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15 de setembro de 2021

Associação Tagliari, campeã estadual em 1979

Demafra, Valmar, Clube dos Oficiais, Guarapuava, Nova Esperança e Associação Tagliari se reuniram em Paranavaí para decidirem a Taça Paraná de Futsal (a atual Série Ouro). Recém completado 19 anos, fui convocado pelo Itamar Tagliari para, pela primeira vez, participar de uma competição adulta. 

Já era metido representando a cidade nas competições juvenis, imaginem jogando pela Associação Tagliari!

Associação Tagliari - Taça Paraná 1979, em Paranavaí
em pé (da esquerda para a direita): Ertiles Antoniolli (in memorian), Itamar Tagliari, Alceni "Gastão" Brandt, Ivando "Rancho" Capato, Ione Paulo Sartor e Pedro Ivo Szapak
agachados: João Miguel Baitala (in memorian), Paulo Gilmar Fuzeto, Irineu Luiz "Luizinho" Ferreira Lima, Carlos "Carlão" Álvaro Tagliari e Álvaro "Careca" Hiroshi Sigaki

Itamar, que naquele ano se dividia entre jogador e treinador, sempre começava os jogos com Careca, João Miguel, Carlão, Rancho e Ione. Para mim parecia um time imbatível de tanto que meus companheiros jogavam. Do banco eu mais parecia um torcedor, mas quando convocado entrava e não fazia feio. Na primeira partida, diante dos maringaenses da Valmar, entrei e levei uma pancada do meu amigão Astério (que jogava firme como poucos) que até hoje quando a bola bate na canela, lembro dele. Levantou um hematoma tão grande, que um repórter que veio me entrevistar no banco levou um susto e fiquei com a impressão que ele ficou com dó. 

E o time que para mim parecia imbatível, acabou causando a mesma impressão nos adversários e na torcida que todos os dias lotava o ginásio Lacerdinha. Bastava entrar no ginásio e lá estava eu ‘espichando as orelhas’ para ouvir os elogios e palavras de admiração. Mas também ouvia muito falarem que a decisão de verdade seria diante do time da casa, o Demafra, que contava com Dilvo, Divanei e Carmo, craques que eu aprendera a admirar quase tanto quanto eu admirava os meus companheiros de equipe. 

A partida aconteceu na penúltima rodada e, para minha vaidade, com um gol meu e outro do Gilmar Fuzeto -- ambos éramos os imediatos do treinador mourãoense -- vencemos por 3 a 1 e convencemos torcedores e adversários que dificilmente deixaríamos escapar o nosso primeiro título estadual. No domingo pela manhã, de um distante dezembro de 1979, jogando pelo empate, vencemos com certa facilidade o Clube dos Oficiais de Ponta Grossa e comemoramos como nunca. 

Comemoramos no ginásio, com reconhecimento de toda a torcida paranavaisense, na viagem de volta e, principalmente, em Campo Mourão, onde uma grande caravana de carros nos aguardava e nos acompanhou em desfile por toda a cidade. 

No ano seguinte, em Guarapuava, conquistamos o bicampeonato.

Publicado originalmente no semanário mourãoense Entre Rios, em 2005

27 de maio de 2020

Associação Tagliari, campeã da Taça Paraná de Futsal (1979)

Atendendo pedidos publico novamente foto da Associação Tagliari que pela primeira vez conquistou o título da Taça Paraná de Futsal (atual Série Ouro), em Paranavaí no ano de 1979.

Para minha vaidade pessoal, na minha primeira participação em uma competição adulta fomos campeões invictos e no jogo considerado o mais difícil, contra o time da casa, o fortíssimo Demafra, marquei um dos gols da vitória por 3 a 1.

Jogar ao lado do Carlão, Ione e Rancho foi a realização de um sonho, de poder jogar ao lado dos meus ídolos. Eu era presença certa nas arquibancadas em todos os jogos que a equipe realizava em Campo Mourão, na Cancha Tagliari. 

Nessa época, de muito amadorismo, de amor à camisa, a competição estadual era realizada em uma cidade sede, onde se reuniam os melhores time do Paraná, todos jogavam entre si e a equipe com mais pontos se sagrava a campeã e adquiria o direito de representar o Estado na Taça Brasil de Clubes Campeões. 

Lembro que nessa edição participaram a Associação Tagliari, Demafra (Paranavaí), Valmar (Maringá), uma equipe Ponta Grossa, de Guarapuava e outra de Nova Esperança.
 
No ano seguinte, em Guarapuava, fomos bicampeões estaduais.  

Em pé (da esq. para a direita): Seu Értile (in memorian), Itamar Tagliari, Gastão, Ivando "Rancho" Capato, Ione Paulo Sartor e Pedro Ivo Szapak
agachados: João Miguel Baitala (in memorian), Paulo Gilmar Fuzeto (com Carlinhos Tagliari), Irineu Luiz "Luizinho" Ferreira Lima, Carlos Álvaro "Carlão" Tagliari (com Flavinho Tagliari) e Álvaro "Careca"

27 de novembro de 2015

A campanha do bicampeonato estadual da Associação Tagliari em Guarapuava, em 1980

Chegamos a Guarapuava com a missão de manter o título de campeão, conquistado no ano anterior, 1979, em Paranavaí. Alojamo-nos numa sala do próprio ginásio de esportes onde aconteceria a competição. Uma semana inteira de competição, uma semana toda de chuva e no alojamento não havia um só canto que não gotejasse.

Valmar de Maringá, Guarapuava, AABB e Transbussadori, ambas de Londrina, e Círculo Militar de Curitiba foram nossos adversários. Éramos as seis melhores equipes paranaenses sem dúvida alguma, com destaque para o Círculo Militar que contava com um jogador da Seleção Brasileira (Didu) e com uma estrutura de causar inveja até nos dias de hoje. Contrastando com nosso precário alojamento, eles se hospedaram no melhor hotel guarapuavano.

Época de muito amadorismo, nossa equipe contava apenas com o patrocínio da própria família Tagliari e, por isso, economizávamos em tudo que podíamos. E ainda contávamos com inconvenientes (na verdade, compromissos com seus empregos) que impediam que alguns de nossos atletas participassem desde o início da competição. Apenas nos dois últimos jogos contamos com a equipe completa (Hélio Ubialli, então funcionário do Banco do Brasil e apaixonado pela modalidade, conseguiu a liberação dos jogadores em seus empregos e ainda os levou até Guarapuava). 

Um a um os adversários foram sendo derrotados!

Quatro a dois sobre a Valmar (com três gols de sem-pulo do Ione, como só ele sabia fazer!) foi o resultado da nossa estréia. 

Tagliari e AABB de Londrina, que praticamente decidiu quem enfrentaria o Círculo Militar no jogo final, foi inesquecível. Perdíamos por três a um quando o Severo Zavadaniak, um dos que o Ubialli tinha liberado, entrou e, com quatro golaços, virou o jogo para cinco a três. Onde anda o Severo? 

No jogo final contra o Círculo Militar, vitória simples de qualquer uma das equipes daria o título para a vencedora. Empatando, a AABB de Londrina seria a campeã. (Um acordo de bastidores entre londrinenses e curitibanos, com a conivência da Federação, firmou-se que em caso de empate, uma melhor de três pontos seria disputado entre eles para definir o campeão estadual).

Não demos essa chance a ele! Vencemos por dois a zero (um meu, outro do Carlão Tagliari) e conquistamos o bicampeonato e o direito de disputar a Taça Brasil de Clubes Campeões, no ano seguinte em Cuiabá, onde fizemos ótima campanha e ficamos entre os seis melhores clubes do Brasil. Isso tudo com uma estrutura amadora, patrocínio familiar, muito amor á camisa e contando apenas com atletas locais.


Silvio Cintra, David Cardoso, João Miguel Baitala, “Beline” Fuzeto, Carlão Tagliari, Luizinho Ferreira Lima, Severo Zavadaniak, Raudilei Pereira, Ione Sartor e Itamar Tagliari participaram daquela conquista. E o Hélio Ubiali e todas as nossas famílias, é claro!

A foto abaixo mostra a Associação Tagliari durante amistoso preparatório para a Taça Paraná de 1980. Nela, falta o nosso goleiro David Miguel Cardoso que participou de toda a vitoriosa campanha em Guarapuava.

Associação Tagliari - Ginasinho Jk - 1980
em pé (da esq. para a direita) Itamar Tagliari, Augustinho Vecchi, Paulo Gilmar Fuzeto, Severo Zavadaniak, Raudilei Pereira, Silvio Carvalho Cintra, João Miguel Baitala (in memorian) e Itachir Tagliari (in memorian)
agachados: Antônio Admir "Beline" Fuzeto, Luizinho Ferreira Lima, Pedro Ivo Szapak, Ione Paulo Sartor e Carlos Álvaro Tagliari