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30 de setembro de 2014

Mafalda e seus fãs pelo mundo todo comemoram seus 50 anos

Mafalda ganhou em 2005 sua própria praça em Buenos Aires. No local, há uma estátua da personagem.
Na foto, a criatura aparece acompanhada do seu criador, o cartunista Quino.
Nos anos de 1960, uma garotinha de classe média de Buenos Aires, indignada com as notícias de violência e guerras, gritou: “Parem o mundo, que eu quero descer”. Essa e muitas outras frases de Mafalda - principal personagem de quadrinhos do cartunista argentino Quino – deram a volta ao mundo, foram traduzidas em 20 línguas e continuam atuais. É por isso que, nesta segunda-feira (29), velhos e novos fãs da menina inconformista, que vivia questionando políticos, economistas e adultos em geral, vão comemorar seu cinquentenário.

A personagem de Quino ganhou fama internacional e foi chamada de
"heroína enraivecida" pelo escritor Umberto Eco
Ao longo de todo o ano, Mafalda e seu criador, Quino, foram homenageados na Espanha, na França e em países da América Latina. Mas a festa de aniversário oficial ocorre amanhã (29) em San Telmo – bairro de Buenos Aires, onde a menina rebelde teria nascido no dia 29 de setembro de 1964. Nessa data, ela apareceu pela primeira vez, em uma tira em quadrinhos da revista argentina Primeira Plana.

Mafalda já tem uma estátua em San Telmo mas, aos 50 anos, não estará mais sozinha: vai festejar o aniversário com dois amiguinhos, a fofoqueira Susanita (que só pensa em casar com um bom partido e ter filhos) e o materialista Manolito (cujo sonho é ter uma enorme rede de supermercados), que também vão ganhar estátuas nesta segunda-feira (29/09).

Baixinha, de cabelos curtos adornados por um enorme laço, Mafalda nasceu com seis anos e – apesar de ter sobrevivido menos de uma década (Quino decidiu parar de desenhá-la em 1973, três anos antes do último golpe militar argentino) – ganhou fama internacional. O escritor e sociólogo italiano Umberto Eco, autor de O Nome da Rosa, chegou a batizá-la de “heroína enraivecida”.

Filipe, Manolito, Susanita, Mafalda, Libertad, Mamã, Papá, Gui e Miguelito
Mafalda comentava os acontecimentos da época: eram tempos de Guerra Fria e ditaduras na América Latina. Mas suas frases, criticando a injustiça social, a destruição do meio ambiente e a falta de sensibilidade dos governantes, parecem ter sido ditas ontem. É o caso da tirinha em que pergunta o que há de errado com a “família humana” e que “todos querem ser o pai”.

Aos 81 anos, o próprio Quino manifesta sua surpresa com a personagem que ganhou vida própria. Em entrevista em abril passado, na inauguração da Feira do Livro em Buenos Aires, ele disse: “Fico surpresa quando vejo como temas que abordei há 50 anos permanecem atuais. Ate parece que desenhei a tira hoje. Deve ser porque o mundo continua cometendo os mesmos erros”. Com Agência Brasil

24 de setembro de 2013

Fita cassete completa 50 anos; veja o que mudou em cinco décadas

Do TechTudo 

Quem foi ao Rock in Rio de 1985 com certeza passou pelo momento de esperar a música da banda favorita tocar na rádio para gravar em uma fita cassete e aprender a letra. Na semana de abertura da edição de 2013 do evento, a mídia que fez parte da juventude de tantas pessoas completa 50 anos. Dentro destas cinco décadas, as maneiras de armazenar e ouvir canções mudaram muito.

Fita cassete completa 50 anos (Foto: Divulgação/Philips)
As fitas cassete (ou K7) surgiram em 1963 como uma maneira de tornar a reprodução de música portátil. A tecnologia em um corpo plástico desenvolvida pela Philips virou uma alternativa aos enormes discos de vinil. Ela permitia, em média, 30 minutos de música de cada lado, mas a qualidade do som armazenado não era dos melhores e, caso o usuário quisesse ouvir novamente, deveria rebobiná-la.

O mecanismo, no entanto, facilitou o processo de gravar músicas de rádios, mas também permitiu que bandas de garagem pudessem gravar canções próprias. A tecnologia tornou-se popular nos Estados Unidos apenas na década de 80, com a criação do Walkman, e virou febre no Brasil nos anos 90.

Ainda na década de 90, no entanto, o dispositivo que facilitou a vida dos amantes de música e que fez com o que aparelhos de Walkman virassem sonho de consumo foi caindo em desuso, com a chegada dos discos compactos. Inventados em 1979, os CDs permitiam armazenar 700 MB de dados, tinham qualidade de áudio muito superior, permitiam mudar as faixas rapidamente e possuíam maior vida útil, já que as fitas magnéticas eram facilmente corrompidas pelo calor.

CDs e DVDs (Foto: Reprodução/Photl)
Com a popularização dos computadores e da Internet, o MP3, formato de áudio digital, ganhou força. Com o surgimento do Napster, em 1999, a troca de arquivos e o download de músicas virou mania entre os jovens. O processo ainda era lento, mas muito usado. Ainda sem os MP3 players, os CD-R viraram um sucesso. Os discos graváveis, com capacidade de, no mínimo, 650 MB, permitiam a novidade de fazer um álbum com as faixas prediletas. 
Popularização do formato MP3

Mania dos iPods (Foto: Reprodução/Cnet)
Em 2001, a Apple anunciou o iPod, iniciando o processo de decadência dos CDs. O formato MP3 tornou-se ainda mais popular graças à mobilidade dada com o tocador da empresa da maçã. Havia modelos de tocadores de outras marcas e mais baratos que aumentaram fluxo de downloads de arquivos de áudio, dando início à uma preocupação da indústria musical com a queda de vendas de discos.

Uma série de leis foram criadas a fim de proteger os direitos das gravadoras e artistas, tornando a atividade de download de músicas uma ilegal. Novas formas de se adquirir canções, no entanto, foram criadas. É possível comprar discos inteiros ou apenas faixas em MP3 direto da iTunes Store, dos sites das gravadoras ou dos próprios artistas. Outros, disponibilizam as músicas gratuitamente para os fãs e permitem que eles contribuam com quanto acharem “justo”. Há ainda, cada vez mais, sites de streaming, que permitem ouvir músicas sem sequer ter que fazer o download do arquivo para o computador.

iTunes Store e Google Play Music (Foto: Reprodução)
Os players de MP3 ainda são muito usados, mas, com a popularização dos smartphones, muitas pessoas preferem ouvir seus cantores favoritos no próprio celular. O armazenamento dos arquivos é feito na própria memória do aparelho e nos cartões microSD, que em apenas 3 cm de comprimento são capazes de armazenar até 64 GB de dados.