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27 de novembro de 2015

A campanha do bicampeonato estadual da Associação Tagliari em Guarapuava, em 1980

Chegamos a Guarapuava com a missão de manter o título de campeão, conquistado no ano anterior, 1979, em Paranavaí. Alojamo-nos numa sala do próprio ginásio de esportes onde aconteceria a competição. Uma semana inteira de competição, uma semana toda de chuva e no alojamento não havia um só canto que não gotejasse.

Valmar de Maringá, Guarapuava, AABB e Transbussadori, ambas de Londrina, e Círculo Militar de Curitiba foram nossos adversários. Éramos as seis melhores equipes paranaenses sem dúvida alguma, com destaque para o Círculo Militar que contava com um jogador da Seleção Brasileira (Didu) e com uma estrutura de causar inveja até nos dias de hoje. Contrastando com nosso precário alojamento, eles se hospedaram no melhor hotel guarapuavano.

Época de muito amadorismo, nossa equipe contava apenas com o patrocínio da própria família Tagliari e, por isso, economizávamos em tudo que podíamos. E ainda contávamos com inconvenientes (na verdade, compromissos com seus empregos) que impediam que alguns de nossos atletas participassem desde o início da competição. Apenas nos dois últimos jogos contamos com a equipe completa (Hélio Ubialli, então funcionário do Banco do Brasil e apaixonado pela modalidade, conseguiu a liberação dos jogadores em seus empregos e ainda os levou até Guarapuava). 

Um a um os adversários foram sendo derrotados!

Quatro a dois sobre a Valmar (com três gols de sem-pulo do Ione, como só ele sabia fazer!) foi o resultado da nossa estréia. 

Tagliari e AABB de Londrina, que praticamente decidiu quem enfrentaria o Círculo Militar no jogo final, foi inesquecível. Perdíamos por três a um quando o Severo Zavadaniak, um dos que o Ubialli tinha liberado, entrou e, com quatro golaços, virou o jogo para cinco a três. Onde anda o Severo? 

No jogo final contra o Círculo Militar, vitória simples de qualquer uma das equipes daria o título para a vencedora. Empatando, a AABB de Londrina seria a campeã. (Um acordo de bastidores entre londrinenses e curitibanos, com a conivência da Federação, firmou-se que em caso de empate, uma melhor de três pontos seria disputado entre eles para definir o campeão estadual).

Não demos essa chance a ele! Vencemos por dois a zero (um meu, outro do Carlão Tagliari) e conquistamos o bicampeonato e o direito de disputar a Taça Brasil de Clubes Campeões, no ano seguinte em Cuiabá, onde fizemos ótima campanha e ficamos entre os seis melhores clubes do Brasil. Isso tudo com uma estrutura amadora, patrocínio familiar, muito amor á camisa e contando apenas com atletas locais.


Silvio Cintra, David Cardoso, João Miguel Baitala, “Beline” Fuzeto, Carlão Tagliari, Luizinho Ferreira Lima, Severo Zavadaniak, Raudilei Pereira, Ione Sartor e Itamar Tagliari participaram daquela conquista. E o Hélio Ubiali e todas as nossas famílias, é claro!

A foto abaixo mostra a Associação Tagliari durante amistoso preparatório para a Taça Paraná de 1980. Nela, falta o nosso goleiro David Miguel Cardoso que participou de toda a vitoriosa campanha em Guarapuava.

Associação Tagliari - Ginasinho Jk - 1980
em pé (da esq. para a direita) Itamar Tagliari, Augustinho Vecchi, Paulo Gilmar Fuzeto, Severo Zavadaniak, Raudilei Pereira, Silvio Carvalho Cintra, João Miguel Baitala (in memorian) e Itachir Tagliari (in memorian)
agachados: Antônio Admir "Beline" Fuzeto, Luizinho Ferreira Lima, Pedro Ivo Szapak, Ione Paulo Sartor e Carlos Álvaro Tagliari


8 de setembro de 2015

Pazini, o campinho e a bola "porco espinho"

Gilberto Pazini - Clube dos Trinta/ 2015
Quando criança, qualquer terreno baldio servia de campo de futebol para nossas peladas que, normalmente, reunia cinco jogadores de cada lado. Mas não era fácil conseguirmos montar todo o “espetáculo”. Tínhamos que ajeitar o terreno, capinar o mato, fazer as marcas do campo com pó de serra, as traves eram pedaços de madeira descartados por madeireiras – como tinha madeireira em Campo Mourão naquela época!-- As redes dos gols, fazíamos com uma cordinha que no primeiro chute a gol, arrebentava.

O mais difícil de tudo era conseguir uma bola boa. A número cinco, oficial. A famosa bola de capotão, de couro curtido e que tinha em seu interior uma câmara de ar feita da bexiga do boi. Elas tinham número e a cinco era a que mais se aproximava da utilizada pelos profissionais. Bola nova valia tanto ou mais que um bom campinho, era motivo de congestionamento de atletas, todos querendo aproveitar antes que a terra vermelha a “maltratasse”.

Gilberto Pazini, um pouco mais novo do que eu, também curtiu essa delícia que era jogar em campinho de terra, disputar jogos que começavam cedinho e só terminavam quando escurecia ou quando a briga era muito feia.

O sósia do técnico Muricy conta que zelou tanto de uma bola que um dia, véspera de uma partida contra uma equipe de um bairro distante, resolveu pintá-la com a única lata de tinta disponível... de tinta a óleo. Caprichou, deu duas demão e -- azar!-- o tempo fechou em seguida, choveu bastante e o sol só foi sair na manhã do jogo.

O adversário chegou na hora combinada, o campinho estava seco e a única bola úmida. A rivalidade era grande e ele, além de querer vencer, queria muito mostrar como a bola estava perfeita.

Começa a partida e com menos de cinco minutos tiveram de parar a peleja. Tudo que estava pelo campinho (pó de serra, pedras, folhas...) foi grudando na bola deixando-a com um peso insuportável para as pernas dos pequenos craques.

- “Luizinho, ela parecia um porco-espinho e os goleiros corriam de medo”, se diverte o amigão, quando eu o provoco para repetir a história.

10 de julho de 2015

NH2 - "Easy"


No You Tube encontrei esse vídeo que mostra a banda mourãoense se apresentando no ano passado no Mercadão, em Maringá.

Formada pelo manos Emanuelle, Elias Neto e Horiy Seminguen, com o Wagner Dantas na percussão, o NH2 tem um repertório muito legal com vários covers de artista consagrados e belas canções próprias. No vídeo abaixo eles cantam Easy, do Lionel Richie.

Saiba mais visitando a página do NH2 no Facebook.

9 de julho de 2015

Itamar, Maria José e Itamarzinho

Gosto demais desta foto, de meados dos anos 1970, que mostra o Itamar Tagliari ao lado da esposa Maria José Fuzeto e do filho Itamarzinho.


Maria José e Itamar formavam um dos casais mais bonitos de nossa cidade. Eu admirava muito a beleza da irmã do Gilmar e do Beline (aliás, todas as manas deles sempre foram muito belas), mas depois que a conheci pessoalmente, quando comecei a jogar pela Associação Tagliari, passei a admirar a meiguice dela e a forma carinhosa como tratava a todos. Se ela nos tratava com toda atenção do mundo, imaginem então como era o tratamento dispensado ao marido e, especialmente aos filhos Lisliane, Itamarzinho e Carlinhos. 

Maria José morreu muito nova, no início dos anos 1990, depois de longa luta contra uma câncer. 

Lembro que eramos bicampeões paranaenses, após conquistarmos os títulos de 1979 e 1980, em Paranavaí e Guarapuava respectivamente, e vínhamos de uma bela campanha na Taça Brasil de Clubes Campeões, realizada em Cuiabá, quando descobriram que a Maria José estava doente. Claro que a equipe de futsal foi deixada de lado e toda atenção era para a recuperação da filha do 'Fuzetão'. Mesmo assim, e sem saber do fato, a Federação Paranaense obrigou a presença da Associação Tagliari nas finais da Taça Paraná, que naquele ano de 1981 seriam disputadas em Ponta Grossa. Sob ameaça de suspensão por dois anos e multa em dinheiro, Itamar e o Carlão Tagliari reuniram meia duzia de atletas, alguns inscritos na última hora, e fomos para os Campos Gerais defender o título. Claro que não ganhamos nenhum jogo e fomos a grande decepção do campeonato. Principalmente para alguns mourãoenses que por lá estudavam e não entendiam como podíamos ter caído tanto em poucos meses. Para minha vaidade, no cartaz oficial da competição tinha uma grande foto minha e companheiros de equipe entre as principais atrações do campeonato. 

Itamarzinho esteve presente em toda a campanha do bicampeonato estadual, em Guarapuava. Ainda muito criança, era ótima companhia e nos deu muita sorte naquela conquista (preciso conversar com o pai dele para recordar como é mesmo a passagem, hoje engraçada, em que acordamos em nosso alojamento, dentro do ginásio de esportes Joaquim Prestes, e encontramos o Itamarzinho dormindo bem embaixo de uma goteira. Quase afogado, mas dormindo como um anjo. O Itamar sabe melhor dessa história -- minha memória é péssima! 'Só pego no tranco', preciso de alguém para provocar as recordações). 

Itamar Adriano Tagliari
Itamarzinho atualmente é professor/doutor da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Na última vez que conversei com o Itamar pai, fiquei sabendo que ele estava atuando na Paraná Esporte.

7 de julho de 2015

Do Wille Bathke Júnior

Wille Bathke Jr. - Campo Mourão/PR - anos 1980/90
Faz tempo que quero postar a foto abaixo, que mostra meu amigo Wille Bathke Jr. Ela está lá no álbum dele no Facebook. 

Wille é pioneiro mourãoense, grande jornalista com quem tive o prazer de trabalhar, e aprender muito, na Rádio Colmeia AM. Os jornais que ele apresentava na emissora mourãoense deveriam servir de modelo para todos os que pensam em militar atrás dos microfones. Não me cansava de vê-lo datilografando pautas e mais pautas. Muitas foram as vezes que discordamos um do outro, mas sou daqueles que pensar diferente é que move o mundo e sempre superamos todas essas diferenças que, na verdade, nem foram tantas assim.

Wille nos dias atuais. Gosto muito desta foto.
Outra foto que encontrei no Face dele é essa abaixo, que mostra um verdadeiro esquadrão de futebol que montaram em meados dos anos 1980. Não sei quem eles representavam, mas estão com um uniforme do Município.

em pé (da esq. para a direita); Altair Casarin, Walter "Peteleco", Gilmar Fuzeto, Ilivaldo Duarte, Renato Domenici (in memorian) e Jair Grasso
agachados: Valdemor Vigilato (in memorian), ..., Wille Bathke Jr., Joãozinho Batista e João Nereu Ferreira

3 de julho de 2015

Aos 18 anos, Parque Lago Azul de Campo Mourão continua uma área de aventura e contemplação

Matéria muito legal sobre o nosso Parque Lago Azul publicado recentemente pela Agência Estadual de Notícias (AEN) e que já compartilhamos via CRN1

 Aos 18 anos, Parque Lago Azul de Campo Mourão continua uma área de aventura e contemplação 


O encontro natural de dois tipos de florestas num ponto do território produz uma grande variedade de espécies de plantas e de animais na área. Melhor ainda quando essa riqueza de biodiversidade está associada a outros atrativos como riachos, cachoeira de água limpa, e a área é aberta ao público.

Este é o cenário do Parque Estadual do Lago Azul, um pequeno oásis entre os municípios de Campo Mourão e Luiziâna, que completa 18 anos de criação nesta terça-feira (30). Aberto ao uso público em 1997, o parque fica dentro da área da Usina Mourão e tem uma característica muito importante para a preservação ambiental. É uma zona de transição de florestas.

A área de 1.749 hectares, tamanho de quase dois mil campos de futebol, é formada por dois tipos de floresta: a estacional semidecidual, onde predominam espécies como perobas, cedros e ipês; e a floresta ombrófila mista, reino da araucária e espécies a ela associadas.

O parque tem duas trilhas. A da Peroba, com 3.850 metros, mais leve e de grande potencial contemplativo da floresta, além de ter um caráter didático. Já a Aventura, um pouco menor, não leva o nome à toa. Mesmo diferente, ambas proporcionam contato intenso com a natureza. “A da Peroba é mais recomendada para aulas práticas sobre biodiversidade local, pois mostra a convivência de espécies típicas de dois importantes biomas, a araucária e a peróba-rosa”, diz Rubens Lei, gerente do parque.

A média de tempo do percurso na trilha da Peroba é de uma a uma hora e meia. No meio do caminho, o visitante saberá a razão de o parque ter o nome de Lago Azul. As áreas próximas à sede do parque são propícias a piqueniques ou uma simples parada para descanso.

Como o próprio nome sugere, a trilha Aventura exige um pouco mais do visitante e passa pelas cachoeiras do parque. Além de trechos de mata, ela atravessa o leito do rio, quedas d’ água e por uma parte dos dutos da usina ainda em atividade.

No começo da trilha o visitante é “recepcionado” por uma gigantesca gurucaia, árvore que tem aproximadamente 400 anos. No final da Aventura, a vista do salto São João compensa o esforço. A Aventura tem um grau de dificuldade que exige acompanhamento de guias do parque. Também só é aberta a maiores de 13 anos.

O tempo previsto na trilha Aventura são duas horas e meia, e o visitante deve estar preparado para subidas e descidas e água batendo no corpo em alguns trechos.

As trilhas são feitas por agendamento. Informações adicionais sobre essa área de preservação, visitas e pesquisas podem ser obtidas por meio do IAP - Agência Campo Mourão: (44) 3523-1185 ou iapcmourao@iap.pr.gov.br.

Horário de funcionamento do parque: terça a sexta-feira, das 9h às 170h; sábado, domingo e feriados das 14h às 17h.


1 de julho de 2015

Associação Tagliari no Torvetur em Guaíra - anos 1970

Associação Tagliari - Torvetur em Guaíra/PR
Ione Sartor, careca e deitado bem à frente, Luizinho Kloster, agachado, Louri da Silva, de camisa preta, Gilmar Fuzeto, zoando o Luizinho, Carlão Tagliari e, bem atrás, Beline Fuzeto
No começo dos anos 1970 um torneio de futsal realizado em Guaíra, na fronteira com o Paraguai, denominado Torvetur, era um dos grandes eventos do ano da modalidade. Claro que a Associação Tagliari era uma das principais atrações do torneio.

Fotos do álbum do Ione Sartor mostra ele e craques do nosso time curtindo momento de folga junto as famosas e perigosas Quedas do Iguaçu, que foram cobertas pelas águas do grande lago formado com a construção da Usina Itaipu.

Toda vez que ouvia falar no torneio dava uma vontade enorme de estar juntos com os convocados, mas era mais novinho e ainda só sonhava em um dia participar do timaço mourãoense. Lembro que o Tauillo Tezelli, um pouco mais velho que eu, participou de uma das edições. Se não me engano, exatamente no ano em que o Tagliari foi campeão e trouxe um troféu de quase dois metros para Campo Mourão. Posso ter exagerado, mas o danado era muito grande. 

Bons tempos esses em que nosso futsal era a atração principal em qualquer competição! Pudera! Olha só o nível dos craques nas fotos.

Associação Tagliari - Torvetur - Guaíra/PR - anos 1970

30 de junho de 2015

Marcelo Filezinho é o cara!!!

(da esq. para a direita): Nelson Denker, Josué, Marcelo Silveira, 'Souza' e Marcelo Filezinho. Lá atrás, o Nelson Guaiume

Olha só que turma boa que reunimos no último domingo no Clube dos Trinta para jogar um truco em seis. Na mesa, bem à direita, o Marcelo Picarelli Alves, mais conhecido como Filezinho. Claro que o apelido se deve ao fato do filho do Souza ser muito fraco no Truco. É fácil demais ganhar do trio que ele participa.

Onde ele manda bem mesmo é no futebol. Se tiver 'mamado' então, até no gol ele mostra suas habilidades. Dia desses salvou o Clube dos Trinta nos Jogos Interclubes ao substituir o goleiro titular. Ninguém até hoje entende como ele sabia qual era a bola certa para defender.

Na verdade, Marcelo, assim como toda a família, é gente boa demais! Amigos não entendem como ele aprendeu usar o "uatizapi" de forma tão errada: é bobagem atrás de bobagem. 

Segundo afirmou no Clube, logo, logo ele assumirá uma situações pendentes. Não entendi, mas parece que vai mudar de time. Não vai mais ficar gritando, Aqui é Curíntia!!!

Marcelo Picarelli Alves - Campo Mourão/PR - Junho/2015

26 de junho de 2015

39 anos de namoro nesse 26 de junho

Eu e Elvira, em 1976, poucos dias após o início do namoro

Ao som da música do vídeo abaixo, Elvira e eu começamos a namorar num 26 de junho de 1976, em uma festa junina no Colégio Estadual de Campo Mourão. Portanto, comemoramos hoje 39 aninhos de namoro. Viva nós!!! E parabéns a ela por cuidar tão bem de mim durante todo esse tempo (não pensem que ela vai direto para o Céu apenas por cuidar tão bem dos animais abandonados e maltratados...).

Casamos em abril de 1980 e fomos pais pela primeira vez naquele mesmo ano... Agora, curtimos as netas Ana Letícia e Fernanda, o sobrinho neto Lorenzo e aguardamos, ansiosos, o primeiro neto, Luiz Guilherme.  



  

19 de junho de 2015

Tagliari Futsal na Taça Brasil de 1981, em Cuiabá

Há poucos dias postei matéria sobre a pescaria do Ione e do Carlão em Cuiabá, em 1981, quando por lá estivemos participando da Taça Brasil de Clubes Campeões de Futsal. Hoje, posto novamente matéria de 2005, publicada originalmente no semanário Entre Rios, onde conto outras passagens que me marcaram durante nossa estada na capital matogrossense. 

Amigos gostaram da resenha da semana passada, sobre a Taça Brasil de Clubes Campeões de Futsal, em 1981, em Cuiabá. Além do fato de ficarmos entre os seis primeiros colocados, guardo ótimas lembranças do evento e, especialmente, dos amigos que representaram muito bem nossa cidade.
 
Alegria maior foi perceber, logo no jogo de abertura do campeonato, que a nossa torcida era igual ou maior do que a do time da casa. Muitos mourãoenses moravam naquela região e não perderam a oportunidade de torcer pelo nosso time. Lembro-me bem dos amigos Valmor Barato e Ricardo Grabowski, que hoje já moram novamente em Campo Mourão, e da família Beccari que acompanharam todos os nossos jogos.
 
Ricardo Grabowski e
Itamar Tagliari
Junto conosco foi quase toda a família Tagliari: Dona Íris, Sônia Tagliari, a doce Maria José (falecida esposa do Itamar) e seus filhos, Lislaine, Itamarzinho e Carlinhos.
 
Seu Erny Simm também foi. Ele era nosso torcedor mais fervoroso, mesmo não enxergando nada do que ocorria na quadra (estava praticamente cego).
 
O querido Seu Erny acompanhava nossos jogos sempre ao lado de seu acordeão, que era tocado com entusiasmo, nas vitórias ou nas derrotas. Quem assistisse ao jogo ao lado dele narrava o que acontecia na quadra e ele vibrava como se enxergasse tudo. Muito amigo de meu pai, ele torcia muito por mim e a cada gol nosso perguntava: "Foi gol do Luizinho?"
 
Valmor Barato e meu
mano Walmir
Além da quase tragédia na pescaria do Ione e do Carlão, narrada na resenha da edição passada, uma outra quase aconteceu com todas as delegações: no final do dia fomos alertados, pela portaria do hotel, para descermos pelas escadarias porque um apartamento estava pegando fogo e era preciso evacuar todo o prédio. Com a energia elétrica desligada, apavorados, mas sem atropelos, descemos os dez andares e, em frente ao hotel, acompanhamos os trabalhos dos bombeiros que, competentemente, apagaram um pequeno principio de incêndio, numa cesta de lixo, no banheiro do apartamento da delegação de Amazonas. No mesmo momento em que percebemos que o Carlão Tagliari não estava conosco, ele surgiu na portaria, entre os bombeiros, carregando todo o nosso uniforme, até na boca ele carregava um cabide. Na volta ao hotel encontramos algumas camisas caídas nas escadas. 
 
Na primeira fase jogamos contra Tachinhas-MS (4 a 1), Corinthians-SP(2 a 2), Internacional-RS (1 a 3) e, por último, o Colegial de Florianópolis (5 a 2), sendo que ao final desse confronto com os catarinenses eles não permitiam que cobrássemos um pênalti, agrediram o árbitro e pegaram uma das maiores penas que uma equipe de futsal já recebeu.
 
Ney Pereira, ex-técnico da Seleção Brasileira
de Futsal, um dos craques do Monte
Sinai que enfrentamos em Cuiabá
Na sede campestre do hotel, à beira do Rio Cuiabá, fazíamos nossas refeições, onde enfrentávamos longa fila para comer uma comidinha apenas razoável. O Monte Sinai-RJ, campeão brasileiro do ano anterior, só chegou a Cuiabá para a segunda fase (estávamos lá há mais de dez dias).

Os cariocas, malandramente, na primeira refeição deles, convenceram ($$$) os garçons para servi-los em suas mesas. Nós na fila dando risadas dos espertos e eles rindo da nossa ingenuidade. O primeiro garçom passa direto e coloca uma enorme bandeja de arroz na mesa dos cariocas. Espanto geral! Antes do primeiro jogador do Rio de Janeiro se servir, a bandeja foi completamente coberta com açúcar por um atleta paraibano e as mesas deles foram cercadas por todos que estavam na fila, inclusive eu, mas especialmente os nordestinos, que ordenaram que eles entrassem no fim da fila e se servissem como todos.
 
Naquela noite, eles estrearam empatando conosco. Acabaram bicampeões invictos após vencerem todas as outras partidas e conquistaram a todos com seu futsal e simpatia, que parece ter surgido graças aos nordestinos.

17 de junho de 2015

Paulinho Garçom e Milton Hauagge, pioneiros mourãoenses

Paulinho "Garçom" e Milton Hauagge - Campo Mourão/PR - anos 1970

Do álbum do Jayminho Bernardelli, foto mostra duas personalidades mourãoenses que me fazem recordar dos anos 1970/80: Paulinho Garçom e o seu Milton Hauagge, ambos, infelizmente, já falecidos.

Paulinho conheci nos principais eventos da cidade. Casamentos, bailes e todo tipo de festa lá estava ele trabalhando como garçom. Muito amigo de meu pai, ele sempre reservava o melhor da festa para a nossa mesa. Papai Noel. 

Por anos ele foi o Papai Noel oficial de nossa Campo Mourão. Quantas e quantas vezes levei minhas filhas para curtir a chegada do bom velhinho nas festas de fina de ano e ele as enchia de doces!!!

Seu Milton Hauagge não era o Papai Noel, mas nos brindava com as melhores festas da cidade (não me espantaria se mesa farta da foto fosse em uma de suas festas). Era uma fartura só e sempre com muito bom gosto. 

Ele era sócio proprietário da Indústria de Papelão Cristo Rei, uma das maiores empresas de nossa cidade naqueles anos, que de tão grande parecia uma cidade de tanta gente que ali trabalhava. Se não me engano, existia por lá, na região do Barreiro das Frutas, uma colônia formada só por funcionários da Cristo Rei.

12 de junho de 2015

Atlético Mourãoense - 1965

Com a colaboração do Juacir Piacentini, nesta edição rememoramos o Atlético Clube Mourãoense, que treinava e jogava num campo de terra onde hoje está a Praça do Fórum e tinha como treinador o senhor Eliodoro Rosa Pedroso, avô do Anderson "Lambari" Pedroso. Infelizmente o “Seu Eliodoro” não aparece na fotografia.



Atlético Mourãoense - Campo Mourão/PR - 1965
Em pé (da esq. para a direita): Luiz Cassiano, Elder Camargo, Juacir Piacentini, Aquiles Nizer, Teodoro Paitach, Chilvande “Dinho” Moreno e Pedrinho.
Agachados: Adão Porto, José Carlos Pepino, Hilton “Reizinho” Santin, Alcides e Saulo (Panificadora Guarani).

Publicada originalmente no semanário "Entre Rios", em outubro de 2005.

5 de junho de 2015

Tremei: Ely Rodrigues comprou um dispositivo móvel

Antenado em tudo que é novidade em tecnologia -- ele sempre teve os melhores aparelhos de som e TVs -- o jornalista e radialista mourãoense Ely Rodrigues enfim se rendeu e adquiriu um telefone celular. 

Segundo o Gerson Maciel, também radialista em Campo Mourão, o ruim é que agora ele não faz mais nada sem estar teclando ao telefone. E pior, ninguém tem o número de telefone dele. 

Foto do Gerson mostra como ele conversa atualmente: pessoalmente e vai confirmando o papo via dispositivo móvel. Carlos Rodrigues, o fotógrafo, na foto com ele. 

Se alguém conseguir o número do telefone do marido da Rose, por favor me envie.

Cuidadoso e disciplinado como poucos, ele não falará ao telefone quando estiver dirigindo como fazem centenas de motoristas mourãoenses todos os dias.

Carlos Rodrigues e Ely Rodrigues Daniel - Campo Mourão/PR - maio/2015 

Vídeo mostra o show da etapa mourãoense do Circuito Vou de Bike


No último domingo, dia 31 de maio, foi realizada a etapa Campo Mourão do Sou Bike, evento que tem reunidos ciclistas, ou 'bikers', de várias cidades -- tinha até participante do Rio Grande do Norte -- para cumprirem trilhas pelas estradas rurais da região. 

Mesmo com chuva e frio, a etapa mourãoense reuniu mais de quatrocentos bikers, que participaram de duas trilhas, 30 (light) e 50 quilômetros (hard), nas Regiões do Barreiro das Frutas e Silviolândia. 

O evento, promovido pelo Grupo Sou Bike, teve seu ponto base na Associação dos Engenheiros Agrônomos, onde ocorreu a concentração pela manhã, largada, chegada, almoço e o sorteio de brindes entre os participantes. 

O professor Jair Grasso me enviou esse show de vídeo que mostra como foi tudo muito bem organizado e, melhor ainda, divertido. A produção é de Anderson Lima .

3 de junho de 2015

Time do Chico - Campo Mourão - 1974

Antes do futsal, do handebol e das outras modalidades, que com o tempo fomos praticando, o futebol de campo era nosso esporte principal.

Nesta edição*, mostramos o XV de Novembro, que treinava e jogava num campo de terra na avenida Manoel M. Camargo, saída para Maringá (hoje área residencial, ao lado da Unidade Pólo. Ali mesmo onde funciona a Riviera Veículos). Ninguém o conhecia pelo nome e sim como time do Chico, que era nosso treinador, massagista, roupeiro e diretor presidente.


Ali, formei minhas principais amizades e vivi saudosas e saudáveis aventuras, viajando, muitas vezes com mais de quarenta pessoas, em cima de carroceria de caminhões para jogos em cidades vizinhas Coitados dos comerciantes onde parávamos durante o trajeto!

XV de Novembro (Time do Chico) - Campo Mourão/PR - 1974 
Em pé: Arnaud da Silveira, Laércio Daleffe, David Cardoso, Sebastião Mauro, Odair, Ratinho e Paulichen.
Agachados: Dealmir Salvadori, Álvaro Martins, Marcelo Silveira, Ricardo Grabowski, Romeu da Silva e Chico. 

* Publicado originalmente no semanário Entre Rios, em julho de 2005

2 de junho de 2015

The Fuzztones - Campo Mourão - 1971

Lembro deles ensaiando numa lanchonete, que se não me engano era do falecido pai do Marcão Kunzler, ali na rua Mato Grosso, pouco abaixo da oficina da Auto Peças Cometa. Pessoalmente conheci apenas o Martinho Fernandes de Moraes, pioneiro médico mourãoense que faleceu muito novo em 2010.

Pelo Facebook, sei que o Manoel Motta reside atualmente em Francisco Beltrão, onde está à frente da renomada Orquestra Beltronense de Viola Caipira, o advogado Juarez Schemberg em Curitiba e o Nelson Miguel, cunhado do Tiãozinho Nery, em Franca no interior de São Paulo.  

Ivan curte merecida aposentadoria aqui em Campo Mourão. Como eu admirava ele tocando aquela bateria dos Fuzztones e, muito tempo depois, ao lado do Edison Sanfelice André e do Alfredo Verdasca no Vide Bula!!! 

The Fuzztones - Campo Mourão/PR - 1971
da esq. para a direita: Nelson Miguel, Martinho Fernandes de Moraes (in memorian), Juarez Schemberg, Ivam Teobaldo Gerhardt e Manoel Motta

1 de junho de 2015

É "nóis" no Sendai... Delícia!

Pelo menos uma vez por semana, Elvira e eu, almoçamos no Sendai, restaurante aqui de Campo Mourão. Dia desses aproveitei e fotografei ela ao lado de algumas delícias que sempre saboreamos por lá. 


Gosto demais da cozinha japonesa -- até ando me engraçando e fazendo um frango xadrez para os amigos do Clube dos Trinta de vez em quando. 

Gosto de tudo que é servido no restaurante do Sacha, filho dos médicos Clotilde e Moacir Porciúncula, pioneiros mourãoenses, especialmente de uma Tilápia como essa da foto abaixo, que é servida num molho vermelho (ela só é servida à noite, a la carte. No almoço, o sistema é self service). 


O Sendai funciona da esquina da Avenida Irmãos Pereira com a Rua Mato Grosso.

Via Facebook, Danilo Kravchychyn enviou foto mostrando como era o local nos anos 1970, quando ali funcionava o Cartório de Registro de Imóveis e a família dele morava nos fundos.


29 de maio de 2015

Campo Mourão Futsal - 1974

Na recém inaugurada Cancha Tagliari, a seleção mourãoense posa para foto minutos antes de amistoso preparatório para os Jogos Abertos do Paraná de 1974.

Destaque para Seu Itachir, “paitrocinador” e, por isso mesmo, um dos principais responsáveis pelo destaque alcançado pelo nosso futsal, e também para o mascote da equipe, Márcio Nunes, atual deputado estadual por nossa cidade. 


Em pé: Itachir Tagliari (in memorian), Gordinho 'Drogacid', James Klank, Gilmar Fuzeto, Itamar Tagliari, Louri da Silva e Juacir Piacentini.
Agachados: Márcio Nunes, “Beline” Fuzeto, Fernando “Japonês” e Carocinho. 

Publicado originalmente no semanário Entre Rios, em junho de 2006

25 de maio de 2015

Notícias boas ruins. Gudé, na Itribuna

"São tantas desgraças, escândalos, que não ter notícia tão ruim, pode ser boa notícia por si só. "

Professor, advogado e sociólogo José Eugênio Maciel, o Gudé, em sua ótima coluna na Tribuna do Interior


21 de maio de 2015

Encontro de craques: Ilivaldo Duarte, Márcia Tomadon e Gika - 1987

Fotos de 1987 mostra o então repórter da Rádio Colmeia AM de Campo Mourão Ilivaldo Duarte e duas craques do handebol mourãoense: Márcia Tomadon e Gislaine Cândida, a Gika.

Ilivaldo Duarte com Márcia Tomadon
Campeonato Sul Americano de Handebol
Campo Mourão - PR - 1987
Segundo o Ilivaldo, que agora já é membro da Academia Mourãoense de Letras, comanda um programa semanal na própria Colmeia e está à frente da assessoria de imprensa da maior cooperativa agropecuária da América Latina, a Coamo, esse foi seu primeiro trabalho na emissora mourãoense e deu sorte, pois o timaço de Campo Mourão acabou campeão do Sul Americano de Handebol que naquele ano foi realizado em nossa cidade. 

Lembro de ter acompanhado todos os jogos da competição e da alegria de ver o Belin Carolo sempre lotado, com nossa torcida empurrando nossas craques para a vitória. 

Ilivaldo recordou em seu blog que naquela época o time mais forte do país era o Cambé, com quem já tínhamos muita rivalidade, e que conquistamos o título da rival paranaense em jogo tenso e muito equilibrado. 

Ilivaldo Duarte com Gislaine "Gika" Cândida
Campeonato Sul Americano de Handebol
Campo Mourão - PR - 1987

As fotos são do álbum do professor Jair Grasso e as escolhi por que reúne três personalidades esportivas de nossa cidade por quem tenho muita admiração e respeito: Márcia, Gika e o Ilivaldo. 

Para quem não sabe, Márcia foi uma das melhores atletas do handebol formada em Campo Mourão. Ela chegou até a Seleção Brasileira. Gika, formada em Maringá, mas radicada em nossa cidade há muito tempo, foi uma das melhores goleiras da modalidade que vi jogar.