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30 de outubro de 2014

Como não pensamos em separar o Nordeste do restante do país antes?

Vejam que maravilha o texto de um aluno de uma faculdade de direito de Goiás sobre a tão propagada divisão do País. 
Quase sempre deixamos de lado nossa história e achamos que somos nós, sulistas, a oitava maravilha do mundo. Quando contrariados, então, como agora no caso das eleições, esquecemos como foi construído o Brasil e quanta riqueza já nos deu, e dá, a parte de cima do Brasil. Leiam e tentem discordar se conseguirem... (os destaques e as ilustrações foram por minha conta).

Por João Tomaz Sobrinho Neto. No Jusbrasil

Então há a ideia de laicizar o Nordeste do restante do país! Ótimo – para eles -!


O Nordeste carregou financeiramente o Brasil por 400 anos. Foi lá que durante 400 anos a agricultura alimentou a nação brasileira, a cana-de-açúcar foi responsável pela industrialização do sudeste e sul, lá estão as primeiras faculdades do país, lá está a primeira capital, lá está o polo tecnológico, petroleiro, lá está nosso sal, lá está a riqueza “esquecida” e a nossa cultura. Vamos sim separar aquela região, porque ela não merece nossa incultura, eles são civilizados demais para pertencer ao Brasil.

Clarice Lispector
Eles nos deram Ariano Suassuna, João Cabral de Melo Neto, José de Alencar, Jorge Amado, Nelson Rodrigues, Rachel de Queiroz, Gregório de Matos, Clarice Lispector, Graciliano Ramos, Ferreira Gullar, Manuel Bandeira dentre outros.

Então vamos... Retiremo-nos da história nordestina, somos incultos demais para pertence-la. No litoral desenvolvimento, no interior dificuldades – por causa da falta de investimentos -, fome, miséria. Mas não é por isso que eles perdem o sorriso do rosto, e quando podem nos dão exemplos de luta, de honestidade e de sabedoria (algo em falta, aqui no “Brasil”).

Os poucos esforços para diminuir o sofrimento desses brasileiros honrados, são primariamente atacados... Não podemos dar emprego para quem passa fome, quem está com fome dá-se comida. Emprego e educação são os passos subsequentes. É fácil bradar contra essas medidas de distribuição de renda quem está em seu apartamento de luxo, ou acha que é muito rico porque comprou um carro com parcelas a "sumir de vista".

Pois bem povo brasileiro, sou goiano descendente de paulistas e mineiros, mas quando o Nordeste se tornar independente, quero ser um nordestino, com muito orgulho e muito amor. Quem envergonha o país é o preconceito e a corrupção – do povo, antes do governo.