12 de janeiro de 2015

Pancho é gênio


Fanzaço do cartunista Pancho, não perco nenhuma tirinha publicada diariamente pela Gazeta do Povo. Encontrei o texto abaixo, de 2008, escrito por seu colega, também genial, Benett. Ele o descreve exatamente como sempre achei que trabalhavam todos os cartunistas.  

  
Pancho é um Gênio
    
Francisco Camargo, o Pancho
Meu vizinho de tira no jornal é o Pancho, autor da série Rollmóps & Catchup, talvez a tira mais celebrada nos botecos de Curitiba. Aliás, somos vizinhos há…ahn…quase uma década.

Publicamos juntos no Primeira Hora, quando enchemos de mendigos as páginas do jornal. Ele com a dupla que dá o nome à tira, e eu com o Zé Mané, meu primeiro personagem baseado em mim.

Bem, o fato é que as tiras do Pancho são brilhantes. Normalmente vêm com uma ironia tão sutil, que é bom conhecer o autor para poder rir junto com ele (e para ter certeza de que ele não está rindo de sua cara). A dupla de personagens (reparem na bunda de fora deles) é gaiata, niilista, inusitada, praticamente surreal, eu diria.

E ele tem um método especial de desenhar, diferente de todos os cartunistas que já vi: ele desenha na mesa de computador da redação mesmo, em meio a toneladas de papéis e jornais, em papael de fax mesmo,
com uma caneta nanquim descartável e aquarela. Quando abre a gaveta de sua mesa, explode para fora maços e maços dessas tiras.

Ao contrário das minhas tiras, o Pancho não precisa subir num andaime para construir suas piadas. Elas são erguidas por observações inteligentes, sacadas filosóficas direto da mesa do boteco, um sarcasmo às vezes melancólico, frases inusitadas e situações nonsense, como quando a dupla desembesta a ler um trecho de Freud ou aparecem inexplicavelmente falando latim.

A seguir, 10 motivos pelo qual eu considero o humor do Pancho genial!













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