30 de março de 2017

A ameaça de morte ao Faro Fino

José Carlos da Silva, o Faro Fino
Cheguei na Rádio Colmeia mais cedo, logo após o almoço, e no radinho da minha sala escuto o nosso repórter policial, o popularíssimo Faro Fino, desancando o autor de uma carta que o ameaçava de morte caso continuasse com seu programa e as denúncias dos marginais que atuavam em nossa cidade. 

- "Pode vir, não tenho medo de ninguém. Você só tem coragem através de uma carta... pessoalmente deve ser um tremendo covarde", bradava o líder de audiência por muitos anos em nossa emissora, enquanto o telefone da emissora não parava de tocar, a maioria querendo que ele desse 'nome aos bois'. 

Preocupado, esperei terminar o programa e fui falar com ele, pedindo para ter cuidado que essa gente podia mesmo fazer algo de ruim para ele. Isso numa época que a cidade era muito tranquila, com pequenos furtos e alguns desentendimentos verbais como destaque nos Boletins Policiais. 

- "Luizinho, disse ele, não se preocupe. Ninguém me ameaçou não, nem carta existe. Faz dias que não acontece nada na cidade e eu estava sem notícia para os meus ouvintes, daí inventei essa e parece ter dado certo, o telefone não para de tocar". 

José Carlos da Silva, o Faro Fino, atuou por anos como agente da polícia civil e nessa época comandava um dos programas com maior audiência naqueles anos. Acho que ele se aposentou da Polícia. Dos microfones ele se aposentou a muitos anos. Faro Fino é cunhado do meu primo Zé Gordo.

Nos anos 1980 e 1990 fui o gerente administrativo da Rádio Colmeia AM de Campo Mourão.

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