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25 de maio de 2015

Notícias boas ruins. Gudé, na Itribuna

"São tantas desgraças, escândalos, que não ter notícia tão ruim, pode ser boa notícia por si só. "

Professor, advogado e sociólogo José Eugênio Maciel, o Gudé, em sua ótima coluna na Tribuna do Interior


17 de junho de 2014

Está certo o mundo, somos mesmo sem educação...

“Se o mundo pensou que somos um povo sem educação 
por causa das vaias a Dilma, acertou!

Sem educação, sem saúde e finalmente sem paciência”

Autor Anônimo

(Na Coluna do José Eugênio Maciel, iTribuna)

A ilustração abaixo foi escolha minha


18 de setembro de 2013

O singular guarda-chuva e o plural da palavra. Por José Eugênio Maciel

O sociólogo, advogado e professor mourãoense José Eugênio Maciel, também conhecido como Gudé, pelos amigos e parentes, claro!, recentemente comemorou 25 anos de sua coluna domingueira no jornal Tribuna do Interior. Confesso que perdi muito poucas de suas publicações no diário mourãoense. Além de divertido, seus textos ensinam e educam. Abaixo, parte de sua coluna do último 15 de setembro, da qual gostei muito. 


“Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento,

mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo.

Você também diz que me ama”

Willian Shakespeare

             Eu jamais perdi um guarda-chuva. Nunca! É verdade que em tempo algum eu tive um. Repito, em tempo algum. E o que tem a ver? Tem relação, guarda com a palavra tempo assim como se vincula com a palavra guarda-chuva.    

            Ao fazer compra em um mercado tinha um tipo de guarda-chuva que estava com um preço acessível. Claro, escrevo acessível levando em conta a minha condição financeira, que, modesta, daria para comprar um. Mas deixei para outra ocasião, não estava convencido o suficiente para comprá-lo, afinal, nunca tive um guarda-chuva

            Depois, à época que o frio era intenso, eis que novamente estou no mesmo mercado. Sem me lembrar inicialmente do guarda-chuva, segui fazendo compras. Aí acabei ingressando na seção onde me deparei com ele, ali, à minha disposição. O preço do guarda-chuva continuava em oferta. A minha atitude desta vez foi diferente da anterior, não vacilei, peguei um deles e pus no carinho.

            Pronto: o primeiro guarda-chuva a gente não esquece. Não esquece por ter comprado pela primeira vez. Não esquece no sentido do tempo presente, de esquecer o guarda-chuva num lugar, sem se lembrar aonde.

            Creio ser incomum que não seja o guarda-chuva um objeto para ser escolhido como presente. Quem pensaria em tal possibilidade? Se for uma escolha, ela se caracterizaria como falta de imaginação. Por outro lado é sempre um presente útil. O caro leitor pode pensar, tão útil que você nunca teve um guarda-chuva. Sim, não tinha, relaxo meu, mas existe uma grande diferença entre não ter e reconhecer a necessidade.

            Parecendo criança que ganha presente, o fato é que eu agora tenho o meu guarda-chuva.  Fiquei e estou ansioso para estreá-lo.

            …. Os dias friorentos e ventosos foram passando.... O sol, que é belo no inverno, passou a brilhar agora com as temperaturas elevadas.

            …. E nada de chover! Naqueles dias vislumbrei mais atentamente, a cor, nuvens, as estrelas.... nada de chuva!

            Me animei com as pancadas de chuva no último domingo, dia em que eu estava trabalhando.  E tem um detalhe – não me perguntem porque – eu resolvi carregar o guarda-chuva no carro. E quando terminei o meu plantão, a chuva já tinha cessado. Completamente. O meu guarda-chuva já tem um mês que o comprei. E nada de usá-lo. Não o tirei da embalagem, só pretendo quando efetivamente for usá-lo. Estou muitíssimo ansioso pela primeira vez.

            O guarda-chuva já foi marca de um grande banco brasileiro, que faliu, era o Banco Nacional. O dono dele foi governador de Minas Gerais. Magalhães Pinto, falecido. No lado esquerdo do nome do banco tinha a logomarca estilizada de um guarda-chuva aberto visto de cima.

            Em tempo: o plural de guarda-chuva é: guarda-chuvas. Com a reforma ortográfica continua com hífen.

12 de julho de 2012

Os 24 do Maciel

José Eugênio Maciel, sociólogo, advogado e professor, que na infância era o Gudé, comemora essa semana 24 anos de publicação de sua coluna no Jornal Tribuna do Interior. 

Ele é uma das pessoas mais inteligentes e divertidas que conheço e, por isso, nunca deixo de ler seus textos. Mostro parte da publicação do último domingo em que ele comenta a marca atingida, para render homenagem ao amigo. Parabéns Maciel! Parabéns Tribuna do Interior!

 
             Na terça dia oito esta Coluna completa 24 anos. Com a de hoje ao todo são 1741 publicações.

            Escrever pressupõe um desafio ao escolher o tema, organizar ideias, abordagens e informações para situar o caro leitor. O desafio é argumentar. A cada domingo o texto espelha tal desafio, que traz no seu bojo a superação ou não.

            Dos sinônimos da palavra desafiar se destaca: narrar; expor em detalhes e desfazer (-se) em fios. Narrar fatos e quando necessário colocá-los em detalhes, é escrever nas linhas, traçando-as como fios, ligações entre uma ideia à outra, de um fato a outro.

       Escrever todos os domingos e chegar aos 24 anos é sempre um renovado desafio ao expor pensamentos, provocar e ser provocado a pensar simplesmente e a pensar melhor.

         Este espaço pretende sempre naturalmente comportar e contemplar o ser humano nos seus múltiplos modos de ser, pensar e agir, embevecidos pela emoção ou pela razão, ambas em igual proporção ou em variadas poções, conforme se deseje, possa ou ditadas pelas circunstâncias.

          O sentimento é o de gratidão. Tempo, como, aliás, em cada oportunidade, implícita ou explicitamente, de agradecer não apenas hoje, precisamente agora, mas ao longo destas mais de duas décadas, ao caro e paciente leitor.

Fases de Fazer Frases (I)

            Nem a verdade nem a mentira têm medo uma da outra. Quando não estão sozinhas.      

Fases de Fazer Frases (II)


            Antes de encontrarmos todas as verdades, no trajeto é preciso desvencilhar das mentiras.

Reminiscências em Preto e Branco

            São 24 anos de estrada, itinerários textuais que nem sempre escolhi. A bagagem foi mudando: a máquina de escrever deu lugar ao computador; o telex e o fax substituídos pela internet. O pensamento, igual ou trocado conforme a evolução dos tempos e a vivência maior.

14 de fevereiro de 2012

A zombaria calhorda e desumana contra o Jorel

Em sua coluna semanal no jornal Tribuna do Interior, o advogado, sociólogo e professor José Eugênio Maciel escreveu o texto abaixo, indignado com recente brincadeira que fizeram com um morador de rua, que tem problemas mentais, figura conhecidíssima dos mourãoenses. 
Assim como outros poucos mourãoenses e o ex-vereador, num primeiro momento até me diverti vendo o Jorel com cartaz anunciando sua candidatura a vereador em 2012. Mas, logo em seguida, percebi que na verdade se aproveitavam da 'inocência' do deficiente para uma brincadeira absurda. 
Muito provavelmente, os autores da brincadeira e aqueles que compartilharam fotos do Jorel-candidato pelas redes sociais não vão compreender (entender - alcançar com a inteligência) a redação do Maciel. Replico o texto exatamente para aqueles que ainda sabem diferenciar deficiente de diferente.

“A humildade não está na pobreza, não está na indulgência,
 na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome.
A humildade está na pessoa que tendo o direito de reclamar,
 julgar, reprovar e tomar qualquer atitude
 compreensível no brio, apenas abençoar
Chico Xavier.

Além da facilidade e comodidade, zombar de alguém sabidamente limitado, (se não totalmente em grande parte em termos mentais), de um ser humano que não possa se defender é mais que prevalecimento, é desumano, covardia.

Jorel, como é chamado ou como se intitula, é alvo da torpeza impiedosa, do escárnio sem limites com “disfarçado” humor e “amizade”, constantemente e das mais variadas formas. Como é possível dar gargalhadas de um ser humano a mendigar e que visivelmente não dispõe plenamente das suas faculdades mentais?

É cediço o elevado número de pessoas que promovem ou apoiam atitudes voltadas para a diversão do estupor alheio, embora os que agem assim são os verdadeiros estupores que, no anonimato ou assumidamente, estão certos que não existirá qualquer reação substancial impeditiva dessa degradação a fazer de um ser humano instrumento e meio de chacota.

Eu não tenho qualquer autorização para fazer a defesa do Jorel, aliás qualquer outra pessoa faria melhor. Todavia, em se tratando de uma figura pública denegrida e aviltada por pessoas que fazem parte da mesma sociedade da qual também faço parte, expresso aqui a minha virulenta repulsa.

Pelos meios de comunicação dos mais diversos, incluindo o que circula pela internet, o tratamento é o de uma aparente brincadeira e mesmo crítica social, quando se revela cada vez mais a sordidez estúpida em zombar de uma criatura humana, volto a dizer, que não saber compreender plenamente o que lhe fazem.

Já há um razoável tempo, quando o assunto é política e com a intenção de criticar os políticos e a política de um modo geral, surge a galhofa desabrida de lançarem o Jorel para vereador. Não se trata de defender a política em sentido amplo, teórico ou concretamente com os personagens reais, aliás, convém advertir, escolhidos pelo voto do povo. É revoltante usar uma pessoa para servir de crítica, para avacalhar o chamado estado de coisas do poder, em qualquer nível, mais agora especificamente no âmbito de uma municipalidade, em vista das eleições para prefeito e vereador. Aliás, a covardia é latente na medida que ninguém concretamente é nominado no conteúdo da crítica ao poder e aos políticos, sendo o Jorel instrumento volátil e anacrônico que na verdade contém a subserviência ao estado de coisas que tanto criticam, supondo que, fazendo campanha a favor do Jorel, do voto branco ou nulo, fariam alguma mudança palpável positiva, porém contribuem mais para desmerecer a democracia, no caso omitindo-se irresponsavelmente. 

São canalhas e covardes porque insultam, agridem utilizando alguém indefeso, o Jorel que  cuida de cães e que no seu mundo demonstra, apesar do perambular pelas ruas, ser uma pessoa contente com ela mesma, a falar como quem dialoga consigo mesma, quando quer e como quer.  Que ri e sorri pelas vias de Campo Mourão, escamoteado das regras sociais e privado de um conforto material. E muitos casos é mais fácil se conseguir doação de ração para cães do que assistir o Jorel em alguma necessidade material ou espiritual.

A covardia que também cabe referenciar é a crítica generalizada a classe política, anonimamente ou sem nominar ninguém, do tipo “ninguém presta então vamos votar no Jorel”. E é até fácil como crítica e afirmação que ele seria melhor prefeito ou vereador dos que estão no poder ou pretende dele fazer parte. E posso considerar que seria mesmo, bem mais dos que se vangloriam ao utilizá-lo para tal propósito.

À margem da sociedade mourãoense sem ser marginal no sentido da criminalidade, a gozação imposta ao Jorel faz lembrar o chamado “bobo” da corte. Porém, riem dele o rei, os súditos serviçais e os asseclas, mais indignos pelo atrelamento de um poder que não podem ousar criticar abertamente, utilizando-se do Jorel, ele que é um andarilho sem caminho certo, enquanto os que riem dele caminham escondidos com o escudo de quem bajula imaginando criticar pela discordância, de quem discorda sem assumir para não arcar com o que provavelmente condena sem assumir um papel relevante e verdadeiro.

17 de janeiro de 2012

Frases do Maciel

“Em sua coluna semanal no jornal itribuna, o sociólogo, advogado e professor José Eugênio Maciel, Gudé para os amigos, inteligente como só ele, gosta muita de brincar com a lingua portuguesa e vive criando frases no espaço denominado "As Fases de fazer frases". 

Nesse final de semana ele publicou as melhores do ano passado. Curta!

1. Quem jamais duvidou de nada tem todas as certezas inúteis.

2. Fugir de si mesmo é aprisionar-se do próprio ser de si que não se liberta.

3. Nada escapa ao pensamento quando existe imaginação.

4. O que vem do céu cai por terra quando não existe a fé?

5. Quando se facilita a ignorância a pergunta se torna difícil.

6. Que não faz nada com as ideias que tem, costuma ter muitas.

7. A algaravia costuma agarrar-se com a algazarra, tudo sempre algures.

8. Que o instinto não seja extinto, mas seja distinto.

9. Homem que não dá flores a uma mulher desconhece a primavera.

10. Ter inveja de si tem uma vantagem, a de poder se imitar perfeitamente.

11. A vida é uma incompletude a nos marcar inteiramente.

12. Na solidão a luz que não pode se apagar é o brilho de quem está só.

13. Levo o que é leve. Trago o que não trago. Importo com o que suporto e não transporto.

14. O relógio é o único que não vê a hora passar.

15. Pouco ou muito esterco posto ao pé da flor não irá alterar o perfume dela.

16. Tem que acredite na receita do amor. Então, quando eu tiver uma namorada, ela terá que se chamar dona Benta?

17. Nada mais espanta o medroso do que ele sentir ter alguma coragem.

18. Achei um comprador para quase todas as (então) minhas ilusões. Só não me pus à venda, eis a minha utopia.

19. Molho a malha com o molho de milho enquanto malho a milha do milheiro.

20. De pelo ralo, o rato rala pelo ralo.

21. “Ninguém é insubstituível” é o ditado, embora a falta que cada um faz seja única.

22. Não se deve ter receio de perder o caminho, mas no caminho se perder.

23. O mergulho em seu próprio ser possibilita trazer à tona tesouros submersos.

24. Se na vida tivéssemos certeza de tudo, a vida nos mataria.

25. Ela veio do veio, venal e veloz: veio e vê o veio que vê-se.

26. Tem a versão do fato e a aversão ao fato. De fato, dê fato.

27. A freira freia o freire fremente.

28. Imaginar o que será ensinado é antever o saber.

29. No concerto o homem conserta com acerto.

30. O cão ladino ladra para o homem a ladrar. O ladrado canino impede o ladrar do ladrão ladino.

31. O ser humano pode ser a medida do que medita.

32. O jogador faz falta quando joga. O jogador faz falta quando não joga. Qual a falta que ele mais faz? Eis a palavra a comportar significados, circunstâncias de tempo, sujeito, qualidade.

33. Tem quem possuía dinheiro, mas não tem riqueza.

34. Tem quem disponha de ocasião, mas não tem oportunidade.

35. Tem quem seja feito de boas intenções, não pratica boas ações.

36. Tem quem se cerca de intensa luminosidade, mas não é repleto de luz própria.