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20 de maio de 2015

Conheça a planta que cresce onde há diamantes

Até agora, todas as vezes que os cientistas encontraram a planta, encontraram também kimberlito, que pode abrigar diamantes
Ela é cheia de espinhos, parece uma palmeira e pode chegar a 10 metros de altura.

Mas a Pandanus candelabrum - uma planta identificada recentemente na Libéria - tem uma característica singular: aparentemente, só cresce em zonas onde há chaminés de kimberlito, formações rochosas de origem vulcânica que podem abrigar grandes quantidades de diamantes.

"Na Libéria - pelo menos - temos descoberto uma relação um para um: cada vez que encontramos a planta, encontramos kimberlito", disse à BBC Mundo Stephen Haggerty, geólogo da Universidade Internacional da Flórida, em Miami, nos Estados Unidos, e autor do estudo publicado na Economic Geology.

Haggerty acredita que a planta se adaptou a esses terrenos porque contém níveis elevados de magnésio, potássio e fósforo que constituem um "fertilizante muito bom".

Mas encontrar essa planta significa descobrir um tesouro?

Segundo Haggerty, as amostras não são estatisticamente significativas para fazer uma afirmação tão contundente.

Além disso, acrescenta, há outros requisitos fundamentais que precisam estar presentes.

"Os diamantes estão restritos geologicamente. Só se encontram nas regiões mais antigas da crosta terrestre [em partes da África, Canadá, Sibéria, Brasil]", destaca o pesquisador.

E a família desta planta aparece em regiões tropicais e subtropicais.


"Então, só se esses dois elementos se combinam existe a possibilidade de se achar kimberlito e, se você encontra kimberlito, há chances de encontrar diamantes" acrescenta.

As chaminés de kimberlito são raras. Das mais de 6.000 que se conhece, cerca de 600 contém diamantes. E, dessas, apenas 60 contém diamantes em quantidade necessária para justificar o custa da extração, esclarece o cientista.

Benefícios
A descoberta tem o potencial de mudar radicalmente a forma como se faz prospecção para buscar diamantes.

Detectar um indicador de sua presença em superfície demanda menos trabalho e custo menor.

"Poderia ser [um método] particularmente útil em lugares como a Amazônia, onde a floresta é muito frondosa e onde é preciso escavar muitos metros antes de ver se há kimberlito", disse Haggerty.

E, para os países da África que passaram por guerras e foram assolados pela epidemia do ebola, destaca Steven Shirey, geólogo especializado em diamantes do Instituto Carnegie para a Ciência, nos EUA, a exploração mineral das chaminés de kimberlito pode oferecer benefícios econômicos sem gerar grandes danos ambientais, já que este tipo de minas - estreitas e verticais - têm um impacto muito menor que, por exemplo, as minas de cobre a céu aberto.

Mas Haggerty teme que muitos comecem a procurar diamantes desenfreadamente se encontrarem um exemplar de Pandanus candelabrum.

"Sou ambientalista e esta é uma planta exótica, por isso me preocupa que [a descoberta] possa ter um impacto negativo no sentido de que se comece a escavar sem ter em mente todos os elementos que devem estar presentes."

"Se você encontrar a planta, não vai encontrar necessariamente diamantes. Tem que estar em um país onde eles existam." [ BBC Brasil ]

27 de fevereiro de 2015

Descobertos dois tipos curiosos de aranha-pavão

Sparklemuffin - Foto: Divulgação/Jürgen Otto
Um estudo publicado por Madeline Girard, aluna de graduação da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA), e Jürgen Otto, entomologista de Queensland (Austrália), na revista "Science" trouxe a descoberta de dois tipos de aranha-pavão. 

As novas espécies foram batizadas de "Skeletorus" e "Sparklemuffin".

Skeletorus - Foto: Divulgação/Jürgen Otto
A primeira aranha-pavão foi descoberta no século XIX, mas até recentemente o aracnídeo era bem pouco estudado. As espécies são conhecidas pelas cores brilhantes e por complexos rituais dançantes de acasalamento. Essas aranhas são bem pequenas, medindo entre 3 e 7 milímetros.

"Apesar do grande número de espécies descobertas nos últimos anos, não posso deixar de sentir que podemos ter apenas arranhado a superfície deste emocionante grupo de aranhas. A natureza parece ter sempre uma surpresa no estoque", disse Otto. Via Page Not Found

13 de janeiro de 2014

Pitohui: 1º pássaro venenoso descoberto pela ciência

Em expedição às florestas da Nova Guiné, o pesquisador Jack Dumbacher, da Academia de Ciências da Califórnia, foi arranhado por um Pitohui. Foi assim, sem querer, que descobriu o primeiro pássaro venenoso reconhecido pela ciência

Jack Dumbacher, atual pesquisador da Academia de Ciência da Califórnia, ainda era um jovem recém-formado quando participou de expedição às florestas tropicais da Nova Guiné. Durante uma de suas aventuras pela mata, foi arranhado por uma ave que, por conta de sua coloração diferente na cabeça e pescoço, parecia estar usando capuz. 

Tratava-se de uma das espécies do gênero Pitohui, primeiro pássaro venenoso a ser cientificamente documentado. A descoberta foi feita pelo próprio Dumbacher, que sentiu na pele os efeitos da toxina do Pitohui. Ao ser arranhado na mão, o pesquisador sentiu dor e, por reflexo, chupou o dedo. Foi quando começou a perceber a boca formigar e queimar e foi avisado por nativos da região de que se tratava de uma ave venenosa - desconhecida pela ciência. Isso é que é transformar azar em sorte, não?! 

Segundo os cientistas, o veneno do Pitohui está localizado em sua pele e penas. Trata-se de uma toxina chamada de homobatracotoxina, que tem a capacidade de provocar paralisia no corpo dos seres vivos - inclusive nos músculos do coração, podendo causar a morte. 

O Pitohui usa a substância para se defender de predadores ou, então, para caçar. O envenenamento acontece quando a toxina entra em contato com a boca, os olhos, as mucosas nasais ou a pele machucada da vítima - que, quase instantaneamente, começa a sentir dormência e paralisia no local. 

O mais curioso é que essa característica incomum do pássaro, provavelmente, é resultado da sua alimentação. Os Pitohuis se alimentam, principalmente, de besouros da família Melyridae, que são uma poderosa fonte da toxina homobatracotoxina. O mesmo fenômeno acontece com os sapos Dendrobatidae que comem o inseto - mas sapos venenosos são bem mais comuns, não é mesmo? 

Os cientistas avisam que nem todas as espécies de Pitohuis são venenosas - normalmente, as que tem cores mais escuras são mais perigosas. Mas, na dúvida, se encontrar um pássaro desses em uma aventura por Nova Guiné, mantenha distância. (via: Planeta Sustentável)

5 de fevereiro de 2013

Cientistas transformaram gordura má em gordura boa

Cientistas dizem ter encontrado uma maneira de transformar gordura corporal num melhor tipo de gordura que queima calorias e promove a perda de peso.

A equipe americana de John Hopkins fez a descoberta em ratos, mas acredita que o mesmo poderia ser feito em seres humanos, oferecendo a esperança de uma nova maneira de tratar a obesidade.

Modificando a expressão de uma proteína ligada ao apetite não só reduziu o consumo dos animais de calorias e de peso, mas também transformou a sua composição de gordura.

Gordura "má" branca tornou-se em gordura "boa" marrom
A gordura marrom é abundante em bebês, que usam como fonte de energia para gerar calor corporal, gastando calorias, ao mesmo tempo.

Mas à medida que envelhecemos a nossa gordura marrom desaparece em grande parte  e é substituída por gordura "má" branca, que normalmente se sente como um pneu sobressalente em torno da cintura.

Especialistas acreditam que estimular o organismo a produzir mais gordura marrom em vez de gordura branca poderia ser uma maneira útil de controlar o peso e prevenir a obesidade e os problemas relacionados com a saúde, como diabetes tipo 2.

Várias pesquisas procuraram uma maneira de fazer isso, e agora certos pesquisadores afirmam que podem ter conseguido. Eles planearam uma experiência para ver se suprimir uma proteína estimulante de apetite, chamada NPY, diminuiria o peso corporal em ratos.

Sem a NPY a trabalhar no cérebro dos ratos, eles diminuiram o apetite e a ingestão alimentar. Mesmo quando eles foram alimentados com uma dieta muito rica em gordura, conseguiram manter mais o peso do que ratos que tinham pleno funcionamento da NPY.

Os cientistas compararam então a composição da gordura dos ratos e encontraram uma mudança interessante: sem a expressão da NPY, um tanto da gordura ruim branca tinha sido substituída pela gordura marrom boa.

Os pesquisadores têm esperanças de que isso possa ser possível nos humanos, também.

Através da injeção de células-tronco de gordura marrom sob a pele, para queimar a gordura branca e estimular a perda de peso, o mesmo efeito pode ser alcançado.

Claro que mais pesquisas são necessárias antes de confirmarem essas suspeitas, mas a nova abordagem pode ser um caminho viável para desenvolver novos tratamentos para a obesidade. (via: Dama da Noite)