha estréia em eventos nacionais, não foi dentro da quadra e sim fora dela.      

Lisliane, Marilda (in memorian) e Itamar Tagliari
Como chegamos com alguns dias de antecedência, acabamos conhecendo bem a pequena e simpática Currais Novos, onde éramos a atração principal por sermos do sul do país. Numa pequena lanchonete nos deliciávamos com água de coco e um saboroso doce de leite caseiro. Era sagrado, após as refeições e os treinos  lá estávamos nós, sempre puxados pelos irmãos Carlão e Itamar Tagliari, tão amantes de doce como eu.

Na estréia, o Itamar machucou o joelho, impossibilitando-o de andar. De volta ao hotel, jantamos e nos preparamos para ir saborear as delicias da lanchonete, para afogar as dores da derrota contra os capixabas, quando o Itamar pede para o Carlão trazer uma água de coco e um doce de leite porque ele ficaria se tratando no hotel. O marido da Lori Pasinato não aceita de forma alguma e insiste para que ele nos acompanhe. Com muita dor, o pai da Lisliaine, diz que é melhor descansar. O enorme joelho, inchado como nunca tinha visto, para mim era argumento suficiente para deixá-lo sozinho, mas não para o Carlão, que o carregou no colo na ida na volta da lanchonete para nosso espanto e de todos que passavam.

Sempre que conto esta passagem, brinco que se fosse comigo, além de não ter força para carregar nenhum dos meus irmãos, ainda seria capaz de esquecer de comprar as guloseimas para eles. Lógico que é apenas brincadeira. Amo meus irmãos, assim como os Tagliari se amam!

Tenho enorme respeito e admiração por todos daquela família, da mesma forma que demonstra meu pai quando conta alguma coisa do seu Itachir Tagliari e sua família. 

Associação Tagliari  
Taça Brasil de Clubes Campeões - Currais Novos (RN) - 1980
da esq. para a direita: Gilmar Fuzeto, Zé Luiz (Pancho), Beline Fuzeto, Carlão Tagliari, Álvaro "Careca", Luizinho F. Lima e Paulinho

Publicada originalmente no semanário Entre Rios, em outubro de 2005.

3 de dezembro de 2014

A Associação Tagliari bicampeã paranaense em 1980

Associação Tagliari - Bicampeã da Taça Paraná de Futsal - 1980
em pé (da esq. para a direita): Itamar Tagliari, Augustinho Vecchi, Paulo Gilmar Fuzeto, Severo Zavadaniak, Raudilei Pereira, Silvio Carvalho Cintra, João Miguel Baitala (in memorian) e Itachir Tagliari (in memorian)
agachados: Antonio Admir "Beline" Fuzeto, Luizinho Ferreira Lima, Pedro Ivo Szapak, Ione Sartor e Carlos Alvaro Tagliari


Raudilei Pereira me enviou essa foto da Associação Tagliari que me deixou muito feliz e trouxe ótimas lembranças. Ela mostra a formação da Associação Tagliari com a qual conquistamos o bicampeonato paranaense ao vencermos a Taça Paraná de 1980 (atual Chave Ouro), que naquele ano foi disputada em Guarapuava (reveja mais abaixo um texto que publiquei no semanário Entre Rios e que conta um pouco dessa conquista).

Raudilei com a mamãe Santa
- dezembro/2013
No ano seguinte, em 1981, representamos o Paraná na Taça Brasil de Clubes Campeões, e ficamos entre os seis primeiros de todo o país disputando apenas com atletas de Campo Mourão. Raudilei foi um dos destaques na competição e lembro de termos perdidos para o Corinthians Paulista, recheado de atletas da Seleção Brasileira, apenas após o juiz elimina-lo de campo sem motivo algum. Se tivéssemos vencido aquela partida poderíamos ter terminado a competição entre os quatro melhores. Na primeira fase empatamos com time do Parque São Jorge em 3 gols, com o empate dos paulistas em gol irregular que só o bandeirinha viu. O Corinthians foi vice-campeão brasileiro aquele ano. 

Raudilei atualmente reside em Vilhena, em Rondônia, onde ganha a vida como sócio proprietário de uma distribuidora de cimentos. Ele me confidenciou que está se organizando para desfrutar a sua aposentadoria em nossa Campo Mourão.  

Fiquei feliz ao receber a foto por que sempre lamentei que não tinha nenhuma imagem daquela ótima formação da Associação Tagliari. Me parece que apenas o David Cardoso, outro goleiro da equipe, não participou dessa partida preparatória para a Taça Paraná, que foi realizada no ginasinho JK. Entre as crianças conosco na foto reconheci apenas o Flavinho e o Carlinhos Tagliari. Clique nela para ampliar.  

ASSOCIAÇÃO TAGLIARI – BICAMPEÃ PARANAENSE/1979-80
(publicada no Entre Rios, em março de 2006)

Chegamos a Guarapuava com a missão de manter o título de campeão, conquistado no ano anterior em Paranavaí. Alojamo-nos numa sala do próprio ginásio de esportes onde aconteceria a competição. Uma semana inteira de competição, uma semana toda de chuva e no alojamento não havia um só canto que não gotejasse.

Valmar de Maringá, Guarapuava, AABB e Transbussadori, ambas de Londrina, e Círculo Militar de Curitiba foram nossos adversários. Éramos as seis melhores equipes paranaenses sem dúvida alguma, com destaque para o Círculo Militar que contava com um jogador da Seleção Brasileira (Didu) e com uma estrutura de causar inveja até nos dias de hoje. Contrastando com nosso precário alojamento, eles se hospedaram no melhor hotel guarapuavano.

Época de muito amadorismo, nossa equipe contava apenas com o patrocínio da própria família Tagliari e, por isso, economizávamos em tudo que podíamos. E ainda contávamos com inconvenientes (na verdade, compromissos com seus empregos) que impediam que alguns de nossos atletas participassem desde o início da competição. Apenas nos dois últimos jogos contamos com a equipe completa (Hélio Ubialli, então funcionário do Banco do Brasil e apaixonado pela modalidade, conseguiu a liberação dos jogadores em seus empregos e ainda os levou até Guarapuava). 

Um a um os adversários foram sendo derrotados!

Quatro a dois sobre a Valmar (com três gols de sem-pulo do Ione, como só ele sabia fazer!) foi o resultado da nossa estréia. 

Tagliari e AABB de Londrina, que praticamente decidiu quem enfrentaria o Círculo Militar no jogo final, foi inesquecível. Perdíamos por três a um quando o Severo Zavadaniak, um dos que o Ubialli tinha liberado, entrou e, com quatro golaços, virou o jogo para cinco a três. Onde anda o Severo? 

No jogo final contra o Círculo Militar, vitória simples de qualquer uma das equipes daria o título para a vencedora. Empatando, a AABB de Londrina seria a campeã. (Um acordo de bastidores entre londrinenses e curitibanos, com a conivência da Federação, firmou-se que em caso de empate, uma melhor de três pontos seria disputado entre eles para definir o campeão estadual).

Não demos essa chance a ele! Vencemos por dois a zero (um meu, outro do Carlão Tagliari) e conquistamos o bicampeonato e o direito de disputar a Taça Brasil de Clubes Campeões, no ano seguinte em Cuiabá, onde fizemos ótima campanha e ficamos entre os seis melhores clubes do Brasil. Isso tudo com uma estrutura amadora, patrocínio familiar, muito amor à camisa e contando apenas com atletas locais.

Silvio Cintra, David Cardoso, João Miguel Baitala, “Beline” Fuzeto, Carlão Tagliari, Luizinho Ferreira Lima, Severo Zavadaniak, Raudilei Pereira, Ione Sartor e Itamar Tagliari participaram daquela conquista. E o Hélio Ubiali e todas as nossas famílias, é claro!

21 de novembro de 2014

"Se metidando' no torneio da Comcam

Na primeira vez que disputei um campeonato adulto de futebol de salão (futsal), pela Associação Tagliari, tive a felicidade de ser campeão paranaense.  Conquistamos, de forma invicta, a Taça Paraná (atual Chave Ouro), jogando contra as seis principais equipes do estado, em Paranavaí, em 1979. Eu era o mais novo da turma e, por isso mesmo, era protegido por todos. Jogar ao lado do Carlão Tagliari, Ione Sartor, Ivando “Rancho” Capato, Beline e Gilmar Fuzeto fazia com que as difíceis vitórias daquele campeonato não parecessem tão difíceis assim. E isso, claro, inflava ainda mais o meu ego, que não era pequeno!   

Ione Paulo Sartor e Ivando "Rancho" Capato
Já era difícil me aturar pelo simples fato de jogar pelo Tagliari, imaginem campeão paranaense, então! Amigos me diziam que eu jogava bem (confirmando o que eu também pensava! Sentiram a metidez?).

Luizinho F. Lima
Logo após nossa conquista, um torneio foi realizado em Araruna, aberto à participação de municípios da Comcam. Para quem tinha vencido a Demafra de Paranavaí, a Valmar de Maringá, o Clube dos Oficiais de Curitiba seria fácil ganhar das pequenas cidades vizinhas, assim pensei, e seria boa oportunidade para mostrar toda a minha qualidade. 

Na verdade, o evento era para mostrar ainda mais o Tagliari para região. Seria realizado de forma eliminatório para que um número maior de equipes enfrentasse-nos.

Carlão e Itamar Tagliari e Paulo Gilmar Fuzeto
Na quadra descoberta do único Clube de Araruna enfrentaríamos, na estréia, o time de Quinta do Sol. Quando entro no vestiário, mais metido que ganso novo, observo que alguns adversários usam tênis inapropriados para o futsal e, absurdo e engraçado, amarram o cadarço na canela.

Lógico que não gozei deles, mas no nosso vestiário não parava de ironizá-los. 

A torcida, que se espremia em volta da quadra, era toda para o adversário, que de cara abriram o placar. Com muito esforço, empatamos. Eles desempataram, nós empatamos. E foi assim até o final do jogo. Eles passavam na frente – sempre com gol daqueles que amarravam o cadarço na canela – e nós sofríamos para empatar. No final, vitória deles, por quatro a três, para delírio da maioria. 

Nunca mais julguei ninguém pela maneira de se trajar.

No final daquele ano, 1980, nos sagramos bicampeões paranaenses invictos.

[publicada originalmente no semanário Entre Rios, em outubro de 2005]

30 de outubro de 2014

Fertimourão Futsal - 1988

Foto mostra a formação da Fertimourão Futsal que participou do primeiro Campeonato Municipal de Futebol de Salão (atual Futsal) realizado em Campo Mourão.

Pela quantidade de cabelo que eu tinha na época, pelo tamanho da barriga do repórter Levi de Oliveira e do bigode do Gringo, a foto deve ser de 1988/89. Todos mudamos, mas uma coisa não muda nunca: o Foto Seki continua cobrindo os principais eventos da cidade, sejam eles esportivos, sociais, políticos...

Como não enxerguei o Futrika e nem o Santo Antônio lá atrás, nas arquibancadas, devemos ter ganho essa partida. A Mana e o Luís Carlos Eufrásio Prates eu achei.

Carlinhos Ribas
Nossa time era patrocinado pela Teorema Informática, uma empresa do Carlinhos Ribas (esse cidadão aí à direita) e do Tarjânio Tezelli.

Tarjânio reside atualmente em Dourados (MS), onde é conceituado professor do curso de direito da Universidade local.

Carlinhos reside em Guarapuava, onde parece que continua atuando no ramo de informática, mas dividindo seu tempo com seu amor pela criação de passarinhos. Logo que ele se mudou para cá, em meados dos anos 1980, fomos apresentados e ele me falou que já me conhecia. Como sou esquecido demais -- já fui chamado de metido por não cumprimentar alguns na rua-- perguntei de onde, já meio me desculpando, e ele contou, para minha vaidade, que tinha pedido e ganho a camisa da Associação Tagliari que usei na final da Taça Paraná de 1980, quando conquistamos o bicampeonato estadual de futsal lá em Guarapuava. Claro que nos tornamos grandes amigos, mas fico com vontade de pedir a camisa de volta (hehehe). Bons Tempos!

Associação Fertimourão Futsal - 1988
em pé: Levi de Oliveira (repórter), Tião Mauro, Marcelo Silveira, Renan Salvadori, Luizinho Ferreira Lima e Nestor "Gringo"

agachados: Nelson "Ticão" Bueno do Prado, Edilson Bizerra, Robson do Nascimento e Getulinho Ferrari (a criança é o Alexsandro, filho do Tuim)  
    

29 de outubro de 2014

Os pesadões. Vexame nos Jogos Abertos de 1986, em Paranaguá

Itamar Tagliari, Getulinho Ferrari e
Nelson "Ticão" Bueno do Prado
Defendendo as cores do futsal mourãoense apenas em uma oportunidade sofremos uma derrota por azar. Na decisão dos Jogos Abertos do Paraná (Jap´s), em 1987, aqui mesmo em Campo Mourão, quando perdemos por um a zero para Palotina.

Todas as outras derrotas, por mais que tentássemos achar uma desculpa, aconteceram por mérito dos adversários e algumas vezes por incompetência nossa. 

Nos Jap´s de Paranaguá, em 1986, depois de classificarmos na primeira fase com certa facilidade, começamos a segunda com derrota para Palotina e enfrentaríamos a seguir a equipe de Londrina que já havia vencido os palotinenses. Para classificarmos para as semifinais seria preciso que ganhássemos com dois gols de diferença.  

Flavio "Tostão"
Entre nós, os atletas, como motivação, a conversa era sempre que Londrina era muito forte, mas a diferença de gols não era difícil de conseguir. E não era mesmo! Mas o jogo começou e quem abriu uma diferença de dois gols foram os londrinenses, deixando-nos com uma missão, daí sim, praticamente impossível de alcançar. Perdemos o jogo (exatamente pela diferença que deveríamos fazer) e acabamos proporcionando um momento muito engraçado para o público que lotava o Ginásio: falta contra nós, estou ao lado do árbitro orientando a armação de nossa barreira quando ouço o barulho de algo quebrando, era nosso banco de reservas que, não suportando o peso dos nossos suplentes, quebrou deixando todos de pernas para o ar, com exceção do Itamar Tagliari que foi rápido e se levantou antes que o Ticão (Nelson Bueno do Prado) e companheiros se estatelassem no chão.

Só não fiquei com mais vergonha porque já tinha sido obrigado a acompanhar nosso ótimo goleiro,  Tostão (Flávio, de Araruna), na sua primeira visita ao mar, estreando seu conjunto de bermuda preta com coqueirinhos brancos e camiseta regata branca com coqueiros pretos. É Mole?

Publicada originalmente no Semanário Entre Rios, em outubro de 2005

24 de setembro de 2014

Duplo WO no futsal. Uma derrota difícil de digerir...

Luizinho, Getulinho e Tuim, em foto de 2011,
personagens deste WO
Quando percebi estávamos, eu e mais quatro companheiros, encurralados no vestiário, com os jogadores e dirigentes beltronenses pedindo que devolvêssemos o uniforme que eles haviam acabado de nos emprestar.

Depois de alguns minutos de discussão, devolvemos todo o fardamento - como diria o Paulão, do Clube dos Trinta-. Era deles e, assim como tinham cedido, tinham o direito de pedi-lo de volta, ainda mais que se não entrássemos em quadra, para decidir a fase regional do futsal dos Jogos Abertos do Paraná de 1992, quem representaria a região na fase final dos Jap´s seria a própria equipe de Engenheiro Beltrão, que ganhara a decisão do terceiro lugar por WO (Campina da Lagoa não compareceu).

Ginásio de Esportes de Mamborê
Incrível é que nem a equipe da casa estava no ginásio para a decisão. No minuto seguinte à aplicação do DUPLO WO (não comparecimento de ambas as equipes) chegam os nossos atletas restantes com o uniforme e, também, toda a equipe mamboreense e um grande número de torcedores, que se multiplicaram instantaneamente e não aceitavam de maneira alguma a medida dos dirigentes da Paraná Esporte.

Depois de muita confusão, decidiram voltar atrás e realizar a decisão, acalmando o ânimo de todos. Ganhamos com facilidade!

Antes que pudéssemos comemorar, ainda na entrega das medalhas, o prefeito de Mamborê nos alerta que o jogo fora realizado apenas para evitar uma confusão maior e que o duplo WO era o resultado definitivo. E, assim o foi!

Recorremos na Justiça Desportiva, mas perdemos. Lá, ainda fomos acusados de não termos os documentos pessoais para podermos jogar, o que não era verdade. (Um dia ainda vou contar como perdemos nossas testemunhas na Rua XV, em Curitiba. hehe)

Desde então, INTELIGENTEMENTE, a Paraná Esporte marca os jogos com intervalos de 60 minutos entre um jogo e outro, independente dele ocorrer ou não (Naquela época o intervalo era de 15 minutos, o que proporcionava muitos WO).

Tempos depois descobri que o coordenador da modalidade naquele regional, Bianchi, infelizmente já falecido, que era de Campo Mourão, tinha problemas pessoais com alguns dirigentes mourãoenses e, que tinha sido ele quem alertara aos beltroneneses que com o duplo WO, eles é que disputariam a fase final.

Publicado originalmente no semanário Entre Rios, em outubro de 2005.

29 de agosto de 2014

Arcam conquista o futsal dos Jogos Interclubes de Campo Mourão 2014

Arcam - Interclubes de Campo Mourão 2014 - Campeão Futsal 
Fotos do Ilivaldo Duarte mostram as equipes da Arcam e do Clube dos Trinta que decidiram a modalidade de futsal da edição 2014 dos Jogos Interclubes de Campo Mourão.

O time da Associação dos funcionários da maior cooperativa agropecuária da América Latina 'se vingou' da derrota sofrida na decisão do ano passado e conquistou o título com um convincente 4 a 1. 

Clubes dos Trinta - Interclubes de Campo Mourão 2014 - vice-campeão
em pé (da esq. para a direita): Hyago, Paulão, André, Paulo "Nico", Robertinho, Silva, Luizinho e Lambari
agachados: Clécio, Ivo, Fusca, Silvinho, Getulinho e Celsão (as crianças são os gêmeos do Fusca)
Muito bom rever velhos amigos dos tempos em que os ginásios mourãoenses lotavam com os vários campeonatos que eram realizados todos os anos. 

Getulinho, Luizinho, Robertinho e Fusca - Interclubes 2014
Neste sábado, com as disputas do futebol suíço, na sede da Arcam, termina o Interclubes, a principal competição poliesportiva da cidade. 

22 de agosto de 2014

Campo Mourão Futsal - Torneio Inter Seleções em Maringá - 1977


Campo Mourão Futsal - 1977 - Torneio Inter-Seleções em Maringá
em pé (da esq. para a direita): Carlão Tagliari, Ione Sartor, David Miguel Cardoso, Ivando "Rancho" Capato e Itamar Tagliari
agachados: Luizinho Tagliari, Custódio André Neto, Henrique "Bode" Galbier (in memorian) e Gilberto Palaro

Campo Mourão Futsal - 1977 - Torneio Inter Seleções em Maringá
em pé (da esq. para a direita): James Klank, Luizinho Tagliari, Carlão, Rancho e Louri da Silva
agachados: Antonio Admir "Beline" Fuzeto", David, Custódio e Ione

Dirceu Antônio Dalmaz, o Dirceu Pato, me enviou o material abaixo, pertencente ao acervo esportivo de Guarapuava, que registra um torneio inter seleções de futsal que foi realizado em Maringá, em 1977. 

Os recortes, do jornal "O Jornal de Maringá", mostram duas formações mourãoenses que competiram em quadras maringaenses e o sucesso do representante de Guarapuava.

As fotos acima foram recortadas das reportagem e perderam muito da qualidade, mas dá para perceber a presença de vários craques mourãoenses. Clique nelas para ampliar.




Dirceu "Pato" Antônio Dalmaz
Dirceu Pato foi jogador profissional de futebol -- lembro dele como lateral direito de sucesso do Pinheiros, clube curitibano que se fundiu com o Colorado para dar origem ao Paraná Clube.

Mantive contato com ele, sem saber que era o ex-jogador, em busca de material sobre a conquista que tivemos em Guarapuava, em 1988, quando lá conquistamos o título de campeões dos Jogos Abertos do Paraná. Não temos nenhuma foto tirada em quadras guarapuavanas.

Bem depois de contatá-lo, como Dirceu Antonio Dalmaz, e trocarmos e-mails, é que descobri quem se tratava. Agora ele teve a gentileza de enviar esse material precioso. Aproveito para agradecê-lo.

21 de agosto de 2014

Associação Tagliari Futsal- Campeão Paranaense Fraldinhas

Do álbum do meu primo Aguilar de Lima Fabri, foto de meados dos anos 1980 mostra uma formação da Associação Tagliari que participou duma edição da Taça Paraná de Futsal - Categoria Fraldinhas.

Lembro muito bem do ginasinho JK lotado para torcer para a equipe do técnico Itamar Tagliari e de vê-los serem campeões por anos e anos.

Flavinho, Carlinhos e Ferruginha defenderam a equipe adulta de Campo Mourão com muitas conquistas. Os outros, bobinhos!, seguiram carreira de médicos, advogados...Se bem que o Carlinhos Tagliari estudou bastante e atualmente é juiz de direito no interior paulista. 

Logo atrás da equipe mourãoense, aparece a cabeça do repórter Antonio Miguel, o Formigão, que atuava pela Rádio Colmeia AM e entendia como poucos de jornalismo esportivo e não perdia a chance se sair nas fotos com as equipes. Ele faleceu precocemente quando atuava pela Rádio Paiquerê de Londrina. Clique na imagem para ampliar.

Associação Tagliari - Campo Mourão\PR -
em pé (da esq. para a direita): Erickson Chandoa, Flavinho Tagliari, Roberto Brezezinski, ..., Alcides Daleffe Aires, Carlinhos Tagliari, Fabiano Daleffe e Itamar Tagliari
agachados: Moacirzinho Porciúncula, Márcio Ney Wenceslau, ..., Djefferson "Ferruginha" Rossano, Aguilar de Lima Fabri e Alexsandro Angheben

7 de julho de 2014

Associação Tagliari em Ivaiporã - anos 1970

Nelson Bueno do Prado, o Ticão, esteve recentemente na sua Ivaiporã (a 132 km de Campo Mourão) e um de seus manos, ou seria cunhado?, lhe deu a foto abaixo, de um amistoso entre a Associação Tagliari e uma equipe local. 

De meados dos anos 1970 - época em que o campeoníssimo time mourãoense era presença certa em jogos amistosos e comemorativos por todo o Paraná. Todos queriam ver os craques do time da família Tagliari em ação - foto mostra o ivaiporaense Ubiranei Gudeiky, craque do futsal paranaense, ainda muito novinho entre o Carlão Tagliari e o Custódio. Se jogasse atualmente, em que a modalidade se tornou profissional, Bira ia ganhar muito dinheiro com certeza. Isso sem falar dos mourãoenses.  

Custódio, outro craque do nosso futsal, mas que sempre jogou por Maringá, deve ter sido o convidado de honra para essa partida. Nessa época ele ainda não tinha vindo trabalhar em Campo Mourão -- atuou anos por aqui como gerente da Pneumar --. 

Itamar, Louri, Carlão, James e Beline era uma das formações mais clássicas da Associação Tagliari. Quantas vezes vibrei com eles em quadra. Bons tempos! Clique na imagem para ampliar.  

Associação Tagliari em Ivaiporã - anos 1970
(da esq. para a direita): Itamar Tagliari, Louri da Silva, Carlão Tagliari, Custódio, James Klank e Beline
(só identifiquei os mourãoenses)

11 de junho de 2014

Getulinho, Fusca e Marcelo Silveira, os cabeções

Fusca
Getulinho Ferrari, Marcelo Silveira e Erivelton “Fusca” têm em comum a enorme dimensão de suas cabeças e as constantes felicidades que a vida lhes proporciona: 

O Fusca foi abençoado há pouco tempo com filhos trigêmeos perfeitos e lindos. 

O doutor Marcelo (que tem o “privilégio” de contar com a maior cabeça dos três - para vocês terem uma ideia, os bonés do Getulinho ficam apertadíssimos nele) é dono da maior presença de espírito que já vi e também tem uma família maravilhosa (Benção, Dona Neile!) e foi o melhor atleta que nossa cidade já teve. Fosse qual fosse o esporte, lá estava o Marcelo se destacando. No futsal, foi o parceiro mais inteligente com quem joguei!

Toda essa introdução foi para poder falar do Getulinho, outro polivalente que se destacou em vários esportes. Entre nós seu apelido sempre foi Nenê, para muitos é o Cabeção. Ele faz jus ao apelido, a cabeça realmente é enorme e, para nossa sorte, cheia de sabedoria e inteligência.

Getulinho
Ele descobriu, não sei com qual serventia, que misturando as letras de argentinos forma-se a palavra ignorantes.

Depois de perdemos um jogo numa fase da Taça Paraná de Futsal, achávamos que não tínhamos chance de classificação restando apenas uma partida para jogar, numa etapa que classificava apenas duas equipes. Pois o Getulinho fuçou o regulamento e encontrou uma falha que, no entender dele, se ganhássemos por um a zero, e apenas por um a zero, embolaríamos a chave de uma forma que obrigaria a Federação a classificar as três equipes empatadas.

Marcelo Silveira
Abrir o placar não foi tão difícil quanto manter o resultado!

Para irritação e surpresa dos adversários, que não entendiam nossa comemoração no final, mantivemos o resultado e acabamos classificados para a fase seguinte. 

Esta foi uma de muitas vezes que a inteligência do Getulinho nos ajudou.

A única coisa que ninguém entende é como foi que ele caiu nessa de que é um bom negócio plantar soja no arenito. 

Publicada originalmente no semanário "Entre Rios", em novembro de 2005

29 de maio de 2014

Dirlei, Sandro Davanço e Marquinhos da Mecânica - Amambai/MS - anos 1990

Do álbum do Dirlei Alves, foto mostra ele ao lado do Sandro Davanço e do Marquinhos (Marcos Henrique Martins) da Mecânica, em Amambai/MS, onde disputavam a Copa Morena de Futsal.

Dirlei e Sandrinho são dois ótimos jogadores do nosso futsal e, ao lado do Robertinho Leitner e do Ubiranei, eram sempre muito requisitados para disputas na região e em outros estados. Marquinhos foi um dos grandes incentivadores da modalidade nos anos 1980 e 90. Clique na imagem para ampliar.

Dirlei, Sandro e Marquinhos - Amambai/MS

28 de maio de 2014

1979. Ano do primeiro título estadual da Associação Tagliari

Demafra, Valmar, Clube dos Oficiais, Guarapuava, Nova Esperança e Associação Tagliari se reuniram em Paranavaí para decidirem a Taça Paraná de Futsal (a atual Chave Ouro). Recém completado 19 anos, fui convocado pelo Itamar Tagliari para, pela primeira vez, participar de uma competição adulta. Já era metido representando a cidade nas competições juvenis, imaginem jogando pela Associação Tagliari!

Astério me 'socorrendo' na minha
despedida de solteiro - abril de 1980 
Itamar, que naquele ano se dividia entre jogador e treinador, sempre começava os jogos com Careca, João Miguel, Carlão, Rancho e Ione. Para mim parecia um time imbatível de tanto que meus companheiros jogavam. Do banco eu mais parecia um torcedor, mas quando convocado entrava e não fazia feio. Na primeira partida, diante dos maringaenses da Valmar, entrei e levei uma pancada do meu amigão Astério (que jogava firme como poucos) que até hoje quando a bola bate na canela, lembro dele. Levantou um hematoma tão grande, que um repórter que veio me entrevistar no banco levou um susto e fiquei com a impressão que ele ficou com dó. 

E o time que para mim parecia imbatível, acabou causando a mesma impressão nos adversários e na torcida que todos os dias lotava o ginásio Lacerdinha. Bastava entrar no ginásio e lá estava eu ‘espichando as orelhas’ para ouvir os elogios e palavras de admiração. Mas também ouvia muito falarem que a decisão de verdade seria diante do time da casa, o Demafra, que contava com Dilvo, Divanei e Carmo, craques que eu aprendera a admirar tanto quanto eu admirava os meus companheiros de equipe. 

Devaney, Sopinha, Loiry, Perigoso e Carmo, craques do Demafra/Pvaí 
A partida aconteceu na penúltima rodada e, para minha vaidade, com um gol meu e outro do Gilmar Fuzeto -- ambos éramos os imediatos do treinador mourãoense -- vencemos por 3 a 1 e convencemos torcedores e adversários que dificilmente deixaríamos escapar o nosso primeiro título estadual. No domingo pela manhã, de um distante dezembro de 1979, jogando pelo empate, vencemos com certa facilidade o Clube dos Oficiais de Curitiba e comemoramos como nunca. 

Comemoramos no ginásio, com reconhecimento de toda a torcida paranavaisense, na viagem de volta e, principalmente, em Campo Mourão, onde uma grande caravana de carros nos aguardava e nos acompanhou em desfile por toda a cidade. No ano seguinte, em Guarapuava, conquistamos o bicampeonato.

Abaixo, foto da equipe campeã (clique nela para ampliar). 
Associação Tagliari - Campeã Paranaense de 1979
em pé (da esq. para a direita): Seu Értile, Itamar Tagliari, Gastão, Ivando "Rancho" Capato, Ione Sartor e Pedro Ivo Szapak
agachados: João Miguel Baitala (in memorian), Gilmar Fuzeto (com o sobrinho Carlinhos Tagliari), Luizinho Ferreira Lima, Carlão Tagliari (com o sobrinho Flavio Tagliari Bisol) e Álvaro "Careca" 
(Publicado originalmente no semanário Entre Rios, em 2005)


A VII Taça Parana de futebol de Salão teve sua fase final na cidade de Paranavaí entre os dias 12 a 16 de dezembro de 1979 contando com a participação das seguintes equipes: Demafra/Paranavaí, Associação Tagliari/Campo Mourão, Juventus/Guarapuava, Valmar/Maringá, Clube dos Oficiais/Curitiba, que substituíram Bussadori/Londrina e Círculo Militar/Curitiba respectivamente.

Classificação:
1º - Associação Tagliari/Campo Mourão
2º - Capeletti/Ponta Grossa
3º - Demafra/Paranavaí
4º - Valmar/Maringa
5º - Juventus/Guarapuava
6º - Clube dos Oficiais/Curitiba

Alguns Resultados:
Valmar/Maringá 3 x 0 Juventus/Guarapuava
Demafra/Paranavaí 4 x 2 Juventus/Guarapuava
Juventus/Guarapuava 3 x 1 Capeletti/Ponta Grossa
A. Tagliari/Campo Mourão 3 x 2 Valmar/Maringá
Demafra/Paranavaí 4 x 2 Clube dos Oficiais/Curitiba
Capeletti/Ponta Grossa 1 x 1 A. Tagliari/Campo Mourão
A. Tagliari/Campo Mourão 4 x 2 Clube dos Oficiais/Curitiba

Demafra/Paranavaí 1 x 1 Valmar/Maringá

16 de maio de 2014

Vanderley Tagliari, o Carijó

Os irmãos Tagliari: Carlão, Luizinho, Vanderley (in memorian) e Itamar
Campo Mourão - anos 1970
Meados dos anos setenta. A Associação Tagliari participava de torneios de futsal em todo o Paraná, sempre como atração principal, pelo bom futsal (naquela época, futebol de salão), conquistas e, principalmente, pela disciplina de seus atletas, exigência maior da família Tagliari a todos que participavam da equipe.

Pela primeira vez, eu, com dezesseis anos, jogaria pela equipe adulta, participando de um torneio em Jandaia do Sul. Nosso jogo estava programado para as 19 horas. Para evitar contratempo na estrada saímos de Campo Mourão às 16 horas, já que o trânsito daqui até Maringá e, principalmente, de lá até Jandaia era muito perigoso e complicado, sempre em pista simples, passando por ali todo o trafego que ligava o Norte do Estado à capital e ao porto de Paranaguá.  

Lanchamos na estrada e chegamos a Jandaia do Sul com meia hora de antecedência ao horário do nosso jogo. Mas, para desespero do Itamar, que era o treinador e também jogador, esquecemos o uniforme na casa dele. Depois de pedir uma ligação para Campo Mourão – era preciso solicitar, via telefonista, as ligações interurbanas e, às vezes, elas demoravam ou até mesmo não se concretizavam-, ele, Itamar, conseguiu falar em casa e pediu para o Vanderley levar o uniforme e também o Romeuzinho, hoje proprietário da Casablanca Vídeo, que não pode ir conosco por causa de seu horário de trabalho como bancário. Itamar frisou bem para o Carijó que não precisa muita pressa porque nosso jogo tinha sido mudado para o terceiro jogo da noite e, portanto, teria tempo suficiente para ele chegar até lá. 

Vanderley cumpriu em parte o trato com o Itamar. Uniforme chegou completo e dentro do horário, ou melhor dizendo, antes do horário. Chegou antes de terminar o primeiro jogo. Quem chegou sem condições nenhuma de jogar foi o Romeuzinho, que repetia sem parar: nunca mais viajo com o Vanderley... 

Fazer o trajeto de Campo Mourão a Jandaia em 45 minutos, nos dias de hoje, mesmo com as pistas duplas e seguras, é praticamente impossível, naquela época então! 

Naquela noite, jogamos, vencemos e ainda contamos com o apoio do entusiasmado Vanderley e de toda a torcida jandaiense.

(Vanderley faleceu aos 59 anos, em 2007, depois de lutar contra um câncer, deixando de luto familiares e amigos. Saudades!) 

[Publicada originalmente no semanário Entre Rios, em 2005]      
    

12 de maio de 2014

Os mourãoenses pesadões nos Jogos Abertos do Paraná, em Paranaguá/1986

Defendendo as cores do futsal mourãoense apenas em uma oportunidade sofremos uma derrota por azar. Na decisão dos Jogos Abertos do Paraná, em 1987, aqui mesmo em Campo Mourão, quando perdemos por um a zero para Palotina.

Todas as outras derrotas, por mais que tentássemos achar uma desculpa, aconteceram por mérito dos adversários e algumas vezes por incompetência nossa. 

Nos Jap´s de Paranaguá, em 1986, depois de classificarmos na primeira fase com certa facilidade, começamos a segunda com derrota para Palotina e enfrentaríamos a seguir a equipe de Londrina que já havia vencido os palotinenses. Para classificarmos para as semifinais seria preciso que ganhássemos com dois gols de diferença.  

Ricardo Grabowski, Itamar Tagliari, Getulinho Ferrari e Nelson "Ticão" Bueno do Prado
Maringá/2011 - Na reinauguração do ginásio Chico Neto

Flávio "Tostão
Entre nós, os atletas, como motivação, a conversa era sempre que Londrina era muito forte, mas a diferença de gols não era difícil de conseguir. E não era mesmo! Mas o jogo começou e quem abriu uma diferença de dois gols foram os londrinenses, deixando-nos com uma missão, daí sim, praticamente impossível de alcançar. Perdemos o jogo (exatamente pela diferença que deveríamos fazer) e acabamos proporcionando um momento muito engraçado para o público que lotava o Ginásio: falta contra nós, estou ao lado do árbitro orientando a armação de nossa barreira quando ouço o barulho de algo quebrando, era nosso banco de reservas que, não suportando o peso dos nossos suplentes, quebrou deixando todos de pernas para o ar, com exceção do Itamar Tagliari que foi rápido e se levantou antes que o Ticão e companheiros se estatelassem no chão.

Só não fiquei com mais vergonha porque já tinha sido obrigado a acompanhar o Tostão (Flávio, de Araruna), na sua primeira visita ao mar, estreando seu conjunto de bermuda preta com coqueirinhos brancos e camiseta regata branca com coqueiros pretos. É Mole?

(Publicado originalmente no extinto semanário Entre Rios, em outubro/2005).