12 de setembro de 2008

Resenha

PEDRO CORDEIRO E O CALA BOCA
Nossa cidade conta com muitos apaixonados por esporte, principalmente o futebol. Entre eles, posso citar alguns que sempre, desde pequeno, vejo militando com a bola: Itamar Tagliari, Luiz Carlos Khel, João Emílio, Edvaldo “Futrika” Lopes e Pedro Cordeiro. Este último me vem sempre à memória quando o assunto é futebol amador, onde ele comandava a equipe do Camisa 10.
Lembro, principalmente, que sob o comando dele Campo Mourão conquistou um inédito título do futebol dos Jogos Abertos do Paraná, contando apenas com atletas amadores mourãoenses.
Como sempre fui atleta do handebol e do futsal só tive oportunidade de jogar sob o comando dele nos campeonatos de veteranos de futebol suíço, e ali, pude observar a seriedade com que dirige suas equipes, sempre montadas para vencer seja qual for o evento, amistoso ou de campeonato.
Em 2003 disputamos os Jogos Abertos do Paraná, na modalidade de futebol suíço para veteranos, em Pato Branco. Criado numa iniciativa do Getulinho Ferrari, os Jogos, para nossa diversão, reunia veteranos de várias modalidades, principalmente do futsal.
Por motivos diversos muitos dos nossos convocados, no último momento, não puderam ir e ficamos com um grupo pequeno de jogadores. Num evento para veteranos e bons de festas, é muito importante ter jogadores para revezar. Pedro Cordeiro não se cansava de nos alertar sobre isso o tempo todo.
Conquistamos o terceiro lugar entre quatro participantes. No terceiro jogo, machucado, fiquei no banco de reservas ao lado do Osvaldo Broza (que foi como motorista da Van e acabou jogando alguns minutos). E de lá, presenciei o quanto o Pedro se entrega ao jogo: um árbitro muito tendencioso apitava o jogo e nos irritava muito invertendo faltas de maneira absurda, sempre favorável ao time da casa, até que o Getulinho não se conteve e falou um monte de coisas que todos gostaríamos de falar para ele. Cordeiro como técnico dedicado, e ciente de que os reservas não podiam atuar, proporcionou então uma das cenas mais cômicas que já vi num jogo: entrou em campo, agarrou o Getulinho, que além de atleta era nosso Vice-Prefeito e Secretário de Esportes, e tapando a boca dele com a mão, pedia para que parasse de ofender o juiz para que não fosse expulso. Só que o efeito foi outro, o árbitro entendeu que até nosso treinador achou que o Getulio exagerou e acabou expulsando-o.
Hoje, damos muita risada, mas naquele dia ele não aceitava nenhuma brincadeira sobre o “tapa-boca” na autoridade. Grande Cordeiro!

Nenhum comentário: