14 de julho de 2015

Egydio da Silva Brisola - 1931 * 2015


Na semana passada faleceu, aos 84 anos, Egydio da Silva Brisola, que eu tive o prazer de conhecer desde sempre (nasci aqui em 1960!). 

Máquina de escrever Remington
Com a ajuda do Élio Brisola Maciel, sobrinho dele, conto um pouco da vida do pioneiro mourãoense. 

"Tio Neno ou Brizola, como era mais conhecido, chegou em Campo Mourão trazido pelo casal Eloy e Elza Brisola, cunhado e irmã dele. Com uma vocação incrível para reparar danos em aparelhos eletrônicos e equipamentos em geral, no começo ele consertava rádios à válvula, máquinas de escrever e de somar e calcular e na confecção de cópias de chaves. Ultimamente, reparava cofres, motores de popa, molinetes e reformava lanchas e barcos.    

Máquina de somar e calcular
Seu Egydio Brizola ajudou erguer e instalar a primeira torre da Rádio Colmeia AM em um terreno que no final dos anos 1950 estava localizado na Rua Sta Cruz. 

Por anos, ele foi o responsável pela manutenção dos transmissores da primeira emissora de rádio de Campo Mourão. Era ele que ligava e desligava os transmissores diariamente naqueles anos. 


Élio escreve sobre o Tio Neno: 

"Tio Neno sempre foi muito apegado à irmã e nossa mãe Elza Brisola Maciel. Desde garoto a acompanhava e com o casamento dela. Tio Neno, já rapazote, foi morar com o cunhado e a irmã em Ponta Grossa. Depois vieram todos para Campo Mourão no inicio dos anos 1950. E desde então esteve presente em nossas vidas em tudo, chegando a ser confundido como nosso pai. Tinha o mesmo peso." 

Lembro de minha mãe contava que um dia falou para ele: “Neno, você que é fuçador e vive consertando coisas, pegue as máquinas de escrever do Escritório, limpe, faça uma revisão, que eu vou dar aula de Datilografia...”  Acredito que este tenha sido o primeiro passo para que, anos mais tarde, ele montasse sua empresa, a Mecanográfica Remington, que foi fundada em 1957.

Tio Neno tinha inúmeras habilidades e qualidades... As maiores, sem dúvida, o caráter, a honestidade e o amor pelo trabalho e pela família. 

Um comentário:

Brizola disse...

Obrigado, gente, pela homenagem ao Tio Neno. Ele chegou lá em cima perguntando se precisavam de alguma coisa, como era do seu feitio. É uma perda irreparável.